04/05/18

F.C. do Porto Ciclismo - Gustavo Veloso foi sétimo classificado na primeira etapa da Volta à Comunidade de Madrid 2018, disputada esta sexta-feira em Manzanares el Real.



«GUSTAVO VELOSO EM SÉTIMO NO ARRANQUE DA VOLTA À COMUNIDADE DE MADRID

Ciclista da W52-FC Porto terminou a primeira etapa da prova com o mesmo tempo que o vencedor.

Gustavo Veloso foi sétimo classificado na primeira etapa da Volta à Comunidade de Madrid 2018, disputada esta sexta-feira em Manzanares el Real. O ciclista espanhol da W52-FC Porto cumpriu os 175,4 quilómetros da tirada em 4h08m16s, tal como o vencedor, o português Edgar Pinto (Vito-Feirense–Blackjack).

Além de Gustavo Veloso, também Ricardo Mestre (12.º), César Fonte (15.º), Rui Vinhas (34.º), Samuel Caldeira (47.º) e José Ferreira (60.º) pedalaram com a camisola da W52-FC Porto, que terminou o primeiro dia na liderança da classificação geral por equipas.

Este sábado corre-se a segunda etapa da Volta à Comunidade de Madrid 2018, entre Alcobendas e San Sebastián de los Reyes (134,5 quilómetros).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Ciclismo-1a-etapa-Volta-Comunidade-de-Madrid-2018.aspx

F.C. do Porto Museu - O Estádio do Dragão recebeu esta quinta-feira a reunião semanal do Comité Executivo da Altice Portugal.



«ALTICE PORTUGAL REUNIU-SE NO DRAGÃO E VISITOU O MUSEU

Jorge Nuno Pinto da Costa acompanhou a visita ao espaço.

O Estádio do Dragão recebeu esta quinta-feira a reunião semanal do Comité Executivo da Altice Portugal. O evento incluiu uma visita ao Museu FC Porto, na companhia de Jorge Nuno Pinto da Costa, que destacou a importância da parceria firmada com a empresa.

“Para o FC Porto, a parceria foi um passo importante e tudo tem corrido como sempre foi idealizado. É um orgulho ter uma parceria com esta empresa que tem tanta iniciativa, tanto arrojo. Esperamos que esta parceria continue muitos anos, porque para nós tem sido sempre uma parceria perfeita”, salientou o presidente do FC Porto.

Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal, agradeceu a hospitalidade do FC Porto e abordou igualmente a relação com o clube, iniciada em 2015 através do MEO.​

“É uma honra ter podido fazer estes eventos aqui e poder contar com a hospitalidade e cordialidade do clube. Esta é uma parceria de muitos anos, que queremos sempre reforçada. Esta visita ao Museu do FC Porto é muito importante para conhecermos mais sobre a história deste nosso parceiro, sobre as suas vitórias. Descentralizar os nossos eventos faz parte da nossa estratégia de proximidade e é uma honra poder estar perto das gentes do Porto”, disse Alexandre Fonseca.​» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/altice-dragao-museu.aspx


(Altice Portugal reuniu-se no Dragão e visitou o Museu)

Amarante São Gonçalo - A típica e histórica zona da Torre, na Cidade de Amarante, um local com raízes profundas no nosso burgo...


(Amarante Torre, numa manhã de sol de primavera)

03/05/18

História - Quando, em fevereiro de 1968, o francês Gérard Chaliand deu uma conferência na Universidade de Nanterre já ele era um mito.



«Há 50 anos uma revolução sem pecado nem razão para arrependimento

Para moldura, Vietname, Primavera de Praga, Revolução Cultural na China... Grandes esperanças e desilusões tremendas. Já Maio de 68 desrespeitou tudo, menos a vida. Belos slogans e imagens. Herança, a utopia; herdeiros, as mulheres; protagonistas, os jovens... Sabedoria: respeitou o calendário (começou no dia 3 e acabou a 30).

Quando, em fevereiro de 1968, o francês Gérard Chaliand deu uma conferência na Universidade de Nanterre já ele era um mito. Tinha 34 anos e muito trilho pelos conflitos mundiais. Estivera com os combatentes da FLN argelina, revolução que o desiludira após servi-la no tempo colonial como passador clandestino de documentos. Interessou-se depois pelos movimentos de libertação das colónias portuguesas. Foi sobre a Guiné-Bissau e o seu líder rebelde Amílcar Cabral, um amigo, que Chaliand foi falar aos estudantes de Nanterre, nos arredores de Paris.

Chaliand escrevia sobre guerrilhas na revista Partisans, publicada pelo editor François Maspero, cuja livraria La Joie de Lire (A Alegria de Ler), quase na esquina dos boulevards Saint-Germain e Saint-Michel (no centro do mundo, pois), era a meca do terceiro-mundismo. O nome Partisans vinha dos resistentes europeus que combateram o ocupante nazi com armas na mão, durante a II Guerra Mundial. Na década de 1960, a Europa crescia na economia e no bem-estar - em França, o regime gaullista resolvia o problema da habitação com a importação de camponeses portugueses, reconvertidos em pedreiros, maçons mas não muito livres: viviam em bairros de ripas e de lama, bidonvilles. Porém, nessa Europa, cercada por um mundo que mudava violentamente (Cuba, Vietname...), os estudantes, filhos do baby boom do após-guerra, tinham como que um remorso pela oportunidade de aventura que a história dera aos seus pais. E não a eles.

A guerrilha corajosa mas discreta dos guineenses contada pelo orador não empolgou os estudantes de Nanterre. Um deles, ruivo e com os pés pousados numa mesa, perguntou se Chaliand não tinha estado no Vietname. Justamente, ele acabara de vir de lá e Le Monde Diplomatique ia publicar-lhe um texto sobre a resistência dos camponeses do Vietname do Norte. Daniel Cohn-Bendit, era o nome do ruivo, ficou entusiasmado. No mês anterior, os vietcongues tinham começado um tremendo ataque contra os americanos - ainda não se sabia que seria uma derrota militar para os guerrilheiros mas já era uma estrondosa vitória política. Nos restaurantes universitários da Europa, a "ofensiva do Têt" entrava em todas conversas. Era o trending topic daquele tempo ainda sem Twitter. Combinou-se logo ali uma nova conferência de Chaliand e a data ficou acertada: 22 de março.

