20/08/08
Mikel Erentxun - Voz suave de Verão!
MIKEL ERENTXUN - "A UN MINUTO DE TI"
Mikel Erentxun - "Suelta las riendas de mi corazón"
Mikel Erentxun - "Solo Tu"
Mikel Erentxun - "Mañana"
Mikel Erentxun - "Cartas de Amor" - (videoclip)
Amaia Montero & Mikel Erentxun - "Lau Teilatu"
«Mikel Erentxun
Mikel Erentxun (born in Caracas, 23 February 1965) is a Spanish Rock en Español singer. Formerly with the group Duncan Dhu, he started his solo career in 1992. He has released six albums as a solo artist and has covered a The Smiths song, "There Is a Light That Never Goes Out", as "Esta luz nunca se apagara", as well as Morrissey's "Everyday Is Like Sunday" as "Todo es Igual Siempre". He has collaborated with Mark Gardener, Robert Quine, Pete Thomas, Lloyd Cole, Matthew Sweet and Fred Maher. In 2005 the band the Lightning Seeds sued Erentxun for alleged plagiarism of their song "Pure".
Discography
* Naufragios (1992)
* El abrazo del Erizo (1995)
* Acrobatas (1998)
* 7 Años (1999)
* Te dejas ver (2000)
* Ciudades de Paso (2003)
* Exitos (2004)
* El corredor de la suerte (2006)» in Wikipédia.
"A Un Minuto De Ti
Mikel Erentxun
Composição: Indisponível
"Antes de tres lunas volveré por ti,
antes que me eches de menos".
Dejaste vías muertas tendidas al pasar,
nunca te he esperado tanto.
A un minuto de ti, voy detrás de ti.
A un minuto de ti, te seguiré.
El viento se ha calzado sus guantes de piel,
se entretiene con mi pelo.
Bebo el agua que viene conmigo, estoy
estancado en tu reflejo.
Solamente de ti, gota a gota,
solamente de ti, veneno y sed.
Llegaré solo hasta el umbral.
¡Qué puedo perder!
Me atreveré, cuento un paso más.
No soy como tú.
A un minuto de ti, voy detrás de ti.
A un minuto de ti, te seguiré.
Voy a arder, braceo en espiral,
me vuelvo a repetir.
Saltaré, planeo en derredor
no soy como tú."
Mais informações sobre este músico, no seguinte link:
http://mikelerentxun.webcindario.com/
A mediocridade da participação Olímpica Portuguesa!
«QUEM PENSA ELE QUE É PARA ME PEDIR DESCULPA?
Ontem, estivesse eu ao pé, ele haveria de ouvir das boas. O tolo! Mas quem pensa ele que é para ousar fazer o que fez? Virar-se para mim e dizer: "Peço desculpa!!!" A frase inteira até é assim: "Agradeço a todos, porque estiveram a ver-me na televisão, e peço desculpa." Eu estive a ver televisão e tomo a frase para mim: Francis Obikwelu pede-me desculpa!
Ele ainda há-de engolir essas palavras. Não perde pela demora. Aproveitou dizer isso agora que estamos com meio mundo a separar-nos, mas hei-de encontrá-lo. E bem pode ele ter mais um palmo de altura, mais bíceps e várias décadas menos. Vou--me a ele e espeto-lhe o dedo no peito: "Oiça lá, meta as desculpas onde quiser. Eu não as admito, ouviu?! Eu de si só quero que aceite o que tenho a agradecer-lhe." E, depois, desbobino tudo.
Desde logo aquele dia de Atenas em que fiquei sentado no estádio muito mais tempo do que ele levou a fazer - a uma vintena de metros dos meus olhos - os seus 100 metros de prata. Varreu-se-me o rapaz que lhe ficou à frente e todos os outros. Só ele contava não porque fosse belo a correr - todos os velocistas são belos a correr - mas dele sabia-lhe a história. Claro que o isco era ele ser do meu país, mas os iscos servem para fascinar, não para cativar. E eu de Francis Obikwelu, estava, estou cativo. Toda a minha vida foi feita para saber admirar homens assim. Ele ia na volta de honra, com uma bandeirinha, e eu sentado, sem gritos, nem aplausos, com o silêncio que me dou quando pratico a minha religião. A minha religião são os homens.
Eu já vivi, de casa montada e cultura bebida, em três países, sou filho e neto de emigrantes, sei que as pátrias mudam. E que ele há homens e ele há homens e que os primeiros são-me os preferidos: os que fazem seu o lugar onde estão. O africano Francis Obikwelu veio para Portugal aos 16 anos (o meu pai foi com um ano mais para Angola com um irmão mais novo, só os dois). Obikwelu trabalhou nas obras - e, diz-se, acarretando os sacos de cimento arranjou a estrutura muscular que haveria de o prejudicar nos arranques das corridas (ser pobre paga-se). Para fazer aquilo que queria, atletismo, chegou a dormir sob as bancadas do estádio do Belenenses.
