24/03/15

Rota do Românico do Tâmega e Sousa - Há uma parcela da História de Portugal, relativa à fundação da nacionalidade, que se encontra em obras, quase meia centena de monumentos da Rota do Românico, nos vales do Sousa, do Tâmega e do Douro, estão a ser objecto de restauros e beneficiações, um programa para promover uma região deprimida no Norte do país.



«Rota do Românico: há uma História de Portugal em obras
SÉRGIO C. ANDRADE 22/03/2015 - 12:33

Há uma parcela da História de Portugal, relativa à fundação da nacionalidade, que se encontra em obras. Quase meia centena de monumentos da Rota do Românico, nos vales do Sousa, do Tâmega e do Douro, estão a ser objeto de restauros e beneficiações. Um programa para promover uma região deprimida no Norte do país.

Ao princípio da tarde de terça-feira, dois autocarros coloridos param no terreiro frente ao Mosteiro do Salvador de Travanca, Amarante, e deles sai uma excursão de utentes do Inatel, com aquele sorriso feliz que só os passeios e os dias de sol proporcionam. “Houve aqui festa há pouco tempo, e o mosteiro está agora mais bonito do que da última vez que aqui viemos”, comenta um dos passageiros para o seu vizinho.

No chão, um tapete de flores calcadas e já murchadas conduzindo até à porta principal do templo denunciava a festa, que, de facto, aí tinha ocorrido no sábado anterior. Foi a cerimónia de dedicação do novo altar da igreja numa missa celebrada por D. António Taipa, bispo auxiliar do Porto, e que fez lotar de novo este templo no Vale do Tâmega, terminadas as obras de remodelação e conservação realizadas ao longo do último ano.

De facto, o Mosteiro de Travanca e quatro dezenas de outros monumentos – igrejas, capelas, torres, castelos, pontes… – da Rota do Românico dos vales do Sousa, do Tâmega e do Douro estiveram, estão ou vão entrar em obras de conservação e beneficiação, num projecto integrado lançado pelas autarquias desta região do Norte do país.

Ao todo, são 58 os monumentos (25 dos quais classificados como património nacional) actualmente ancorados nesta Rota, que foi lançada em 1998 pela associação de municípios do Vale do Sousa, e que posteriormente se estendeu aos concelhos vizinhos.

“Para além de salvaguardar o património, queremos apostar na promoção cultural, consciencializar para a identidade local a partir das escolas, reforçar o orgulho próprio das populações”, explica ao PÚBLICO, na sede da Rota do Românico, em Lousada, a directora do programa, Rosário Correia Machado.

A confirmar esta aposta da região – uma população de meio milhão de habitantes dispersa por uma área de quase 2 mil kms2, e que se encontra no centro do “Triângulo das Bermudas” do Património Mundial constituído pelo Porto, Guimarães e o Douro Vinhateiro – está já um vasto catálogo de realizações (as obras), ao lado de edições, eventos culturais e de lazer, incremento do turismo, e vários prémios nacionais e internacionais acumulados na última década e meia.

Uma aposta de sete milhões de euros

O presente ciclo de obras nesta região que coincide territorialmente com a história da formação da nacionalidade – D. Afonso Henriques e Egas Moniz são as principais figuras de referência –, iniciado em 2010, orça já os 7 milhões de euros, maioritariamente comparticipados por verbas da União Europeia.

O PÚBLICO visitou meia dúzia dos sítios que estão (ou estiveram) a ser intervencionados numa longa viagem entre a geografia dos montes e vales inclinados para os rios Sousa, Tâmega e Douro, com passagens por Lousada, Paredes, Penafiel, Amarante, Baião e Marco de Canaveses. E parou mais demoradamente no Mosteiro de Travanca, fundado no séc. XI e reconhecidamente um dos espécimes mais notáveis do património medieval e românico de toda a região.

A igreja e a torre senhorial construída separadamente – um caso raro, e uma das mais elevadas torres medievais existentes em Portugal – parecem agora novas, depois da limpeza e beneficiação realizadas, com um custo superior a meio milhão de euros. Além da renovação das coberturas e da conservação de várias secções do conjunto monumental, foram introduzidas inovações com a marca do nosso tempo: um altar com sete pilares, certamente representando os sete dons do Espírito Santo, esculpido pelo arquitecto Miguel Malheiro, que foi o responsável pelo programa geral da intervenção, mas também novo mobiliário e iluminária.

“É importante assumirmos o tempo presente”, diz o engenheiro civil Ricardo Magalhães, responsável técnico pela obra na equipa da Rota do Românico, e, com o historiador e intérprete José Augusto Costa, um dos guias da viagem.

A igreja do Mosteiro de Travanca é um dos três monumentos da região que tem três naves (com as de Pombeiro, Felgueiras, e do Paço de Sousa, Penafiel). É um bom exemplar do chamado “românico português”, ou “nacionalizado”, resultante da utilização das técnicas construtivas e decorativas de cada região, bem como da sua sucessiva actualização ao longo dos séculos e dos estilos.