No dia 15 de março de 1968, Le Monde publicou um artigo do seu prestigiado editorialista Pierre Viansson-Ponté intitulado "A França Aborrece-se". Dizia: "A juventude aborrece-se. Os estudantes manifestam, mexem-se, batem-se em Espanha, Itália, Bélgica, Argélia (...) e até na Polónia. Eles têm conquistas a realizar, protestos a fazer ouvir, pelo menos um sentimento de absurdo a opor-se ao absurdo. E os estudantes franceses preocupam-se em saber se as raparigas das universidade de Nanterre e de Antony podem aceder livremente aos quartos dos rapazes" - escrevia Viansson-Ponté, especialista da política francesa.

Um artigo com estilo, como se exigia naquele jornal, mas que ficaria desgraçadamente famoso. Não, claro, pelo pequeno erro de dizer que nos campus universitários as raparigas não podiam ir aos dormitórios dos rapazes, podiam, o contrário é que era interdito. Mas famigerado porque chamar aborrecimento ao que a França vivia revelou-se, logo na semana seguinte, absurdamente cego à atualidade impetuosa.

A 22 de março, Gérard Chaliand não pôde dar a conferência prometida em Nanterre. Dias antes, estudantes tinham partido as montras do American Express, vizinho da Ópera de Paris, em solidariedade com os vietcongues que combatiam a América. Alguns foram presos e eram de Nanterre. A prisão de camaradas levou à ocupação da faculdade, a mais fervilhante e berço da confluência de anarquistas, trotskistas e mao-spontex, pouco dados a ideologia chata e muito à ação lúdica.

Já em janeiro, Cohn-Bendit interpelara um ministro, o da Juventude, presente na inauguração da piscina universitária, por ele não se importar com a "sexualidade dos jovens". Mas, diga-se, o jovem contestatário também não teve, então, uma só palavra sobre os trolhas que fizeram a piscina e viviam ao lado, no bidonville de Nanterre. Naqueles dias a simbiose proletária-estudantil ainda não estava na ordem do dia.

Mais tarde, depois das prisões e da ocupação da faculdade, no tal 22 de março, as prioridades ainda eram outras: 60 rapazes estudantes foram para o pavilhão-dormitório das estudantes de Nanterre. Eles ficaram lá dentro uma semana a fraternizar. Desde o ano anterior, a pílula contracetiva era legal em França e o filósofo Wilhelm Reich, marxista e freudiano, que morrera dez anos antes numa prisão americana como mártir da revolução sexual, voltava a estar na moda.

A 2 de maio, novos confrontos em Nanterre. O diretor encerrou a faculdade e chamou a polícia. Sete estudantes, entre os quais Cohn-Bendit, foram convocados à Sorbonne pelas autoridades académicas, com a ameaça de serem expulsos da faculdade. À Sorbonne, no coração do Quartier Latin - quer dizer, a ordem serviu para levar o fogo para o centro de Paris. O Movimento 22 de Março seria a centelha que iria incendiar o Maio de 68. Sobre Cohn-Bendit pendia ainda a hipótese de ser expulso do território francês. Embora nascido em Montauban em 1945, a dias de acabar a guerra, não tinha a nacionalidade francesa por ser filho de refugiados apátridas de origem alemã e judaica.

Nos anos seguintes, o jornal humorístico Hara-Kiri, chegando abril, começava a avisar logo na capa: "Só faltam quatro semanas para a Revolução!" Só faltam três... Só... Até pro ano. Mas a contestação francesa, apesar daquele maio singular, bebia em mil outras explosões (para exagerar um desejo de Che Guevara que queria "1, 2, 3 Vietnames..."). A luta dos direitos cívicos dos negros americanos crescia e, em abril de 1968, o pastor Martin Luther King, apóstolo da não violência , foi assassinado em Memphis. Nesse mês, ainda, o líder checo Alexander Dubcek proclamava "o comunismo de face humana". As duas superpotências de então não pareciam lá muito em forma. O mundo procurava-se, era época de plantar utopias.

Sinais contraditórios continuavam a acumular-se. Dias depois de Martin Luther King, o líder da Liga dos Estudantes Socialistas de Berlim, Rudi Dutshke, pacifista e futuro fundador de Os Verdes, também foi baleado gravemente na cabeça. Como se, diria o grande repórter francês Jean Lacouture, "os assassinos políticos fossem inteligentes e privilegiassem ter por vítimas os homens de referência"... As consequências pareciam indicar isso. Na Alemanha, a contestação passaria para o bando terrorista Baader-Meinhof e, nos Estados Unidos, para os Black Panthers, ambos com ações violentas e retórica acéfala, logo reduzidos a grupúsculos, sem impacto social. E no verão, cinco países do Pacto de Varsóvia e os blindados soviéticos acabaram com a Primavera de Praga. Sonhar ficava caro.

Em Itália, sem mobilização notável no meio estudantil, a extrema-esquerda conseguira forte penetração no meio operário, sobretudo em Turim, nas fábricas da Fiat. Partidos radicais como a Lotta Continua aproveitaram um certo vazio deixado pelo PCI, cujos dirigentes foram os primeiros comunistas europeus a defender um "compromisso histórico" com a direita. A década seguinte foram anos de chumbo, com atentados bombistas. Em 1978, o dirigente Aldo Moro democrata-cristão, cúmplice do compromisso histórico com os comunistas, foi sequestrado. As Brigadas Vermelhas fotografam-no a olhar-nos - antes de o matar. Então diretor do Libération, jornal francês fundado por esquerdistas, Serge July, também ele um agitador dez anos antes, escreveu sobre Moro um editorial indignado: "Quando um homem nos olha assim, é do seu lado que estamos." O Maio francês preferiu palavras em vez do gatilho.

A visita do embaixador americano à Universidade do Porto, em plena ofensiva do Têt, ainda antes de o Maio de 68 eclodir, levou a uma concentração de protesto na Praça dos Leões. Quando chegou a polícia, o estudante José Leal Loureiro, fundador das edições Afrontamento, de católicos de esquerda, soube interpretar o ar dos tempos: propôs aos manifestantes irem passear sobre os relvados, o que então era proibido.