Aconteceu que Francis Obikwelu encontrou uma família portuguesa que lhe deu a mão e aconteceu que a essa família ele deu aquele sorriso com que brindou o Ninho de Pássaro, ontem, antes de sabermos que era a sua derradeira corrida. Com Portugal, Obikwelu fez o mesmo, um contrato. Coisa entre iguais: eu dou e tu dás.
Sendo assim, porque digo que lhe estou agradecido? Porque são raros os que, como Obikwelu, não pedem, trocam. Ou, melhor, não são raros, fala-se de mais é dos outros. Ontem, lamentando não ter dado o que os portugueses esperavam, Obikwelu disse: "Este é o meu trabalho e queria pelo menos dar uma final aos portugueses."
Repararam na palavra? Trabalho. É a palavra dos homens. Obrigado, Obikwelu.» in http://dn.sapo.pt/2008/08/17/opiniao/quem_pensa_que_e_para_pedir_desculpa.html
«Nem me vou esforçar, tenho de ser solidário com o atleta olímpico que, sem o saber, criou um novo conceito e que solução milagrosa para a crise.
Este texto no blogue do nunogomes.org (http://nowhereland.nunonunes.org/) dá-me aqui uma ajuda, façam o favor de ler que eu vou ali pra caminha!!!
Eu sei que é comprido, mas em nome de um bom soninho a seguir vale a pena:
"O Marco Fortes é o máior (sim, leva assento no ‘a’, é mesmo assim).
Senão vejamos o que disse este nosso possante atleta de alta competição após a sua brilhante prova nos jogos olímpicos: “Ah e tal, isto correu mal porque era muito cedo, eu de manhã estou bem é na caminha”.
Ah grande homem! Desculpem, “Ah Grande Homem!”, assim é que está bem.
Aliás, eu também acho, de manhã está-se bem é na caminha.
Esta coisa de ir até ao outro lado do mundo em representação de Portugal, porque os ditos portugueses acharam que ele é tão bom atleta que vai dar o seu melhor e conseguir uma prestação minimamente condigna, e ainda por cima fazerem-nos saltar da cama cedo para ir atirar o raio dos pesos campo fora é vergonhosa!! Um abuso!!
Estão loucos ou quê? Atleta que é atleta faz as coisas ao seu tempo, no seu ritmo, ao seu bel-prazer!
‘tugal esteve bem aqui. Sinto-me orgulhoso de ser representado de forma tão condigna por este belo espécimen. Obrigado, pá!
Aliás, vamos lá registar aqui algumas das pérolas que este iluminado decidiu partilhar com o mundo:
“Já tenho uma experiência dos Campeonatos do Mundo de pista coberta, em que comecei muito bem, mas cheguei à prova e deixei-me deslumbrar por aquela atmosfera e esqueci-me do que é que lá fui fazer.”
(Isto prometia, já sabíamos que tinhamos aqui potencial para uma boa representação. No mínimo para uma representação do papel de bôbo, mas adiante, que o melhor ainda está para vir…)
[Disse o Marco que] o seu maior desejo é que os atletas com “melhores marcas estejam de rastos e que não possam com o peso na sexta-feira, que durmam mal, comam qualquer coisa que lhes faça mal, que não queiram ir para a pista, coisas assim”.
(Snif! Desculpem-me, mas este espírito desportivo —especialmente nas olimpiadas— deixa-me sempre emocionado.)
“Cheguei à conclusão que de manhã só estou bem na “caminha”. Lançar a esta hora foi muito complicado. Apesar de ter entrado bem na prova, com dois lançamentos longos com mais de 19 metros, no último lançamento as pernas queriam era estar esticadas na cama”, disse o atleta, em declarações à RTP.
(Tá tudo dito. Tuga Powa!)
Mas (e há sempre um mas) nem tudo na nossa representação nos jogos olímpicos corre bem, infelizmente para nós, desgraçadinhos.
E a culpa é de quem?
Bom, a culpa é de pessoas como a Vanessa Fernandes que, imagine-se, fala antes da prova de forma comedida e, até, com sensatez e depois, para cúmulo da desgraça, ainda ganha uma medalha.
Uma medalha!! Como foi ela capaz de tamanha ousadia? Uma atleta que demonstra humildade e inteligência? Uma atleta que se esforça, que dá o seu melhor quando lhe pedem para o fazer, não quando lhe apetece e ainda por cima ganha algo?!?
Que é lá isto? Quem se julga essa mulher para tentar arruinar a imagem que o seu colega tão árduamente trabalhou para conseguir? Que coisa pretende ela afinal? Demonstrar que em Portugal existem atletas com cabeça? Pessoas com noção da responsabilidade? Pessoas com carácter? Pessoas que se esforçam?
Corram já com ela, digo eu! Não pode ser, o mundo ainda pode pensar que valorizamos pessoas dessas. É uma vergonha. Proponho a abertura da caça à bruxa Vanessa e seus semelhantes. Queremos mais Marcos Fortes. Eu, enquanto contribuinte e financiador da nossa comitiva olímpica assim o exijo!