“No contexto do românico português, a arquitetura do Tâmega e Sousa apresenta características muito peculiares” – diz o bem documentado Guia da Rota do Românico, que acaba de ser editado –, manifestas na singularidade da sua escultura decorativa, onde pontuam representações vegetalistas e animalistas bem desenhadas, segundo a técnica do bisel, normalmente inspiradas na sintaxe introduzida pelas sés de Coimbra (considerada a casa-mãe do românico nacionalizado), do Porto e de Braga.» in http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/rota-do-romanico-ha-uma-historia-de-portugal-em-obras-1689902


(Nova Monografia Rota Românico apresentada no Mosteiro Travanca)


(Rota do Românico - Igreja de Travanca)


(Mosteiro São Salvador de Travanca)


Poesia - O Meu Colega e Amigo, professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Sabes..."



"SABES...

Sabes,
Havia um arco íris,
Da minha casa até à tua,
Tu deslizavas por ele até mim,
E eu abraçava-te.
Mas o sol já não gosta do chover,
E a chuva chora sozinha,
Escondida numa nuvem escura.
Sabes,
Havia um sonho,
Do teu quarto até ao meu,
E tu entravas nele,
E eu amava-te,
Mas a realidade já não gosta da ilusão,
E pôs caçadores de sonhos,
À entrada do mundo.
Sabes, 
Havia uma canção,
De uma ponta à outra do piano,
E a letra era este poema,
Que te dediquei,
Mas as teclas não deram,
Porque estava escrito em dó,
E o sol não pôde vir.
Sabes,
Havia…"

Eugénio Mourão.

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Acidentes - Acabou em tragédia um passeio matinal de bicicleta para um homem, de 37 anos, que morreu numa colisão com um automóvel, no último Domingo, na EN 15, em Aião, Felgueiras.



«Felgueiras: Ciclista morre em colisão com carro

Acabou em tragédia um passeio matinal de bicicleta para um homem, de 37 anos, que morreu numa colisão com um automóvel, ontem, na EN 15, em Aião, Felgueiras.

Nuno Filipe Nunes, que seguia com um grupo de ciclistas, regressava a Paços de Ferreira, onde residia, quando, cerca das 10h30, na curva da Barroca Funda, embateu contra um carro, que circulava em sentido contrário.

O ciclista ainda foi socorrido pelos Bombeiros da Lixa, pela SIV de Amarante e pela VMER do Vale do Sousa. No entanto, não resistiu aos graves ferimentos e o óbito foi declarado no local.

“Aquela é uma curva difícil e perigosa”, sublinhou José Campos, comandante dos Bombeiros da Lixa.



Poesia - No dia da Morte de Herberto Helder, nada melhor que publicar a sua excelente Poesia...




«Biografia

Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira nasceu a 23 de Novembro de 1930 no Funchal, ilha da Madeira, no seio de uma família de origem judaica. Em 1946, com 16 anos, viaja para Lisboa para frequentar o 6º e o 7º ano do curso liceal. Em 1948, matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra e, em 1949, muda para a Faculdade de Letras onde frequenta, durante três anos, o curso de Filologia Romântica, não tendo terminado o curso. Três anos mais tarde regressa a Lisboa, começando por trabalhar durante algum tempo na Caixa Geral de Depósitos e depois como angariador de publicidade, sendo que durante este tempo vive, por razões de ordem vária e pessoal, numa «casa de passe».

Em 1954, data da publicação do seu primeiro poema em Coimbra, regressa à Madeira onde trabalha como meteorologista, seguindo depois para a ilha de Porto Santo. Quando em 1955 regressa a Lisboa, frequenta o grupo do Café Gelo, de que fazem parte nomes como Mário Cesariny, Luiz Pacheco, António José Forte, João Vieira e Hélder Macedo. Durante esse período trabalha como propagandista de produtos farmacêuticos e redactor de publicidade, vivendo com rendimentos baixos. Três anos mais tarde, em 1958, publica o seu primeiro livro, O Amor em Visita. Durante os anos que se seguiram vive em França, Holanda e Bélgica, países nos quais exerce profissões pobres e marginais, tais como: operário no arrefecimento de lingotes de ferro numa forja, criado numa cervejaria, cortador de legumes numa casa de sopas, empacotador de aparas de papéis e policopista. Em Antuérpia, viveu na clandestinidade e foi guia dos marinheiros no sub mundo da prostituição.

Repatriado em 1960, torna-se encarregado das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, percorrendo as vilas e aldeias do Baixo Alentejo, Beira Alta e Ribatejo. Nos dois anos seguintes publica os livros A Colher na Boca, Poemacto e Lugar. Em 1963 começa a trabalhar para a Emissora Nacional com redactor de noticiário internacional, período durante o qual vive em Lisboa. Ainda nesse mesmo ano publica Os Passos em Volta e produz A máquina de emaranhar paisagens. Em 1964 trabalha nos serviços mecanográficos de uma fábrica de louça, datando desse ano a sua participação na organização da revista Poesia Experimental. Nesse ano reedita ainda Os Passos em Volta, escreve «Comunicação Académica» e publica Electronicolírica. Em 1966 participa na co-organização do segundo número da revista Poesia Experimental e no ano seguinte publica Húmus, Retrato em Movimento e Ofício Cantante. Data de 1968 a sua participação na publicação de um livro sobre o Marquês de Sade, o que o leva a ser envolvido num processo judicial no qual foi condenado. Porém, devido às repercussões deste episódio consegue obter suspensão de pena, facto este que não conseguiu evitar que fosse despedido da Rádio e da Televisão portuguesas. Refugia-se na publicidade e, posteriormente, numa editora onde desempenha o cargo de co-gerente e director literário. Ainda nesse ano publica os livros Apresentação do Rosto, que foi suspenso pela censura, O Bebedor Nocturno e ainda Kodak e Cinco Canções Lacunares.