Em maio de 1968, dia 9, quando liceais e universitários já enchiam as ruas de França, de Lille a Marselha, a Sorbonne estava ocupada. Nessa tarde, apareceu nos claustros um velho de bela cabeleira branca, o poeta de Louis Aragon - que escrevera sobre as grandezas e misérias dos franceses sob a Ocupação. Ele pediu para falar. Foi insultado por causa da sua ligação ao PCF. Mas Cohn-Bendit pegou no microfone e disse: "Aqui todos têm direito à palavra, até os traidores" - e estendeu o microfone a Aragon. Esqueçam a crueldade do jovem e guardem uma bela ideia de Maio: "É proibido proibir". Ou então olhem para a foto icónica, de Serge Hambourg: Aragon com o megafone a falar, com o ruivo Cohn-Bendit a ouvi-lo.

A acrimónia dos estudantes viera do comportamento do PCF com o movimento que os comunistas não compreendiam. A 3 de maio, o secretário-geral do PCF, Georges Marchais, chamara, num editorial no L'Humanité, Daniel Cohn-Bendit de "anarquista alemão". Nesse dia fizeram-se as primeiras barricadas no Boulevard Saint-Michel. Os estudantes picavam o asfalto com picaretas para descobrir as pedras da calçada e inventou-se mais um slogan: "Sob as pedras [les pavés], estava a praia." Paris voltava a ser a Comuna de há quase um século (1870), aquela que levou a burguesia e Hausmann a desenhá-la com avenidas à prova de barricadas. Estas voltaram e melhores, sem sangue.

Na primeira página de Le Monde, como o fez durante 30 anos e nove mil bilhetes de meia dúzia de linhas mágicas, Robert Escarpit, linguista e comunista, também embirrou com o "parte montras": "Daqui a 10, 20 anos, quando o Sr. Daniel Cohn-Bendit e seus amigos forem reitores e ministros, espero que defrontem os seus próprios estudantes com tanta moderação quanto aquela com que os tratam hoje em Nanterre." Escarpit chamou à crónica "A culpa de Voltaire". Homenagem a quadra do garoto Gavroche, em Os Miseráveis, com a qual Victor Hugo fustigava o lamuriento eterno, que ora deitava a culpa a Voltaire ora a Rousseau, caísse por terra (terre) ou com o nariz no regato (ruisseau), logo que rimasse. O problema com Escarpit, e os conservadores e comunistas em geral, era que Maio de 68 rimava com aqueles tempos. A foto de um pobre polícia de choque, um palmo mais alto, frente a um já Dany, Le Rouge, cabelos vermelhos, que o desarmava com olhos azuis risonhos e sorriso malicioso. Uma petulância, um panache - era um não sei o quê. E o quê era: "Sejam realistas, exijam o impossível." Viver sem tempos mortos...

E o impossível aconteceu: os operários vieram a reboque. As centrais sindicais convocaram greve geral. A França paralisou, dez milhões de grevistas, o velho escritor surrealista Michel Leiris invadiu o apartamento do ministro do Interior, o teatro de Odéon foi ocupado por três mil pessoas (e atores, entre eles, Michel Piccoli), os ministros falavam por walkie-talkie, o governo sentou-se à mesa com os sindicatos... E o presidente, um herói nacional, desapareceu. De Gaulle foi à Alemanha falar com o seu general mais duro e voltou no dia seguinte (dia 30): convocou novas eleições. O calendário confirmava, tinha acabado o mês de maio.

A psicanalista Elizabeth Roudinesco tinha 24 anos e nunca esqueceu a beleza de "numa manifestação ir para as barricadas como num filme de Renoir". O último ocupante a abandonar o Odéon, um tipo com bata branca e estetoscópio nas orelhas, passava por médico e era um escroque latino-americano que dava informações à polícia... Em todo o mês houve três mortos: um inspetor com ataque cardíaco, um polícia agredido e um jovem perseguido que caiu ao Sena.

Em outubro, dez dias antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos do México, a polícia matou 300 estudantes ao lado do estádio. Os JO foram mantidos e os jornalistas falaram dos recordes nas pistas. Hoje, os JO de 1968 não seriam realizados porque depois de Maio de 68 somos outros.» in https://www.dn.pt/mundo/interior/ha-50-anos-uma-revolucao-sem-pecado-nem-razao-para-arrependimento-9018811.html


(Movimento de Maio de 68)

Religião - Carla Afonso Rocha, mulher do Norte e devota, que decidiu documentar a passagem de Jacinta, a pastorinha de Fátima, por Lisboa.



«UMA CADEIRA COM OS PÉS CORTADOS, UM RECADO DO CÉU E A MADEIXA DE CABELO QUE REGRESSOU A FÁTIMA. A HISTÓRIA DE JACINTA QUE FICOU POR CONTAR

Se há memórias que perduram no tempo, documentadas ou contadas de boca em boca, outras são votadas ao esquecimento até que alguém decida dar-lhes novo fôlego. É o caso de Carla Afonso Rocha, mulher do Norte e devota, que decidiu documentar a passagem de Jacinta, a pastorinha de Fátima, por Lisboa. E tudo começa num pequeno quarto da capital, de portas abertas até hoje, onde está uma cadeira de pernas cortadas para que mais ninguém se sente no lugar de Nossa Senhora.

Com a Basílica da Estrela ao fundo, há um edifício ao lado do jardim que passa despercebido apesar dos seus azulejos coloridos e portas verde garrafa. No número 17 da Rua da Estrela fica o Mosteiro do Imaculado Coração de Maria, das Irmãs Clarissas, apenas identificado, além do nome na campainha, por um painel com arabescos bordô no cimo de um muro branco, contrastando com as paredes velhas da restante fileira de edifícios. Contudo, este espaço tem um passado diferente e que muitos já não recordam: viveram ali, há muitos anos, órfãos a cargo de Maria da Purificação Godinho, conhecida também como Madre Godinho. Mas também passou pelo Orfanato de Nossa Senhora dos Milagres uma menina que, apesar de não ser órfã, precisava de cuidados e segredo: Jacinta Marto, pastorinha de Fátima.