Quem faz o favor de criar para aí um daqueles abaixo-assinados da Internet para começarmos a fazer pressão?
Eu não posso que estou um bocado cansado. É que isto logo depois do almoço não pode ser, hein? Depois do almoço é mais dormir a sesta (aliás já fui ali dizer ao chefe que eu agora vou é esticar os neurónios para a caminha e talvez volte mais tarde ao trabalho, se me apetecer). Mas se alguém quiser fazê-lo eu até fecho os olhos ao esforço desmesurado que dispenderam e assino a coisa. Ah e obrigadinho!"
Afinal há mais....
Nem sei se é para rir ou outra coisa qualquer.... mas é deixar os olhos em bico!
Aqui ficam mais umas pérolas dos nosso atletas olímpicos.
Ressalvo que não está aqui em causa a prestação de qualquer um deles, mas sim os seus comentários que tanto nos enternecem e demonstram o valor que dão às oportunidades que eles ganharam e o país lhes concedeu...
Jogos Olímpicos
Vânia Silva classificou-se em 46.ª nos Jogos Olímpicos de Pequim, na prova de lançamento do martelo. A atleta ficou desolada com a “marca muito baixa” de 59,42 metros e admitiu que não é “muito dada a este tipo de competições”.
“Estava bem, fiz o aquecimento bem. A única explicação é que, infelizmente, não sou muito dada a este tipo de competições. Em campeonatos da Europa, campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos, o melhor que fiz foi 63 metros nos últimos Jogos Olímpicos”, lamentou.
Jogos Olímpicos
Marco Fortes (lançamento do peso) disse, após a eliminação, que não se adaptou ao horário matinal da sua prova. “De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo”, disse o lançador do Sporting, de 25 anos, eliminado no passado dia 15, com dois lançamentos nulos e um lançamento a 18,05m, bem longe do seu melhor (20,13m).
Jogos Olímpicos
No mesmo dia, também Jéssica Augusto, após a eliminação na prova dos 3.000 obstáculos, anunciou que iria de férias, justificando o abandono da corrida dos 5.000 metros dizendo que não participaria porque “não vale a pena”, dada a forte concorrência africana.
Jogos Olímpicos
Hoje mesmo, Arnaldo Abrantes, eliminado nos 200m com um dos piores tempos,(…) Abrantes justificou a sua fraca prestação com o facto de ter “bloqueado” quando viu o estádio olímpico cheio(…)»
------------------------------------------------------------------------
Este texto foi-me enviado pelo meu ex-colega e amigo José Edgar Guerra de Vila Real e é demonstrativo da leviandade com que os atletas reagem aos maus resultados, depois de 14 milhões de Euros gastos nesta participação olímpica. Vencer ninguém é obrigado, até porque os atletas dos outros países têm uma grande qualidade; mas dignidade na derrota, como nas vitórias é essencial... triste figura a de muitos atletas portugueses. Vicente Moura assumiu o desaire com muita dignidade, prometendo demitir-se e não poupou as palavras, mostrando que por ele os maus resultados e comportamentos, foram bem sentidos! Os atletas com pretensões olímpicas é bom que se inspirem no espírito de sacrifício e de humildade de Vanessa Fernandes...
Ontem, estivesse eu ao pé, ele haveria de ouvir das boas. O tolo! Mas quem pensa ele que é para ousar fazer o que fez? Virar-se para mim e dizer: "Peço desculpa!!!" A frase inteira até é assim: "Agradeço a todos, porque estiveram a ver-me na televisão, e peço desculpa." Eu estive a ver televisão e tomo a frase para mim: Francis Obikwelu pede-me desculpa!
Ele ainda há-de engolir essas palavras. Não perde pela demora. Aproveitou dizer isso agora que estamos com meio mundo a separar-nos, mas hei-de encontrá-lo. E bem pode ele ter mais um palmo de altura, mais bíceps e várias décadas menos. Vou--me a ele e espeto-lhe o dedo no peito: "Oiça lá, meta as desculpas onde quiser. Eu não as admito, ouviu?! Eu de si só quero que aceite o que tenho a agradecer-lhe." E, depois, desbobino tudo.
Desde logo aquele dia de Atenas em que fiquei sentado no estádio muito mais tempo do que ele levou a fazer - a uma vintena de metros dos meus olhos - os seus 100 metros de prata. Varreu-se-me o rapaz que lhe ficou à frente e todos os outros. Só ele contava não porque fosse belo a correr - todos os velocistas são belos a correr - mas dele sabia-lhe a história. Claro que o isco era ele ser do meu país, mas os iscos servem para fascinar, não para cativar. E eu de Francis Obikwelu, estava, estou cativo. Toda a minha vida foi feita para saber admirar homens assim. Ele ia na volta de honra, com uma bandeirinha, e eu sentado, sem gritos, nem aplausos, com o silêncio que me dou quando pratico a minha religião. A minha religião são os homens.