Em 1970 viaja por Espanha, França, Bélgica, Holanda e Dinamarca, publicando nesse ano a terceira edição de Os Passos em Volta e escreve Os Brancos Arquipélagos. Em 1971 desloca-se para Angola onde trabalha como redactor numa revista. Enquanto repórter de guerra é vítima de um grave desastre tendo que ser hospitalizado durante três meses. Data ainda desse ano a publicação de Vocação Animal e a produção de Antropofagias. Regressa a Lisboa e parte de novo, desta vez para os E.U.A., em 1973, ano durante o qual publica Poesia Toda, obra que contém toda a sua produção poética, e faz uma tentativa frustrada de publicar Prosa Toda. Em 1975 passa alguns meses na França e Inglaterra, regressando posteriormente a Lisboa onde trabalha na rádio e em revistas, meios restritos de sobrevivência económica. Em 1976, Herberto Helder participa na edição e organização da revista Nova que, sendo posterior à revolução de 25 de Abril de 1974, reconhecia na Literatura portuguesa características que a aproximaram às Literaturas latino-americana, africana e espanhola, declinando uma direcção literária revolucionária cuja actividade não ultrapassou o plano teórico devido à instabilidade política portuguesa que se fazia sentir na altura. Nos anos que se seguiram publicou as obras Cobra, O Corpo, O Luxo, A Obra e Photomaton e Vox. A última referência encontrada da instabilidade biográfica de Herberto Helder referia-se ao facto de o poeta ter abandonado todas as suas anteriores actividades e de viver no mais cioso dos anonimatos.» in http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/helder/biogra.html

"Sobre um Poema

Um poema cresce inseguramente 
na confusão da carne, 
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, 
talvez como sangue 
ou sombra de sangue pelos canais do ser. 

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência 
ou os bagos de uva de onde nascem 
as raízes minúsculas do sol. 
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis 
do nosso amor, 
os rios, a grande paz exterior das coisas, 
as folhas dormindo o silêncio, 
as sementes à beira do vento, 
- a hora teatral da posse. 
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço. 

E já nenhum poder destrói o poema. 
Insustentável, único, 
invade as órbitas, a face amorfa das paredes, 
a miséria dos minutos, 
a força sustida das coisas, 
a redonda e livre harmonia do mundo. 

- Em baixo o instrumento perplexo ignora 
a espinha do mistério. 
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne."

Herberto Helder


("Minha cabeça estremece" - Herberto Hélder // Rodrigo Leão)

Amarante Fregim - Rua da Mó ou a Rua das encostas e bordas prenhes de Primavera e ébrias de cor...


(A Rua da Mó fica sempre deslumbrante por alturas da Primavera...)

Ciência - Nos anos 30 do século XIX, quando Charles Darwin visitou a América do Sul a bordo do HMS Beagle, o cientista descobriu fósseis de vários mamíferos “estranhos” – uma espécie de camelo sem bossa e com um longo focinho – macraunechia; ou um rinoceronte com cabeça de hipopótamo e dentes de roedor – toxodon.



«CIENTISTAS INGLESES DESCODIFICAM O MISTÉRIO DOS “ANIMAIS ESTRANHOS” DE DARWIN

Nos anos 30 do século XIX, quando Charles Darwin visitou a América do Sul a bordo do HMS Beagle, o cientista descobriu fósseis de vários mamíferos “estranhos” – uma espécie de camelo sem bossa e com um longo focinho – macraunechia; ou um rinoceronte com cabeça de hipopótamo e dentes de roedor – toxodon. “É talvez um dos mais estranhos animais alguma vez descobertos”, escreveu Darwin.

Desde então – e já passaram quase 200 anos – ninguém tinha conseguido perceber onde estes dois animais encaixavam na família dos mamíferos. Até agora. Ao analisarem antigas proteínas de colagénio com 12.000 anos, investigadores acreditam ter não só resolvido este mistério mas também outros, uma vez que estas proteínas podem revolucionar o estudo de espécies há muito extintas, revelando os segredos de fósseis com milhões de anos.

Estas criaturas viveram durante 60 milhões de anos – desapareceram há cerca de 12.000 – e fazia parte de um longo grupo de mais de 250 mamíferos sul-americanos.