Hoje, apesar de ser um mosteiro de clausura, a porta está aberta para quem lá quiser entrar. Um toque de campainha basta para surgir uma voz no intercomunicador. ‘Sim?’, perguntam. ’Viemos visitar o quarto da Jacinta’, respondemos. Do outro lado, uma voz a que não vamos associar a uma cara pergunta: ‘Já conhecem? Então a porta está aberta. Podem entrar, fiquem à vontade’. Quanto o caso é outro e nunca se lá foi, uma das Irmãs mais novas — e por isso mais habituadas a lidar com desconhecidos — acompanha os visitantes. Falam várias línguas e conhecem o espaço como ninguém. Sabem a história deste “cantinho de céu” no meio da azáfama da capital. Foi ali que, em 1920, Jacinta passou 12 dias — de 21 de janeiro a 2 de fevereiro — antes de ser internada durante 18 dias no Hospital Dona Estefânia, onde viria a falecer.

Para muitos, este período é um mistério. As Aparições ocorreram de maio a outubro de 1917, na Cova da Iria, e depois disso apenas se fala das mortes prematuras de Francisco e Jacinta, vítimas da gripe pneumónica, e da vida de Lúcia enquanto Irmã Carmelita. E se a vida de Lúcia — por ser a última sobrevivente das crianças que viram Nossa Senhora e por estar associada à transmissão da Mensagem de Fátima — está bem documentada, o mesmo não se pode dizer do curto espaço de tempo das vidas de Francisco e Jacinta depois das Aparições.

Dos dois irmãos — elevados à honra dos altares desde maio de 2017, com a canonização pelo Papa Francisco —, Jacinta é provavelmente a que encerra mais mistérios à data de hoje. Foi por isso que Carla Afonso Rocha decidiu pôr mãos à obra.

“A partir do momento em que começo a estar mais ligada à história e à Mensagem de Fátima, a Jacinta foi sempre, não vou dizer a minha predileta, mas quase. Isto por ser tão pequenina — todos eram pequeninos, mas ela tinha sete anos! — e, no fundo, por se entregar da forma que se entrega”, começa por explicar Carla ao SAPO24.

“A própria Irmã Lúcia diz nas suas memórias que a Jacinta não era, antes das Aparições, de todo a sua companhia ideal. Porque tinha mau feitio, porque era ela que tinha de escolher os jogos e era ela que tinha de ganhar. Era ela que decidia tudo. A Jacinta era o ponto fundamental em tudo. A partir das aparições esta menina passa, precisamente, a ser o inverso disto tudo. Ela não interessa para nada, Nosso Senhor é que interessa; Nossa Senhora é que fez os pedidos que fez. Jacinta muda o seu objetivo de vida, embora saiba logo na primeira Aparição que não será uma vida muito longa. Com sete anos e uma entrega desta forma… quantos de nós, com a idade que temos, dizemos ‘eu vou fazer, eu vou’ e depois chegamos à hora e recuamos. Por isso também foi sempre a minha menina”, conta.

“Tinha o Francisco três anos e meio quando apanhámos o maior susto que podíamos ter apanhado. Há um dia em que ele se deita sem problema absolutamente algum e no dia seguinte acorda sem poder andar. Ao fim de oito dias tínhamos um diagnóstico de leucemia. O mais frequente, e por aquilo que foi a nossa vivência no Instituto Português de Oncologia [IPO] de Lisboa, é que as pessoas se zanguem com Deus, se zanguem com tudo o que é extra à família, mas connosco não. Aconteceu-nos exatamente o contrário: ou segurávamos ali a mão de Maria ou era para descambar”, confidencia.

Hoje, o Francisco tem oito anos e é um menino saudável e feliz, conta. A mãe diz não fazer promessas, mas sentiu que tinha de agradecer esta cura. “Em outubro de 2013 conseguimos trazer a Imagem Peregrina, vinda precisamente do Santuário, para passar todo o mês na capela do IPO de Lisboa. Entrámos com Nossa Senhora escondida, parecia que estávamos a meter um terrorista dentro do IPO. Contra tudo e contra todos. Foram-nos mandados dois seguranças à entrada, para terem a certeza de que nós entrávamos com a caixa de transporte de Nossa Senhora fechada e que só a abríamos na capela. O Estado é laico, o hospital é público e por isso é laico, tem um capela mas não devia ter, segundo as indicações que me foram dadas por uma funcionária do IPO. Quando chegámos à capela abrimos a caixa e a Imagem Peregrina esteve ali todo o mês, disponível para quem a quisesse ir ver”, recorda Carla.

Imagem Peregrina à mostra, sem caixa, e passámos em todos os serviços, em todas as camas, junto de todos os doentes que não tinham tido oportunidade de ir à capela vê-la. Se nos mandassem embora nós 'já íamos'. Saímos da capela eram cinco da tarde e conseguimos ter a Imagem Peregrina no carro eram oito da noite", conta, assegurando mesmo "a cura de uma senhora que era completamente descrente e que foi à missa da despedida da Imagem. Foi incentivada por uma funcionária do IPO, que lhe disse: ‘eu levo-a’. E no dia seguinte a senhora estava a trabalhar sem vestígios de doença, quando supostamente tinha, como eu costumo dizer, uma espada em cima da cabeça”.

Fé, teimosia e vontade. Os ingredientes base para escrever um livro

Além destas histórias pessoais que empurraram Carla para Fátima e para Santa Jacinta, é preciso dizer que é uma mulher do Norte, determinada. Por isso, recusa-se a fica quieta quando a desafiam. Percebendo que a passagem de Jacinta por Lisboa não tem sido explorada, começou a divulgar a existência do espaço na Rua da Estrela que havia acolhido a menina antes de ser internada no Hospital Dona Estefânia. Palavra puxa palavra e surge a ideia de pôr tudo por escrito, imprimir a memória. “A ideia de escrever um livro surgiu precisamente numa conversa com um senhor que sabe muito sobre a Igreja e que quando eu falei neste espaço me diz: ‘ah, mas esse espaço existe? Ela veio para Lisboa para o Hospital da Estefânia’. E eu disse que não, que antes de ela ter vindo para a Estefânia esteve na Estrela. ‘Ah, isso era giro de pôr num livro, mas você não é capaz’. Não digam isso a uma mulher do Norte! A partir daquele momento passou a ser o meu objetivo: pôr toda a vivência da Jacinta em Lisboa num livro”, afirma Carla.