Eu já vivi, de casa montada e cultura bebida, em três países, sou filho e neto de emigrantes, sei que as pátrias mudam. E que ele há homens e ele há homens e que os primeiros são-me os preferidos: os que fazem seu o lugar onde estão. O africano Francis Obikwelu veio para Portugal aos 16 anos (o meu pai foi com um ano mais para Angola com um irmão mais novo, só os dois). Obikwelu trabalhou nas obras - e, diz-se, acarretando os sacos de cimento arranjou a estrutura muscular que haveria de o prejudicar nos arranques das corridas (ser pobre paga-se). Para fazer aquilo que queria, atletismo, chegou a dormir sob as bancadas do estádio do Belenenses.
Aconteceu que Francis Obikwelu encontrou uma família portuguesa que lhe deu a mão e aconteceu que a essa família ele deu aquele sorriso com que brindou o Ninho de Pássaro, ontem, antes de sabermos que era a sua derradeira corrida. Com Portugal, Obikwelu fez o mesmo, um contrato. Coisa entre iguais: eu dou e tu dás.
Sendo assim, porque digo que lhe estou agradecido? Porque são raros os que, como Obikwelu, não pedem, trocam. Ou, melhor, não são raros, fala-se de mais é dos outros. Ontem, lamentando não ter dado o que os portugueses esperavam, Obikwelu disse: "Este é o meu trabalho e queria pelo menos dar uma final aos portugueses."
Repararam na palavra? Trabalho. É a palavra dos homens. Obrigado, Obikwelu.» in http://dn.sapo.pt/2008/08/17/opiniao/quem_pensa_que_e_para_pedir_desculpa.html
«Nem me vou esforçar, tenho de ser solidário com o atleta olímpico que, sem o saber, criou um novo conceito e que solução milagrosa para a crise.
Este texto no blogue do nunogomes.org (http://nowhereland.nunonunes.org/) dá-me aqui uma ajuda, façam o favor de ler que eu vou ali pra caminha!!!
Eu sei que é comprido, mas em nome de um bom soninho a seguir vale a pena:
"O Marco Fortes é o máior (sim, leva assento no ‘a’, é mesmo assim).
Senão vejamos o que disse este nosso possante atleta de alta competição após a sua brilhante prova nos jogos olímpicos: “Ah e tal, isto correu mal porque era muito cedo, eu de manhã estou bem é na caminha”.
Ah grande homem! Desculpem, “Ah Grande Homem!”, assim é que está bem.
Aliás, eu também acho, de manhã está-se bem é na caminha.
Esta coisa de ir até ao outro lado do mundo em representação de Portugal, porque os ditos portugueses acharam que ele é tão bom atleta que vai dar o seu melhor e conseguir uma prestação minimamente condigna, e ainda por cima fazerem-nos saltar da cama cedo para ir atirar o raio dos pesos campo fora é vergonhosa!! Um abuso!!
Estão loucos ou quê? Atleta que é atleta faz as coisas ao seu tempo, no seu ritmo, ao seu bel-prazer!
‘tugal esteve bem aqui. Sinto-me orgulhoso de ser representado de forma tão condigna por este belo espécimen. Obrigado, pá!
Aliás, vamos lá registar aqui algumas das pérolas que este iluminado decidiu partilhar com o mundo:
“Já tenho uma experiência dos Campeonatos do Mundo de pista coberta, em que comecei muito bem, mas cheguei à prova e deixei-me deslumbrar por aquela atmosfera e esqueci-me do que é que lá fui fazer.”
(Isto prometia, já sabíamos que tinhamos aqui potencial para uma boa representação. No mínimo para uma representação do papel de bôbo, mas adiante, que o melhor ainda está para vir…)
[Disse o Marco que] o seu maior desejo é que os atletas com “melhores marcas estejam de rastos e que não possam com o peso na sexta-feira, que durmam mal, comam qualquer coisa que lhes faça mal, que não queiram ir para a pista, coisas assim”.
(Snif! Desculpem-me, mas este espírito desportivo —especialmente nas olimpiadas— deixa-me sempre emocionado.)
“Cheguei à conclusão que de manhã só estou bem na “caminha”. Lançar a esta hora foi muito complicado. Apesar de ter entrado bem na prova, com dois lançamentos longos com mais de 19 metros, no último lançamento as pernas queriam era estar esticadas na cama”, disse o atleta, em declarações à RTP.
(Tá tudo dito. Tuga Powa!)
Mas (e há sempre um mas) nem tudo na nossa representação nos jogos olímpicos corre bem, infelizmente para nós, desgraçadinhos.
E a culpa é de quem?
Bom, a culpa é de pessoas como a Vanessa Fernandes que, imagine-se, fala antes da prova de forma comedida e, até, com sensatez e depois, para cúmulo da desgraça, ainda ganha uma medalha.
Uma medalha!! Como foi ela capaz de tamanha ousadia? Uma atleta que demonstra humildade e inteligência? Uma atleta que se esforça, que dá o seu melhor quando lhe pedem para o fazer, não quando lhe apetece e ainda por cima ganha algo?!?