A nova investigação foi feita por Ian Barnes, biólogo do Natural History Museum, em Londres, e o bioarqueólogo Matthew Collins, da Universidade de York, também no Reino Unido. Ambos lideraram uma equipa que tentou extrair o colagénio, uma proteína que sobrevive até dez vezes mais tempo que o DNA e é uma componente estrutural do osso.

A equipa construiu uma árvore de família do colagénio, com as devidas sequências para cada mamífero com base na sua relação familiar. Neste processo, eles retiraram e sequenciaram colagénio dos tapires, hipopótamos a aardvarks para construir essa imagem. Depois, construíam uma sequência com os dois toxodon e os dois macrauchenia descobertos por Darwin e compararam com a árvore de família já desenvolvida.

Assim, e embora se pensasse que estes indivíduos pertenceriam à família dos Afrotheria, com os elefantes, a sequência de proteínas colocou-os perto dos Perissodactyla, juntamente com os cavalos, tapires e rinocerontes. O estudo foi publicado no jornal Nature, explicou o Scientific American.

“Este estudo é um grande passo em frente”, explicou Rob Asher, paleobiólogo da Universidade de Cambridge que não fez parte da equipa. Agora, os biólogos podem começar a perceber como evoluíram as características físicas dos fósseis.

O responsável ainda não se convenceu se as proteínas antigas poderão ser tão revolucionárias como o DNA, mas ele descreve o potencial como “muito interessante”. E para as espécies que se tornaram extintas nos últimos milhões de anos, acrescenta, “isto pode ser revolucionário”, completou.» in http://greensavers.sapo.pt/2015/03/24/cientistas-ingleses-descodificam-o-misterio-dos-animais-estranhos-de-darwin/

Poesia - A Minha Colega e Amiga, Professora Anabela Borges, interpela-nos com o Poema: "Entardecer"


Fotografia aurelio MONGE
http://www.flickr.com/photos/mariesol/4498042556/in/faves-mgartstudio/


"Entardecer

Quietudes crepusculares são auguros, 
céus que se esvaem em fogo 
sobre serras serenas, 
tintas escarlate e ouro 
derramando-se sobre os telhados, 
enquanto as árvores aclamam os espantos dos dedos 
no último cântico do dia 
e os pássaros recolhem dos afazeres 
diários."

Anabela Borges

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=511455902282122&set=a.186361621458220.43721.100002531506939&type=1&theater


23/03/15

Amarante Fregim - A entrada da Primavera 2015 está bem colorida em Rio, Fregim, Amarante.


(Primavera, estação de contrastes, de cor, de aguaceiros, de ventos, de calor, de frio... de vida)


Poesia - O MEU Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com o Poema: "Grito Mudo"



"GRITO MUDO

Talvez seja o que faltou,
Não por falta de grito,
Mas ter sido mal dito
Por quem o grito calou.
Talvez tenha sido assim,
Ou foi um mal entendido,
Por crer que tudo perdido,
Ou pensar não estar afim.
A vida é um triste enredo:
Há quem não saiba dar
O amor que sabe amar,
Porque recebe com medo.
Mas não importa a dor
Já que apenas com ela
É que a vida é mais bela
Quando rima com amor.
Por fim a grande lição,
Que este poema contém:
Nunca odeies quem te tem
Por tão bem no coração."

Eugénio Mourão.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=836854953062038&set=a.215009225246617.52914.100002126234550&type=1&theater

Amarante Emigração - Está presente, até ao próximo dia 28 de março, a 3ª mostra de produtos amarantinos em Achères, perto de Paris.



«Produtos amarantinos divulgados em Achères – França

Está presente, até ao próximo dia 28 de março, a 3ª mostra de produtos amarantinos em Achères, perto de Paris.

Como esta vila francesa é geminada com a cidade de Amarante, em Portugal, há cerca de 3 anos o comité de geminação Achères/Amarante promove os produtos amarantinos em França, juntamente com os dois municípios e a administração do supermercado E.Leclerc local.

Este ano o certame conta com a participação de 15 expositores:

– Ilídio Pinheiro, fabricante de viola amarantina;

-Daniel Oliveira, fabricante de ourivesaria;

– Ana Manuel (Glu Glu), artesanato;

– António Gonçalves (Alicouro), artesanato;

– Adega cooperativa de Amarante, vinho verde;

– Davide Cardinale (Fumeiro S.Gonçalo), fumeiro regional;

– Fernando Monteiro (Moagem de Gondar);

– Ricardo Mendes (Quinta de Silvoso), vinho verde e espumantes;

– Marta Cruz (tecelagem), artesanato;

– Brisadoce, doçaria conventual;

– Lurdes Gonçalo, licores;

– Rui Leite, vinho verde;

– Susana Pinto (Lagar das Carvalhinhas), azeite e mel;

– Maria João Alves (Quintas de Vila Garcia), vinho verde;

– Talho de Santa Cruz de Manuel Carvalho, fumeiro regional.