Num primeiro momento, estava previsto publicar o livro por ocasião do Centenário das Aparições, em 2017. Mas depois surgiu outra ideia: “Faz 100 anos em 2020 desta estadia de Jacinta em Lisboa; ela esteve cá em 1920. E isto também me está a dar, no fundo, espaço de manobra para investigar ao pormenor e saber com rigor tudo o que se terá passado durante os 30 dias em que ela esteve aqui em Lisboa”.

Para complementar esta investigação, criou conferências mensais numa sala ao lado do quartinho de Jacinta na Estrela, que terminam com a oração do terço, em grupo, tudo marcado e divulgado através do Facebook. “Tinha o intuito de dar a saber que se está a fazer o livro para que as pessoas que eu precisava de conhecer começassem a perceber que as coisas se estavam a fazer. E também, de certa forma, para fazer com que as pessoas conheçam o espaço antes do livro, que as pessoas se interessem. É pôr um bocadinho a curiosidade a funcionar para perceberem o porquê de eu estar a fazer isto”, diz.

O início foi algo desconcertante: apareciam duas ou três pessoas. Agora, quase um ano depois de ter começado, há dias em que a sala já se torna pequena para as mais de 20 pessoas que aparecem. “É uma alegria enorme para mim ter o número de pessoas a aumentar. É sinal de que aquilo que estou a fazer tem algum valor e algum interesse. Tenho pessoas que vêm cá desde o primeiro dia e que perguntam logo quando é a do mês que vem. Às vezes ainda nem eu tenho uma data”.

Já se descobriu o neto de uma enfermeira com mau humor, mas há que chegar a contacto com um sacristão 

A investigação de Carla já vai longa e muitas são as curiosidades descobertas. Há dossiês cheios de documentos escritos e fotografias de época. Existem páginas do Diário da República, horários de comboios e correspondência trocada entre Lisboa e Fátima. Também existem muitos livros já lidos de outros autores que começaram a falar de Jacinta na capital do país. Em cima da mesa, aos nossos olhos, estão muitas folhas. Caligrafias várias, umas difíceis e atabalhoadas, outras absolutamente claras. Alguns documentos escritos à máquina, outros já a computador. Carla não esconde o entusiasmo ao manusear os documentos, ao mesmo tempo que nos passa alguns para as mãos. “Estes documentos são os primeiros. Foram-me cedidos precisamente aqui pelas Irmãs e são, por exemplo, troca de correspondência entre o pai da Jacinta e a Madre Godinho, no período em que a Jacinta cá esteve. São também uns inquéritos feitos à Madre Godinho sobre a estadia da Jacinta aqui, e depois temos um inquérito que o Padre Formigão [figura central na investigação e divulgação das aparições] veio cá fazer a Lisboa ao pessoal do hospital que tinha lidado de perto com a Jacinta. Através deste documento, que está tão elaborado, é que eu consegui perceber o funcionamento do próprio hospital”. Aos testemunhos escritos, acrescentam-se os falados. “Esteve cá no outro dia o senhor Manuel na conferência, e que eu já consegui entrevistar, que viveu 13 anos na cama da Jacinta. Esse senhor entrou no hospital uns anos depois [de 1920], ainda a estrutura e a organização do hospital era a mesma, por isso é também uma fonte muito credível”.

Ao longo deste último ano muitas têm sido as descobertas. Na maior parte das vezes, os familiares de quem conviveu com Jacinta encontram Carla e dão-lhe informações que vão delineando o fio condutor desta história. “Este é o mais recente e um dos mais extraordinários documentos que encontrei, que me foi dado pela neta do Barão de Alvaiázere. É um testemunho na primeira pessoa de uma tia dela, uma irmã do Barão, que está presente no funeral da Jacinta, na transladação do túmulo dos Barões de Alvaiázere para Fátima e na ida de Fátima para a Basílica. Ela faz, aliás, um capítulo mesmo só sobre a Jacinta, porque esteve presente no Milagre do Sol [13 de outubro de 1917]”, diz.

Mas a passagem de Jacinta por Lisboa não se resume à pastorinha.“Tem-me marcado muito a história da enfermeira que lidava mais com a Jacinta, a enfermeira Leonor, por não ser católica, por ser completamente descrente, e por ter sido a única pessoa a quem a Jacinta disse de viva voz que ela era a Jacinta de Fátima, que tinha visto Nossa Senhora. No fundo, isto também nos dá esta ligação de Fátima às outras convicções, às outras religiões. O não pôr de parte. Aquela enfermeira não era católica, mas é com ela que Jacinta sente necessidade de partilhar isso. Quem a conheceu no hospital diz que ela tinha muito mau humor! Eu conheci o neto dessa enfermeira, que ainda lidou variadíssimos anos com a avó, e que notava que havia ali qualquer coisa de especial quando a avó falava desta situação”, refere Carla.

Contudo, nem sempre foi assim tão fácil chegar a informação. “Há portas que se fecharam a sete chaves e ainda não voltaram a abrir”, confidencia Carla. Não quer dizer quais, mas tem esperança que tudo mude. E, apesar das dificuldades, tem conseguido avançar. “Isto tem demorado, mas também por isso tem dado mais gozo. Tenho conseguido chegar na mesma às coisas, sem passar por cima de ninguém, sem ter de magoar ninguém, sem ter de virar costas a ninguém. A maior parte das coisas têm-me vindo parar às mãos”.

Todavia, ainda falta juntar algumas peças ao puzzle. E Carla não desiste. “Quero encontrar os familiares do sacristão da Igreja dos Anjos, que terá sido o senhor que em vez de zelar pela menina perante a multidão de pessoas que chegou à igreja para tocar e para tentar levar um bocadinho da Jacinta para casa, lhe terá cortado o cabelo. Muitos anos depois, este cabelo é entregue no Santuário de Fátima, assim de uma forma discreta. Gostava de encontrar este senhor, para saber o porquê deste corte de cabelo”, afirma.

Apesar de ter sido uma atitude reprovável, esta vontade de encontro “não é de forma nenhuma para dizer que ele [o sacristão] fez asneira. Não, não é de todo isso! Não é dar um ralhete à família", assegura.