Que é lá isto? Quem se julga essa mulher para tentar arruinar a imagem que o seu colega tão árduamente trabalhou para conseguir? Que coisa pretende ela afinal? Demonstrar que em Portugal existem atletas com cabeça? Pessoas com noção da responsabilidade? Pessoas com carácter? Pessoas que se esforçam?
Corram já com ela, digo eu! Não pode ser, o mundo ainda pode pensar que valorizamos pessoas dessas. É uma vergonha. Proponho a abertura da caça à bruxa Vanessa e seus semelhantes. Queremos mais Marcos Fortes. Eu, enquanto contribuinte e financiador da nossa comitiva olímpica assim o exijo!
Quem faz o favor de criar para aí um daqueles abaixo-assinados da Internet para começarmos a fazer pressão?
Eu não posso que estou um bocado cansado. É que isto logo depois do almoço não pode ser, hein? Depois do almoço é mais dormir a sesta (aliás já fui ali dizer ao chefe que eu agora vou é esticar os neurónios para a caminha e talvez volte mais tarde ao trabalho, se me apetecer). Mas se alguém quiser fazê-lo eu até fecho os olhos ao esforço desmesurado que dispenderam e assino a coisa. Ah e obrigadinho!"
Afinal há mais....
Nem sei se é para rir ou outra coisa qualquer.... mas é deixar os olhos em bico!
Aqui ficam mais umas pérolas dos nosso atletas olímpicos.
Ressalvo que não está aqui em causa a prestação de qualquer um deles, mas sim os seus comentários que tanto nos enternecem e demonstram o valor que dão às oportunidades que eles ganharam e o país lhes concedeu...
Jogos Olímpicos
Vânia Silva classificou-se em 46.ª nos Jogos Olímpicos de Pequim, na prova de lançamento do martelo. A atleta ficou desolada com a “marca muito baixa” de 59,42 metros e admitiu que não é “muito dada a este tipo de competições”.
“Estava bem, fiz o aquecimento bem. A única explicação é que, infelizmente, não sou muito dada a este tipo de competições. Em campeonatos da Europa, campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos, o melhor que fiz foi 63 metros nos últimos Jogos Olímpicos”, lamentou.
Jogos Olímpicos
Marco Fortes (lançamento do peso) disse, após a eliminação, que não se adaptou ao horário matinal da sua prova. “De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo”, disse o lançador do Sporting, de 25 anos, eliminado no passado dia 15, com dois lançamentos nulos e um lançamento a 18,05m, bem longe do seu melhor (20,13m).
Jogos Olímpicos
No mesmo dia, também Jéssica Augusto, após a eliminação na prova dos 3.000 obstáculos, anunciou que iria de férias, justificando o abandono da corrida dos 5.000 metros dizendo que não participaria porque “não vale a pena”, dada a forte concorrência africana.
Jogos Olímpicos
Hoje mesmo, Arnaldo Abrantes, eliminado nos 200m com um dos piores tempos,(…) Abrantes justificou a sua fraca prestação com o facto de ter “bloqueado” quando viu o estádio olímpico cheio(…)»
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Este texto foi-me enviado pelo meu ex-colega e amigo José Edgar Guerra de Vila Real e é demonstrativo da leviandade com que os atletas reagem aos maus resultados, depois de 14 milhões de Euros gastos nesta participação olímpica. Vencer ninguém é obrigado, até porque os atletas dos outros países têm uma grande qualidade; mas dignidade na derrota, como nas vitórias é essencial... triste figura a de muitos atletas portugueses. Vicente Moura assumiu o desaire com muita dignidade, prometendo demitir-se e não poupou as palavras, mostrando que por ele os maus resultados e comportamentos, foram bem sentidos! Os atletas com pretensões olímpicas é bom que se inspirem no espírito de sacrifício e de humildade de Vanessa Fernandes...
19/08/08
Incêndios aumentaram e a Comunicação Social Portuguesa é cúmplice no silêncio!
«Incêndios: Já arderam mais 2.000 hectares do que em igual período do ano passado - oficial
Faro, 19 Ago (Lusa) - Os incêndios já destruíram este ano mais 2.000 hectares do que em igual período de 2007, mas a área florestal destruída decresceu, revelou hoje em Faro o presidente da subcomissão parlamentar de Agricultura.
Falando no final de uma reunião com autoridades locais, que hoje decorreu no Governo Civil de Faro, Miguel Ginestal (PS) concretizou que nos primeiros sete meses e meio de 2008 arderam 5.000 hectares de mato e 2.300 de floresta num total de 7.300, enquanto que no mesmo período do ano passado foram devastados 3.000 hectares de floresta e 2.300 de mato.
"A nível nacional, houve mais ocorrências este ano, mas menos área de floresta ardida", disse, acentuando que se trata de um "dado positivo".
No Algarve, até ao incêndio que ocorreu em Aljezur no fim-de-semana passado, tinham ardido 111 hectares, dos quais 108 de mato e três de floresta, mas aquele fogo, só por si, devastou 140 hectares, a maioria dos quais de activo florestal.