Em declarações ao BOM DIA  André Costa Magalhães, vereador do Município de Amarante, afirmou que “ o grande objectivo é apoiar os comerciantes e produtores amarantinos para poderem ir a novos mercados, não só o mercado da saudade mas o internacional”. “O produto amarantino é um produto de qualidade, são produtos diferenciadores e apreciados por todos e têm de ser promovidos para que sejam conhecidos, é isso que tentamos fazer”.» in http://bomdia.eu/produtos-amarantinos-divulgados-em-acheres-franca/#/0


(Geminação - Acheres x Amarante - jantar dansant 19-11-2011)


(Amarante recebeu Delegação de Achères)


(Amarante 15 anos Geminacao com Acheres)

22/03/15

F.C. do Porto Hóquei Patins: F.C. do Porto fidelidade 3 vs S.L. Benfica 2 - ​Dragões garantem a passagem à fase final da Liga Europeia com triunfo sobre o Benfica e em 10 anos é a oitava vez que o conseguem.



«“HAT-TRICK” DE HÉLDER NUNES COLOCA DRAGÕES NA FINAL A QUATRO

​FC Porto garante passagem à fase final da Liga Europeia com triunfo por 3-2 sobre o Benfica.

O FC Porto Fidelidade venceu, este domingo, o Benfica por 3-2, em partida da segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europeia, garantindo a passagem à fina a quatro da competição. Depois do empate no Pavilhão da Luz (3-3), o triunfo no Dragão Caixa, graças a um hat-trick de Hélder Nunes no espaços de seis minutos, coloca os Dragões pela oitava vez em dez anos na fase decisiva da principal competição europeia de hóquei em patins.

Apoiado por um público incessante nos cânticos e conforme lhe competia, o FC Porto entrou em jogo a “mandar” e os primeiros dez minutos mostraram uma equipa com vontade de marcar cedo, algo que podia ter acontecido em algumas boas oportunidades de Barreiros (4m), Reinaldo Ventura (5m e 6m) e Caio (5m). O adversário, mais na expectativa, atacava pela certa, apenas alterando o registo a partir dos 15 minutos, em que conseguiu equilibrar as operações. A partida tornou-se muito táctica, com ambas as equipas a permitirem muito pouco espaço ao adversário, e a melhor oportunidade da primeira parte foi de Hélder Nunes, que, a três minutos do final e isolado em frente a Trabal, não conseguiu inaugurar o marcador. Ao intervalo, e apesar de um maior ascendente portista, o marcador registava 0-0.

A segunda metade trouxe novamente um jogo intenso, mas com mais oportunidades de golo. Aos 30m, após um cartão azul a Valter Neves, Reinaldo Ventura não conseguiu converter o livre directo correspondente, permitindo a defesa a Trabal. Foi novamente o guarda-redes espanhol da equipa visitante que fez a diferença nos três minutos seguintes, a remates de Caio (duas vezes) e de Barreiros. Aos 36 minutos, Nicolia, num contra-ataque, inaugurou o marcador, dando um travo de injustiça ao resultado. Os Dragões não desarmaram e partiram para cima do adversário, com a pressão a dar frutos após a décima falta dos lisboetas (41m), com Hélder Nunes a cobrar de forma exemplar o livre directo correspondente, após uma conversa cúmplice com Reinaldo Ventura, que cedeu face à confiança do jovem de 21 anos.

Apenas dois minutos depois, foi o mesmo Hélder Nunes a ser chamado para marcar um penálti, concretizando a cambalhota no marcador (2-1). Na conversão de um penálti muito contestado pelos portistas, a seis minutos do final, Carlos Nicolia empatou novamente para os lisboetas (2-2), mas Hélder Nunes ainda não tinha terminado o seu recital particular e marcou pela terceira vez, na conversão perfeita de um penálti. Edo Bosch apareceu depois para impedir que a investida final dos benfiquistas conseguisse dar frutos e os Dragões seguraram o 3-2 até ao final.

Os Dragões estão assim apurados para a “final-four” da Liga Europeia, em que vão encontrar, em local a designar, os espanhóis do Vic na meia-final, sendo que a outra será disputada entre o actual campeão europeu, FC Barcelona, e os italianos do Breganze.

FICHA DE JOGO

FC PORTO FIDELIDADE-BENFICA, 3-2
Liga Europeia, quartos-de-final, segunda mão
22 de Março de 2015
Dragão Caixa

Árbitros: Oscar Valverde e Francisco Garcia (Espanha)

FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r.); Pedro Moreira, Ricardo Barreiros, Caio e Reinaldo Ventura (cap.)
Jogaram ainda: Hélder Nunes, Jorge Silva, Vítor Hugo e Rafa
Treinador: Tó Neves

BENFICA: Guillem Trabal (g.r.); Valter Neves (cap.), Esteban Ábalos, João Rodrigues e Carlos López
Jogaram ainda: Carlos Nicolia, Diogo Rafael, Miguel Rocha e Tiago Rafael
Treinador: Pedro Nunes

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Carlos Nicolia (36m, 44m) e Hélder Nunes (41m, 43m e 46m)
Disciplina: cartão azul a Valter Neves (30m), Esteban Ábalos (43m) e Reinaldo Ventura (44m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/fcporto-benfica-hoquei-liga-europeia.aspx


Hóquei em Patins: FC Porto Fidelidade-Benfica, 3-2 (Liga Europeia, 22/03/2015)

Segunda Liga: F.C. do Porto B 2 vs Desportivo de Chaves 2 - ​Rafa abriu o marcador, o Chaves deu a volta ao encontro, mas o avançado brasileiro Anderson fez o empate feliz dos Jovens Dragões, a três minutos do fim.