Em toda a investigação esta tem sido a pessoa mais difícil de achar. "Comprei aqui há tempos um livro, à espera que lá estivesse o nome do senhor, e qual é o meu espanto quando numa frase diz ‘sacristão esse do qual não me recordo do nome’. Foi uma frustração!”. Contudo, quando tudo parecia descambar e as esperanças começavam a diminuir, uma simples pesquisa no Google — depois de tantas — revelou a primeira pista. "Consegui encontrar, no jornal Voz da Fátima de 13 de março de 1984, o nome do sacristão: Álvaro Artur Moranha, sacristão da Igreja dos Anjos em Lisboa".

A "madeixa de cabelo alourado, entrançada e presa com uma fitinha azul e branca", como se lê na publicação, foi entregue ao Santuário de Fátima em setembro de 1982, juntamente com um bilhete assinado pelo próprio sacristão, com a data de 23 de fevereiro de 1920. Sabendo o nome do sacristão e de quem entregou o cabelo — que passou por várias pessoas —, o objetivo agora é conseguir chegar a alguém. "É dito que o cabelo e o bilhete foram entregues por uma senhora chamada Maria Gabriela da Silva Franco de Carvalho, de Torres Vedras. Agora estou a fazer tudo para conseguir encontrá-la ou a alguém da família", diz Carla.

Se aqui há esperança de chegar ao contacto com alguém, o mesmo não se pode dizer sobre o misterioso homem que acompanhou Jacinta na derradeira viagem de regresso a Fátima. "Aí é bastante difícil — acho que já fui ao mais fundo que se pode ir, que é aos arquivos dos caminhos-de-ferro", diz Carla. Trata-se do "condutor do comboio, que não é o maquinista do comboio”, começa por clarificar. “O condutor do comboio era o senhor que, em cada estação e apeadeiro, mandava parar e seguir o comboio conforme tivesse passageiros ou não. Segundo algumas cartas do Dr. Eurico Lisboa [oftalmologista que queria analisar os pastorinhos para provar que as aparições não passavam de um problema nos olhos das crianças, mas que acabou convertido] e do senhor Barão de Alvaiázere [que disponibilizou um jazigo para Jacinta], percebe-se que este senhor faz a viagem desde a estação do Rossio até à estação de Chão de Maçãs [estação mais próxima de Fátima] a acompanhar a urna da Jacinta, que vai num comboio de mercadorias. Eu já consegui inclusive os pormenores do número do comboio, do horário”.

Contudo, não chega. Era preciso saber o nome deste homem para se chegar à família, mas até agora não há nada que o indique. “Este registo dos funcionários, mesmo que na altura fosse feito, já se perdeu. Uma das funcionárias do arquivo já me foi procurar as atas dessa altura, da administração dos caminhos de ferro, para tentar perceber se havia alguma referência a esse transporte, mas era extremamente comum na altura fazer-se o transporte dos funerais de comboio. Por isso a Jacinta, ali, desculpem-me a expressão, seria ‘mais uma’. Não era uma coisa nova, não era nada de extraordinário. Era mais comum ser de comboio do que de carro, até porque carros não havia muitos. E, além de não haver muitos, ficava muito mais barato de comboio”.

Esta última viagem de Jacinta é, no fundo, o oposto daquela que a levou a Lisboa. “Aí veio num comboio de passageiros com a mãe e com um dos irmãos, mas depois a urna regressa a Fátima completamente sozinha, num vagão que é alugado precisamente para esse transporte, com o condutor do comboio que leva todos os documentos do Governo Civil e todos os documentos de autorização desse transporte. Era só esta pessoa. Terá ido depois uma comitiva num comboio de passageiros, mais tarde, mas ali era só o condutor que acompanhava a Jacinta”, conclui.

Um recado deixado em Lisboa

Olhando para Fátima e para as Aparições — mais discretas — que se seguiram, também em Lisboa ficou uma mensagem, conta Carla. Este recado, que Jacinta entregou à Madre Godinho por não conseguir falar com o Padre Formigão, refere que “Nosso Senhor está profundamente ofendido com os pecados e crimes que se cometem em Portugal. Por isso, um terrível cataclismo de ordem social ameaça o nosso país e principalmente a cidade de Lisboa”, realçando ainda que “a capital converter-se-á numa verdadeira imagem no inferno”. Contudo, Carla pede que este recado não seja analisado à letra, tendo em consideração a época em que foi divulgado e o contexto histórico.

Olhando para este quarto, onde Nossa Senhora falou com a menina e deixou um recado, sentada numa cadeira que agora tem as pernas cortadas para que não seja usada por mais ninguém — a pedido de Jacinta —, fica apenas a certeza de um lugar de paz e respeito, crenças à parte. “Dos três espaços em que Jacinta esteve em Lisboa, não há este espírito de preservar o lugar como aqui nas Irmãs. Aqui as coisas estão como eram na altura, ao ponto de a luz do quarto não ser muito forte porque na altura também não seria. Depois, no Hospital Dona Estefânia, não por culpa de A, B ou C, mas porque foi preciso expandir o hospital, que passou de dois pisos a três, perdeu-se o espaço físico desta estadia, e na Igreja dos Anjos, onde ela esteve a ser velada, tem uma placa identificativa na sala, mas não passa disso”, refere Carla.

“Perde-se um ponto da História de Portugal, quer queiramos, quer não. Quer sejamos crentes ou não, esta é a História do nosso país. Fátima é, sem dúvida nenhuma, uma das três coisas fundamentais da História de Portugal pelo mundo fora. Podem não saber onde fica o país, mas falando no Fado, no Futebol e em Fátima, eles sabem que somos portugueses”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/uma-cadeira-com-os-pes-cortados-um-recado-do-ceu-e-a-madeixa-de-cabelo-que-regressou-a-fatima-a-historia-de-jacinta-que-ficou-por-contar 

Amarante São Gonçalo - Em Amarante São Gonçalo na Paróquia de São Veríssimo, portões da Primavera...


(Esplendor da Primavera, verde e pujante...)

Ledman Liga NOS: Vitória de Guimarães B 2 vs F.C. do Porto B 2 - FC Porto B venceu o Vitória de Guimarães B, pela margem mínima, na 35.ª jornada da Ledman Liga NOS.