O presidente da subcomissão de Agricultura, Florestas, Desenvolvimento Rural e Pescas da Assembleia da República acentuou que em 2007 a área que ardeu em Portugal, 31.500 hectares, foi excepcionalmente pequena por comparação com os últimos anos.
Há dois anos, arderam 70 mil hectares, mas a média anual de 1998 a 2007 rondou os 160 mil hectares.
Como objectivos estratégicos, a meta para 2012 é uma área ardida inferior a 100 mil hectares e, para 2018, uma superfície não superior a 30 mil.
No Algarve, os piores anos foram 2003 e 2004, ano em que arderam 100 mil hectares, recordou Miguel Ginestal, sublinhando a necessidade de "tudo fazer" para evitar a repetição daqueles anos, quando as imagens dos incêndios algarvios "correram mundo".
"Essa é a pior imagem que podemos dar a quem nos visita", disse, acentuando a sensibilidade da região em matéria turística.
Sublinhou que, de acordo com informações que lhe foram prestadas durante a reunião, este ano o tempo médio de intervenção num incêndio que se declare no Algarve cifra-se entre os seis e os dez minutos.
No País, a média de tempo decorrido entre o pedido de auxílio e a primeira intervenção é de dez minutos, revelou, recordando que "os primeiros 20 minutos são essenciais" no combate eficaz a um incêndio.
A relação inversa entre o aumento do número de ocorrências e a diminuição da área florestal afectada faz atestar "a eficácia da primeira intervenção", observou.
O reforço dos meios de combate aéreo e a eficácia dos mecanismos de transmissão de informação são os factores mais positivos, este ano, no combate a fogos florestais, disse o parlamentar.
Os deputados, que se encontram a percorrer várias regiões do País, estavam acompanhados pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas, que não quis prestar declarações no final da reunião.
Na reunião participaram vários agentes ligados à defesa das florestas e combate a incêndios, bem como autoridades policiais, representantes das actividades económicas ligadas às florestas e órgãos desconcentrados da região.
Hoje à tarde os deputados da subcomissão participam numa discussão pública sobre o futuro das zonas de intervenção florestal do Algarve. JMP.Lusa/fim» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/94f664e61489e54b354456.html
-------------------------------------------------------------------------
Nenhum Português que o seja de verdade fica contente com o aumento dos incêndios em Portugal. Eu não fujo à regra e como tal fico bastante triste com isto. Agora que se isto fosse com outro governo dava um enorme alarido, lá isso dava; só não acredita quem sofrer de problemas de memória. E é por isso mesmo, por esse proteccionismo que o Governo do Eng. Sócrates goza por parte da Comunicação Social e da massa critica nacional, que poderia e deveria fazer muito mais; pois ruído de fundo e oposição fora do parlamento, decididamente, não tem! Não me lembro de um controlo e duma relação tão pacífica entre Orgãos do Estado e Comunicação Social... talvez no tempo da outra senhora... e máquina de campanha e de promoção, talvez só na Segunda Guerra Mundial!
Faro, 19 Ago (Lusa) - Os incêndios já destruíram este ano mais 2.000 hectares do que em igual período de 2007, mas a área florestal destruída decresceu, revelou hoje em Faro o presidente da subcomissão parlamentar de Agricultura.
Falando no final de uma reunião com autoridades locais, que hoje decorreu no Governo Civil de Faro, Miguel Ginestal (PS) concretizou que nos primeiros sete meses e meio de 2008 arderam 5.000 hectares de mato e 2.300 de floresta num total de 7.300, enquanto que no mesmo período do ano passado foram devastados 3.000 hectares de floresta e 2.300 de mato.
"A nível nacional, houve mais ocorrências este ano, mas menos área de floresta ardida", disse, acentuando que se trata de um "dado positivo".
No Algarve, até ao incêndio que ocorreu em Aljezur no fim-de-semana passado, tinham ardido 111 hectares, dos quais 108 de mato e três de floresta, mas aquele fogo, só por si, devastou 140 hectares, a maioria dos quais de activo florestal.
O presidente da subcomissão de Agricultura, Florestas, Desenvolvimento Rural e Pescas da Assembleia da República acentuou que em 2007 a área que ardeu em Portugal, 31.500 hectares, foi excepcionalmente pequena por comparação com os últimos anos.
Há dois anos, arderam 70 mil hectares, mas a média anual de 1998 a 2007 rondou os 160 mil hectares.
Como objectivos estratégicos, a meta para 2012 é uma área ardida inferior a 100 mil hectares e, para 2018, uma superfície não superior a 30 mil.
No Algarve, os piores anos foram 2003 e 2004, ano em que arderam 100 mil hectares, recordou Miguel Ginestal, sublinhando a necessidade de "tudo fazer" para evitar a repetição daqueles anos, quando as imagens dos incêndios algarvios "correram mundo".