«ANDERSON SALTOU DO BANCO PARA DAR EMPATE AO FC PORTO B

​Rafa abriu o marcador, o Chaves deu a volta ao encontro, mas o avançado brasileiro fez o 2-2 a três minutos do fim.

Graças a um golo do suplente Anderson, aos 87 minutos, o FC Porto B empatou este domingo frente ao Desportivo de Chaves (2-2), em encontro da 36.ª jornada da Segunda Liga. Rafa colocou os Dragões em vantagem logo aos cinco minutos, os flavienses deram depois a volta ao marcador, mas o avançado brasileiro estabeleceu o resultado final no Estádio Luís Filipe Menezes. Os "bês" (provisoriamente no oitavo lugar) somaram o quarto jogo sem perder, enquanto os transmontanos (líderes, com 61 pontos) estão invictos há 12 encontros.

O FC Porto B entrou muito bem na partida e chegou ao golo aos cinco minutos: após uma excelente troca de bola, André Silva cruzou para o lateral Rafa, que dominou a bola com o peito e encheu o pé esquerdo. A equipa transmontana tremia quando os portistas aproveitam os espaços nas suas costas, mas a pouco e pouco foi aumentando a intensidade e aproximando-se da baliza de Kadú.

Os visitantes acertaram mesmo por duas vezes nos ferros, aos 12 e 16 minutos, mas os Dragões também causaram perigo na área contrária, especialmente em lances explorando a velocidade dos seus atacantes. Foi por isso uma primeira parte bastante interessante, entre duas formações a lutar abertamente pelos três pontos, sendo que os flavienses contaram no Olival com uma numerosa claque de apoio.

Os adeptos do Chaves, em plena luta pela subida à Liga NOS, festejaram ruidosamente os dois golos apontados no espaço de dez minutos: aos 48 minutos, Siaka Bamba respondeu de cabeça a um livre de Sagna na direita e, aos 58, Luís Barry aproveitou um atraso infeliz de Francisco Ramos para se isolar e rematar para a reviravolta no marcador. Os transmontanos, mais frescos fisicamente, estavam então por cima do encontro e, em vantagem, tiraram partido da sua maior experiência para congelar o jogo, cedendo a iniciativa ao FC Porto B.

A baliza flaviense parecia estar fechada a sete chaves, mas Luís Castro mexeu na equipa, lançando Graça e Roniel e, já nos minutos finais, o avançado Anderson para o lugar do defesa central Zé António. A audácia foi premiada com o golo do brasileiro, três minutos após a entrada em campo, após um cruzamento de David Bruno. No último lance da partida, Frédéric ainda perdeu uma oportunidade soberana para fazer o 3-2 e completar quatro partidas consecutivas a marcar.

FICHA DE JOGO

FC PORTO B-CHAVES, 2-2
Segunda Liga, 36.ª jornada
22 de Março de 2015
Estádio Luís Filipe Menezes, em Olival, Vila Nova de Gaia

Árbitro: Vasco Santos (Porto)
Ássistentes: Sérgio Jesus e João Silva
Quarto árbitro: Tiago Leandro

FC PORTO B: Kadú; David Bruno (cap.), Lichnovsky, Zé António e Rafa; Tomás Podstawski, Leandro e Francisco Ramos; Frédéric, André Silva e Pité
Substituições: Tomás Podstawski por Graça (62m), Pité por Roniel (62m) e Zé António por Anderson (84m)
Não utilizados: Caio, Fernando, Clever e Diego Carlos
Treinador: Luís Castro

DESPORTIVO DE CHAVES: Stefanovic; Sagna, Ícaro, Stéphane Madeira e João Góis; Siaka Bamba, João Patrão e Guzzo; Arnold, Luís Barry (cap.) e Luís Pinto
Substituições: Patrão por João Vieira (45m+2), Madeira por Miguel Ângelo (47m) e Luís Pinto por Ericson (67m)
Não utilizados: Paulo Ribeiro, João Reis, João Vicente e João Mário
Treinador: Carlos Pinto

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Rafa (5m), Siaka Bamba (48m), Luís Barry (58m) e Anderson (87m)
Disciplina: cartão amarelo a Guzzo (13m), Tomás Podstawski (26m), João Patrão (35m), David Bruno (39m), Lichnovsky (71m), Ícaro (75m) e Ericson (90m+2)» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/FC-Porto-B-Chaves-Segunda-Liga-2014-2015.aspx


Futebol: FC Porto B-Desp. Chaves, 2-2 (Segunda Liga, 36.ª jornada, 22/03/2015)

F.C. do Porto Sub 15 Futebol: Feirense 1 vs F.C. do Porto 1 - ​Jovens Dragões a uma vitória do apuramento para a fase final da competição.