«REGRESSO AOS TRIUNFOS EM GUIMARÃES

FC Porto B venceu o Vitória de Guimarães B, por 1-0, na 35.ª jornada da Ledman Liga NOS.

O FC Porto B venceu na tarde desta quarta-feira o Vitória, em Guimarães, em jogo da 35.ª jornada da Ledman LigaPro, que serviu para acertar o calendário. Depois de três derrotas consecutivas, a equipa de António Folha regressou assim aos triunfos e mantém-se no oitavo lugar, com os mesmos 55 pontos do Leixões (sétimo).

No Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, foi preciso esperar um pouco mais de um quarto de hora para se assistir ao golo que deu o triunfo aos azuis e brancos. Madi Queta pôs em campo toda a sua velocidade e aproveitou da melhor forma um passe em profundidade. O avançado bateu a defensiva vimaranense e, no cara a cara com Miguel Aires, tocou a bola por um lado e passou por outro, para de seguida encostar confortavelmente para o fundo das redes.

A Segunda Liga avança agora para a 37.ª e penúltima jornada, que reserva ao FC Porto uma receção ao Famalicão (sábado, 16h00), atual 11.º classificado.​​

FICHA DE JOGO

V. GUIMARÃES B-FC PORTO B, 0-1
Ledman LigaPro, 35.ª jornada
2 de maio de 2018
Estádio D.Afonso Henriques, Guimarães

Árbitro: Bruno Rebocho
Assistentes: Luís Diogo e Nuno Ribeiro
Quarto árbitro: Pedro Ribeiro

V.GUIMARÃES B: Miguel Aires (g.r), Hélder, Dénis, Marcos Valente, Davi L, Castro, Xande Silva, Joseph, Rúben Oliveira, Kiko e Pedrp Raul
Substituições: Xande Silva por João Correia 61m), Pedro Raul por Bence Biró (69m) e Castro por Haashim Domingos
Não utilizados: Daniel Figueira, Ricardo Carvalho, Artur Abreu e João Bruno

Treinador: Vítor Campelos

FC PORTO B: Mouhamed Mbaye (g.r), Musa, Oleg, Bidi, Rui Moreira, Bruno Costa, Luizão, Rui Pires, Moreto, Chidera e Madi
Substituições: Chidera por Luís Mata (67m), Moreto por Chikaoui (76m) e Bruno Costa por João Cardoso (84m)
Não utilizados: Diogo Costa, Danúbio, Tony Djim e Inácio
Treinador: António Folha

Ao intervalo: 1-0
Marcadores:​Madi Queta (16m) 

Disciplina: cartão amarelo a Davi L. (65m), Ruben Oliveira (85m), Mouhamed Mbaye (90+2m), José Correia (90+2), Kiko (90+5) e Miguel Aires (90+5)» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/futebol-vitoria-guimaraes-fcporto-b-ledman-ligapro-35jor.aspx

02/05/18

Desporto Futebol - O avançado dos 'merengues', Cristiano Ronaldo, poderá mesmo tornar-se no primeiro jogador da história a ganhar cinco Ligas dos Campeões na carreira, isto no novo formato



«CRISTIANO RONALDO PERTO DE CONQUISTAR MAIS UM RECORDE

Internacional português já conquistou a Liga dos Campeões por quatro vezes.

Cristiano Ronaldo garantiu a sexta presença numa final da Liga dos Campeões. Apenas três jogadores conseguiram mais presenças na final da liga milionária do que o internacional português: Gento e Maldini, ambos com oito participações, e Di Stéfano com sete.

De referir que o internacional português venceu quatro das cinco finais que já jogou: uma pelo Manchester United e três pelo Real Madrid.

O avançado dos 'merengues' poderá mesmo tornar-se no primeiro jogador da história a ganhar cinco Ligas dos Campeões na carreira, isto no novo formato

O português está, neste momento, empatado com Xavi, Iniesta, Messi e Piqué, com quatro conquistas cada um.

As finais de Cristiano Ronaldo na Champions:
2008: Chelsea-Manchester United, 1-1 (5-6 g. p.)
2009: FC Barcelona-Manchester United, 2-0
2014: Real Madrid-Atlético Madrid, 4-1, após prolongamento
2016: Real Madrid-Atlético Madrid, 1-1 (5-3 g. p.)
2017: Juventus-Real Madrid, 1-4
2018: Real Madrid-Liverpool FC/Roma» in https://desporto.sapo.pt/futebol/liga-dos-campeoes/artigos/cristiano-ronaldo-perto-de-conquistar-mais-um-recorde


(OLHA A REAÇÃO DO ZIDANE QUANDO CR7 MARCOU O GOL DE BICICLETA - ESTADIO APLAUDIU DE PÉ)

Política Nacional - O antigo ministro da Economia e da Inovação Manuel Pinho recebeu, em média, 227 mil euros por cada reunião do conselho de administração do Banco Espírito Santo (BES) África em que participou.



«Manuel Pinho ganhou 227 mil euros por cada reunião do ‘board’ do BES África

Enquanto administrador do BES África, o antigo ministro da Economia tinha um salário de cerca de 39 mil euros mensais.

O antigo ministro da Economia e da Inovação Manuel Pinho recebeu, em média, 227 mil euros por cada reunião do conselho de administração do Banco Espírito Santo (BES) África em que participou.

O ex-governante tinha um salário de cerca de 39 mil euros mensais e arrecadou, entre junho de 2010 e dezembro de 2014, cerca de 2,5 milhões de euros em remunerações, segundo a edição desta quarta-feira, 2 de maio, do “Correio da Manhã”.

Ao que o CM apurou, através de uma sentença do tribunal cível de Lisboa, Manuel Pinho “foi eleito administrador da 1ª Ré [Novo Banco África] realizaram-se 18 reuniões do conselho de administração, tendo o Autor [Manuel Pinho] estado presente em 11”.

Tendo em conta que o antigo ministro da Economia recebeu 2.496.649 euros naquele período e esteve em 11 reuniões, perfaz aproximadamente 227 mil euros por cada reunião dos responsáveis do banco.