"Essa é a pior imagem que podemos dar a quem nos visita", disse, acentuando a sensibilidade da região em matéria turística.
Sublinhou que, de acordo com informações que lhe foram prestadas durante a reunião, este ano o tempo médio de intervenção num incêndio que se declare no Algarve cifra-se entre os seis e os dez minutos.
No País, a média de tempo decorrido entre o pedido de auxílio e a primeira intervenção é de dez minutos, revelou, recordando que "os primeiros 20 minutos são essenciais" no combate eficaz a um incêndio.
A relação inversa entre o aumento do número de ocorrências e a diminuição da área florestal afectada faz atestar "a eficácia da primeira intervenção", observou.
O reforço dos meios de combate aéreo e a eficácia dos mecanismos de transmissão de informação são os factores mais positivos, este ano, no combate a fogos florestais, disse o parlamentar.
Os deputados, que se encontram a percorrer várias regiões do País, estavam acompanhados pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas, que não quis prestar declarações no final da reunião.
Na reunião participaram vários agentes ligados à defesa das florestas e combate a incêndios, bem como autoridades policiais, representantes das actividades económicas ligadas às florestas e órgãos desconcentrados da região.
Hoje à tarde os deputados da subcomissão participam numa discussão pública sobre o futuro das zonas de intervenção florestal do Algarve. JMP.Lusa/fim» in http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/94f664e61489e54b354456.html
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Nenhum Português que o seja de verdade fica contente com o aumento dos incêndios em Portugal. Eu não fujo à regra e como tal fico bastante triste com isto. Agora que se isto fosse com outro governo dava um enorme alarido, lá isso dava; só não acredita quem sofrer de problemas de memória. E é por isso mesmo, por esse proteccionismo que o Governo do Eng. Sócrates goza por parte da Comunicação Social e da massa critica nacional, que poderia e deveria fazer muito mais; pois ruído de fundo e oposição fora do parlamento, decididamente, não tem! Não me lembro de um controlo e duma relação tão pacífica entre Orgãos do Estado e Comunicação Social... talvez no tempo da outra senhora... e máquina de campanha e de promoção, talvez só na Segunda Guerra Mundial!
18/08/08
Amarante Aboadela - Lugar da Rua, em Aboadela, um local com história!
«Aboadela
Aboadela é uma freguesia portuguesa do concelho de Amarante, com 20,85 km² de área
, os quais são demarcados com as freguesias vizinhas de Canadelo, Sanche, Várzea, Olo e Ansiães. Apresenta 887 habitantes (2001). Densidade: 42,5 hab/km².
História
Origens e toponímia
Centro histórico de AboadelaPode-se falar de Aboadela ao longo da história, mas na realidade, ao longo dos séculos a sua denominação foi alvo de várias alterações. Assim, nos seus primórdios, isto é, por volta de finais do século XII, designava-se por “Santa Maria de Bobadella”, que juntamente com a actual freguesia de Canadelo constituíram a “Honra e Ovelha do Marão”.
Neste território (Honra e Ovelha do Marão) encontrava-se um juiz, um ordinário, um vereador, um procurador, entre outros honrosos funcionários. Aqui, também estava presente uma Companhia de Ordenança que constituía um tipo de confraria que procurava defender a conscrição local, bem como a defesa de castelos, ou seja, tratavam da defesa e organização do território. Há ainda a salientar que a Companhia de Ordenança era chefiada por um Capitão-Mor. No caso do território da Honra e Ovelha do Marão, esta era sujeita ao Capitão-Mor de Gestaçô ou Gestaço, que fora um antigo município na comarca de Penafiel que fora extinto no século XIX.
Durante vários séculos, Aboadela foi alvo de várias alterações. Deste modo, pode-se falar de múltiplas designações, as quais se passam a citar: Bobadella, Abovedela, Boudela, Bovedella, Bauadela, Buedela e Bobadela, sendo finalmente designada como Aboadela d’Ovelha do Marão, hoje conhecida somente por Aboadela. Quanto à sua toponímia, ela tem origem em “Aboar”, que significa pôr marcos, dividir, estremar ou demarcar.
Forais
Os primeiros registos sobre esta freguesia datam do século XII, quando Aboadela recebeu o primeiro foral no ano de 1196 no reinado de D. Sancho I, em Guimarães. Os forais concediam direitos e deveres aos cidadãos, entre outros. Neste caso, o foral imposto pelo rei D. Sancho I estabelecia que cada casal pagasse uma renda de “seis ferros por anno”, não se sabendo no entanto, hoje, a que ferros o foral se referia, pensa-se contudo, que como o foral se destinava a pessoas que tinham terras onde estavam patentes minas de ferro em lavra, então o dito ferro poderia ser uma espécie de barra de ferro ou uma ferradura.
Outros forais foram atribuídos posteriormente, não havendo todavia, registos do seu conteúdo. Sabe-se porém, que em 1212, D. Afonso II atribuiu pela segunda vez um foral, e mais tarde, isto é, em 1514, D. Manuel I também atribuiu mais um, neste caso, o último.