«SUB-15 EMPATAM COM O FEIRENSE

​Dragões a uma vitória do apuramento para a fase final da competição.

​Os Sub-15 empataram, este domingo, com o Feirense (1-1), em partida da nona e penúltima jornada da segunda fase do Campeonato Nacional de Juniores C, disputado no Complexo Desportivo do Feirense, em Santa Maria da Feira. A apenas uma jornada para o final desta fase da competição, os Dragões mantêm a liderança isolada (20 pontos), mas agora contam apenas com um ponto de avanço sobre o segundo classificado, o Rio Ave.

Num campo em condições sofríveis devido ao estado do relvado sintético, os Dragões enfrentaram um adversário bastante recuado, tendo criado algumas situações de perigo mas sido ineficazes na finalização na primeira metade do desafio. Na segunda parte, os azuis e brancos entraram com outra atitude e objectividade, chegando ao golo com naturalidade aos 55 minutos, por Romário Báro. Na sequência de uma bola parada, e contra a corrente do jogo, o adversário chegou ao empate a dois minutos do final (68m), dando uma aura de injustiça ao resultado final de 1-1.

Os comandados de Luís Gonçalves recebem, na décima e última jornada da segunda fase, o Marítimo (último classificado, com quatro pontos), em partida agendada para o próximo domingo, às 11h00, no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival. Em caso de vitória, os comandados de Luís Gonçalves garantem o primeiro lugar e o apuramento para a fase final do Campeonato Nacional de Juniores C.

Os Sub-15 alinharam com: João Cardoso; Paulo Moreira, João Serrão, Nuno Damas e Vasco Mesquita; Romário Báro (Marcelo Araújo, 65m), Afonso Sousa e Fábio Vieira (Tiago Lopes, 36m); João Mário (Vitor Ferreira, 36m), Leandro Campos (Vasco Paciência, 57m) e Miguel Magalhães.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Sub-15-empatam-com-o-Feirense.aspx

Amarante Bombeiros Voluntários - Hoje no dia do 94.º Aniversário desta grande Instituição Amarantina...


(Parabéns aos Bombeiros Voluntários de Amarante nesta vetusta idade: 94 anos a servir Amarante e não só!)


(Festas do Junho 2013-FANFARRA dos BOMBEIROS de AMARANTE)


(Festas do Junho 2013-FANFARRA dos BOMBEIROS de AMARANTE)


(Bombeiros Voluntários de Amarante / 94º Anos)

Amarante Religião - O Dia de São Lázaro em Amarante continua a ter, cada vez menos, mas bons seguidores, naquela pequena Capela, existe uma grande devoção...


(O dia de São Lázaro em Amarante, sempre nos quinze dias anteriores ao Domingo de Páscoa!)


«São Lázaro - amigo de Cristo

A Igreja, neste tempo do Advento, se prepara para celebrar o aniversário de Jesus e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.

Hoje vamos lembrar um destes amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judéia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.

Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo, quando morreu, ao ponto de falarem: “Vejam como o amava!”. Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?” (Jo 11,26).

O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo e outros começaram a pensar na morte do Messias, como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.



«São Lázaro

Conhecidíssimo é o nome deste Santo, de quem os santos Evangelhos relatam coisas extraordinárias, das quais a mais estupenda é ele ter sido ressuscitado, por Nosso Senhor Jesus Cristo, quatro dias depois da sua morte. Lázaro, natural de Betânia, era irmão de Marta e Maria. Há quem pretenda identificar esta Maria com Maria Madalena, ou aquela pecadora do que São Lucas (7, 36-50) conta o episódio havido na casa de Simão fariseu, e o nome da qual ele não diz. Em capítulo 10, 38-39 o mesmo Evangelista faz uma descrição minuciosa de uma cena na casa de Lázaro, mas não faz menção daquela pecadora desconhecida. Justamente de São Lucas deve-se supor, que conheceu ambas. Marcos e Mateus também relatam a unção dos pés de Jesus por uma mulher na casa de Lázaro sem declarar-lhe o nome. São João, diz claramente porém, que foi Maria, Irmã de Lázaro. A pecadora pública, que apareceu na casa de Simão, parece, pois, ser pessoa bem diferente e nada ter com a família de Lázaro. Maria Madalena também não pode ser, porque São Lucas, depois de ter contado o fato havido com o fariseu, fala (em 8,2) em uma Maria Madalena, da qual tinham saído 7 demónios. Maria Madalena parece ser pessoa diferente ainda. Lázaro era estimadíssimo na sociedade hebraica, devido à nobre origem e às grandes propriedades que possuía em Betânia. Não se sabe de quando datam as suas relações mais íntimas com o divino Mestre. É provável que tenha sido um dos primeiros discípulos. As expressões de que os Evangelistas se servem, para caracterizar as relações de Lázaro com Jesus Cristo, não deixam dúvida de que eram muito amigos. De outro modo não se compreenderiam as palavras de Nosso Senhor: “Lázaro, nosso amigo, dorme” e das irmãs: “Senhor, aquele a quem amais, está doente!” Jesus distinguia esta família com sua amizade, visitava-a frequentes vezes, e hospedava-se em sua casa. Os Santos Padres descobrem o motivo desta amizade, que não foi outro senão o mesmo que ligava Jesus a São João Evangelista: a vida santa e virginal.