Na semana passada, jornal online “Observador” revelou suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros. Os pagamentos, de acordo com o jornal, terão sido realizados a “uma nova sociedade ‘offshore’ descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo Enterprises — também ela uma empresa ‘offshore’ sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo”.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/manuel-pinho-ganhou-227-mil-euros-por-cada-reuniao-do-board-do-bes-africa-300873

Amarante Fregim - Eis a Primavera florida, em Fregim, lá para a Eira-Nova, um recanto lindíssimo da nossa freguesia.


(Amarante, Fregim, Eira-Nova, eis a Primavera)

Cidade de Felgueiras - Ou a ruralidade que ainda existe na Freguesia de Friande, bem na entrada norte da Cidade de Felgueiras...


(Espigueiros tradicionais do Minho, em Friande, Felgueiras)

01/05/18

F.C. do Porto Atletas Internacionais - Os defesas Levi Faustino e Tiago Matos, o médio Rodrigo Valente e o avançado Fábio Silva (na foto) integram a convocatória final da seleção portuguesa de Sub-17 para o Europeu 2018, que se vai realizar em Inglaterra, entre os dias 4 e 20 de maio.



«SUB-17: QUATRO DRAGÕES CHAMADOS PARA O EUROPEU 2018

Levi Faustino, Tiago Matos, Rodrigo Valente e Fábio Silva estão na convocatória da seleção portuguesa.

Os defesas Levi Faustino e Tiago Matos, o médio Rodrigo Valente e o avançado Fábio Silva (na foto) integram a convocatória final da seleção portuguesa de Sub-17 para o Europeu 2018, que se vai realizar em Inglaterra, entre os dias 4 e 20 de maio.

Portugal está inserido no Grupo B da competição, juntamente com Noruega (4 de maio, 13h00), Eslovénia (7 de maio, 15h00) e Suécia (10 de maio, 13h00). Avançam para os quartos de final os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Sub17-convocatoria-Portugal-para-o-Europeu-2018.aspx

Amarante Acidentes - Uma colisão automóvel ocorrida, cerca das 14 horas, na Estrada Nacional (EN) 15, em Travanca, Amarante, provocou cinco feridos, um dos quais grave, sendo que acidente envolveu três viaturas.



«Cinco feridos numa colisão em Travanca

Uma colisão automóvel ocorrida, cerca das 14 horas, na Estrada Nacional (EN) 15, em Travanca, Amarante, provocou cinco feridos, um dos quais grave. O acidente envolveu três viaturas.

As vítimas (a mais nova terá 20 anos e a mais velha 50), depois de socorridas pelos bombeiros de Vila Meã e Lousada, foram encaminhadas para a Urgência do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel.

"Quando chegamos ao local do acidente, deparamo-nos com a existência de cinco vítimas, duas das quais estavam encarceradas", indicou ao JN fonte dos bombeiros.

Os feridos são de Travanca, Amarante e de Santa Marinha do Zêzere, Baião.

O acidente ocorreu a meio de uma longa reta da EN15, em zona de fronteira entre Travanca (Amarante) e Caíde de Rei (Lousada).

Duas das viaturas, uma carrinha Volkswagen Passat e uma Renault Clio, seguiam em direção a Amarante, para participar num casamento e uma terceira, uma Renault Mégane, circulava em sentido contrário, em direção a Penafiel.

No local, populares admitiram que a colisão deverá ter sido motivada por uma ultrapassagem mal calculada.

O acidente, registado pela Unidade de Trânsito da GNR de Penafiel, será agora alvo de inquérito.

Das 10 viaturas enviadas pelos bombeiros para prestar socorro ao acidente, seis eram ambulâncias.» in https://www.jn.pt/local/noticias/porto/amarante/interior/cinco-feridos-numa-colisao-em-travanca-9296079.html

Amarante Óbitos - O corpo de um homem foi encontrado a boiar num rio em Vila Meã, concelho de Amarante, na tarde de hoje, estando as autoridades a investigar o caso, disse à agência Lusa fonte da GNR.



«Corpo de homem encontrado em rio em Amarante

O corpo de um homem foi encontrado a boiar num rio em Vila Meã, concelho de Amarante, na tarde de hoje, estando as autoridades a investigar o caso, disse à agência Lusa fonte da GNR.

"Podemos confirmar que recebemos o alerta pelas 14:30 para um indivíduo do sexo masculino que foi encontrado, já cadáver, a boiar no rio Odres, em Vila Meã", disse à Lusa fonte da GNR.

Segundo a mesma fonte, que recusou avançar mais detalhes sobre o caso, a Polícia Judiciária foi chamada ao local e está a investigar a ocorrência.

Fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) do Porto também confirmou à Lusa que os bombeiros foram chamados ao local para efetuar a remoção de um cadáver.» in https://www.dn.pt/lusa/interior/corpo-de-homem-encontrado-em-rio-em-amarante-9296801.html

F.C. do Porto Adeptos - O avião que transportou a equipa principal do FC Porto desde o Funchal aterrou no Aeroporto Francisco Sá Caneiro já depois da meia-noite, sendo que a comitiva tinha à sua espera milhares de adeptos portistas para uma receção em apoteose.



«EQUIPA RECEBIDA EM APOTEOSE NO PORTO

Milhares de adeptos à espera no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

O avião que transportou a equipa principal do FC Porto desde o Funchal aterrou no Aeroporto Francisco Sá Caneiro já depois da meia-noite. A comitiva tinha à sua espera milhares de adeptos portistas para uma receção em apoteose.

Moussa Marega marcou o golo da vitória que representou mais um passo para o objetivo de conquista do título nacional, que está à distância de um ponto. Embora presidente e treinador​ lembrem que nada está ganho, os adeptos não quiseram deixar de saudar a equipa após o triunfo por 1-0 frente ao Marítimo, na antepenúltima jornada da Liga NOS.

A comitiva seguiu rumo ao autocarro, ouvindo palavras de incentivo e cânticos durante o caloroso percurso numa aerogare pintada a azul e branco. No Estádio do Dragão estavam mais algumas centenas de adeptos à espera da equipa.

O FC Porto vai iniciar agora a preparação para a receção ao Feirense, na 33.ª jornada da Liga NOS, agendada para domingo (20h15). O plantel volta aos treinos no Olival esta segunda-feira, a partir das 11h30, à porta fechada.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/chegada-porto.aspx


(A chegada do FC PORTO em grande ambiente de festa)
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