27/11/25

Amarante Gatão - O jesuíta Padre António de Magalhães foi um amigo assíduo de Poeta do Marão, Teixeira de Pascoaes e escreveu muito sobre a sua obra.



«Outro amigo assíduo de Pascoaes era o jesuíta Padre António de Magalhães. Muito culto e inteligente, escreveu sobre a obra de Pascoaes revelando o misticismo do Poeta. As conversas entre ambos atingiam grande elevação.

O Padre António de Magalhães escreveu num dos seus trabalhos sobre o Poeta do Marão:

«Teixeira de Pascoaes nasceu poeta e místico, numa época sem poesia nem misticismo. A poesia, salvo raríssimas excepções, a custo se desprendera das cadeias pseudo-clássicas do século XVIII e no romantismo português raramente aflorou autêntica. Afogou-se em sentimentalidades ou evaporou-se em artifícios.

«Genuíno misticismo cristão era coisa que não existia em Portugal com projecção na literatura. O que havia era o misticismo radicalmente cristão mas expressivamente naturalista do Junqueiro de «Os Simples».

«Teixeira de Pascoaes viveu inconscientemente agudo conflito espiritual: o de alma vitalmente poética e religiosa, num meio em que a Religião Católica, desvitalizada, se reduzia a cadavéricas formas inanimadas e a escola se desconjuntava no signo do mais vazio positivismo. Só lhe restava uma solução: a que espontânea, instintivamente deu ao seu problema: refugiar-se em si próprio, multiplicar-se no convívio com a natureza.» in fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos


Correspondência: de Pascoaes ao P. António de Magalhães, S. J.

https://www.jstor.org/stable/40335222





#amarante    #arte    #escritor    #poeta    #teixeiradepascoaes    #jesuíta

#padre    #antóniomagalhães    #gatão    #casadepascoaes    #visita

Sem comentários:

Enviar um comentário