O mais extraordinário que aconteceu com Lázaro, foi sua morte e ressurreição, em condições tão singulares. São João Evangelista relata este fato, com todos os pormenores, no Cap. 11 do seu Evangelho. Eis a narração evangélica: “Lázaro, irmão de Maria e Marta, caiu doente em Betânia. As duas irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele a quem amais está doente”. Jesus disse: “Esta doença não é de morte, mas para glória de Deus: pois que o Filho será glorificado por ela”. E ficou ainda dois dias lá, isto é, na margem do outro lado do Jordão. Foi só então, que disse aos discípulos: “Lázaro, nosso amigo, dorme, vou despertá-lo do sono”. Os discípulos disseram-lhe: “Senhor, se dorme, está bem”. Jesus, porém, falava da morte e disse-lhes então claramente: “Lázaro morreu e eu me alegro por vossa causa de não estar presente, a fim de que acrediteis. Vamos vê-lo!”

Quando Jesus chegou, Lázaro estava sepultado, havia quatro dias. Logo que Marta soube da vinda de Jesus, foi-lhe ao encontro e disse-lhe: “Senhor, se tivésseis estado aqui, meu irmão não teria morrido. No entanto, sei que tudo que quiserdes pedir a Deus, ele vô-lo concederá”. Jesus disse-lhe: “Teu irmão ressuscitará”. Maria respondeu: “Sim, sei que ressuscitará na ressurreição do último dia”. Jesus disse-lhe: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda mesmo morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isso?” Ela respondeu: “Sim, Senhor, creio que sois o Cristo, o Filho de Deus vivo, que viestes a este mundo”. Dizendo estas palavras, Marta entrou e disse a Maria, sua irmã: “O Mestre está cá e chama-te”. Maria levantou-se e pressurosa foi ao encontro de Jesus. Os Judeus, que, com ela estavam em casa, disseram: “Ela vai ao sepulcro para chorar”. Chegado perto de Jesus, prostrou-se-lhe aos pés e disse-lhe: “Senhor, se tivésseis estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Quando Jesus lhe viu o pranto e o dos Judeus que a acompanhavam, perguntou: “Onde o sepultastes?” Disseram-lhe: “Vinde e vede”. E Jesus chorou. Então os Judeus disseram: “Vede, como o amava!” Jesus chegou em face do túmulo: era uma gruta e uma pedra tapava a abertura. Jesus disse-lhes: “Tirai a pedra”. Marta, a irmã do morto, disse-lhe: Senhor, já exala mau cheiro; pois já lá se vão quatro dias, que está aí”. Jesus disse-lhe: “Não te disse já, que se creres, verás a glória de Deus?” Tiraram a pedra. Jesus levantou os olhos ao céu e disse: “Pai, dou-vos graças por me terdes escutado. Quanto a mim, sabia, que me ouves sempre; mas digo-o por causa da multidão que me cerca, a fim de que creia que sois vós, que me haveis enviado”. Depois de ter assim falado, bradou com voz forte: “Lázaro sai para fora” No mesmo instante o morto saiu, pés e mãos atadas com faixas estreitas, o rosto coberto de um sudário. Jesus disse-lhes: “Desatai-o e deixai-o andar.”

Temor e admiração apoderaram-se dos assistentes e muitos creram em Jesus. A notícia deste milagre estupendo correu de boca em boca e formou duas correntes entre os Judeus: de uns, que francamente reconheceram a divindade de Jesus Cristo, e de outros, principalmente dos fariseus e escribas, que ainda mais se encheram de ódio contra aquele, cuja morte já tinham decretado, ódio igual votaram a Lázaro. Tendo levado a efeito o plano tenebroso contra a vida do grande Mestre, trataram também de livrar-se do amigo do mesmo, cuja presença os incomodava, e por ser uma testemunha irrefutável do poder omnipotente de Jesus Cristo. Faltava-lhes a coragem de condená-lo à morte, porque Lázaro era estimadíssimo e de grande influência no meio social de Jerusalém. Ocasião propícia ofereceu-se para afastá-lo da Judeia, quando, depois da morte de Santo Estevão, uma perseguição obrigou os cristãos a saírem da Palestina, assim diz a lenda. Do resto da vida de Lázaro nada se sabe. Ter ele saído da Palestina e chegado a Marseille, onde teria como Bispo, pregado o Evangelho, é lenda que apareceu nos séculos 11 e 12, e que confunde Lázaro de Betânia com um personagem do mesmo nome e Bispo de Aix; ou com Nazário, Bispo de Autun. Mais fidedignos são os testemunhos orientais, que falam do túmulo de Lázaro existente em Cition, na ilha de Chipre.» in http://www.filhosdapaixao.org.br/os_santos/santo_do_dia/dezembro/santo_do_dia_dezembro_17.htm


(São Lázaro, Santo do dia em Amarante Portugal)

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