Beetria do Reino de Portugal
Há registos que apontam que Aboadela terá sido vila e couto, no entanto, realça-se o facto de ter sido uma das dez “beetrias” do reino, em meados do século XV. As “beetrias” destacavam-se em relação aos coutos e às honras por constituírem um povo livre, que gozava do direito de escolha e mudança de senhor, sempre que assim o desejassem, ao contrário do que acontecia nos coutos e nas honras.
Em Amarante existiram três das dez “beetrias” que fizeram parte de Portugal. Assim, para além do Ovelha, realça-se a Beetria de Amarante e a de Louredo. Quanto à Beetria de Ovelha do Marão, ela acabaria por ser extinta em 1550, no reinado de D. João III, passando depois a ser uma Vigararia e ainda uma Reitoria. Foram senhores da Beetria da Honra e Ovelha do Marão, Vasco Martins de Sousa, Martim Afonso de Sousa e D. Jaime, Quarto Duque de Bragança.
Honra e Concelho
Simbolo na antiga casa da Câmara
Lagoa junto ao IP4No século XVI, com a extinção de “beetria”, Aboadela mudava mais uma vez de estatuto, desta vez sendo substituída por uma Honra que associada ao conceito de concelho permaneceu até ao período do Liberalismo, isto é, até ao século XIX. O novo concelho de Ovelha do Marão foi então constituído pelas freguesias de Aboadela de Ovelha do Marão e S. Pedro de Canadelo. Foram senhores desta terra, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, quarto morgado de Mateus e D. José Maria do Carmo de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, seu filho. É da época destes ilustres senhores que data o brasão existente na antiga Casa da Câmara, no Lugar da Rua, símbolo emblemático do poder que se fazia então sentir naquele período nesta região.
Invasão Francesa
As invasões francesas deram-se em três momentos, e num primeiro e segundo momento acabariam por atingir a vila de Amarante, mas também passaram por Aboadela, no concelho de Ovelha do Marão, tendo ocorrido aqui uma das mais violentas batalhas de então, isto precisamente a 9 de Maio de 1809. Aboadela foi deste modo, um sítio estratégico para o lado português. Nesta freguesia foi reforçada a artilharia portuguesa e ainda foi oferecido apoio logístico.
As tropas francesas à chegada a Aboadela e à semelhança do que faziam noutros lugares por onde passavam serviam-se da população, ou seja, procuravam abastecimento junto desta. Seguidamente, não tinham qualquer gesto de piedade, pilhando e destruindo tudo que pudessem. Contudo, há a registar a derrota das tropas francesas contra três corpos de cavalaria portuguesa enfraquecendo deste modo, o lado francês.
A integração de Aboadela no concelho de Amarante
No século XIX, Amarante recebeu muitas das freguesias dos concelhos que haviam sido extintos (Gestaçô, Gouveia e Santa Cruz de Ribatâmega). É pois nesta altura que a Honra e Ovelha do Marão é destituída, através do Decreto 06/11 de 1836. Assim, as freguesias de Canadelo e Aboadela ficam anexadas ao concelho de Amarante, as quais permanecem até aos dias de hoje.
Geografia
Aboadela encontra-se na parte ocidental da Serra do Marão. Dista actualmente a 10 quilómetros do centro de Amarante, a 26 do centro de Vila Real e a 65 do centro do Porto. O acesso é feito através do IP4, onde existe uma saída deste itenerário, nesta freguesia. A EN15 também está relativamente próxima da freguesia. Para além da Serra do Marão, com uma altitude de 1450 metros, a freguesia também dispõe do Rio Ovelha, rio que nasce nesta mesma freguesia e que a atravessa. O solo é maioritariamente formado por granito, mas também está presente o xisto.
Demografia
Os últimos censos (2001) mostraram um crescimento populacional, sendo que naquela altura residiam em Aboadela, 887 habitantes. Estes resultados são um bom indicador do crescimento da população, sendo que Aboadela é uma das 11 freguesias das 42 que constituem o concelho de Amarante que viu a sua população aumentada em mais de 10%, relativamente aos censos de 1991. É também a única da zona do Marão a ver a sua população em crescimento.
Actualmente, já se estima que em Aboadela vivam mais de 1200 habitantes, existindo cerca de 700 eleitores inscritos, contrariando ainda mais o decréscimo populacional que se vem fazendo sentir nas freguesias juntas à Serra do Marão
Economia
Alguma da população dedica-se à agricultura, embora este sector esteja em decadência. Há também quem se dedique à construção civil, ao artesanato e ao pequeno comércio. Salienta-se ainda as pessoas que trabalham em entidades públicas como as escolas, jardins de infância, junta de freguesia, entre outros. O resto da população dedica-se a diversas actividades, fora da freguesia.
Durante a Idade Média para além da agricultura, a população dedicou-se à caça, à pastorícia, mas também à pesca, proveniente do Rio Ovelha.
Figuras ilustres
António Clemente Pinto (1º Barão de Nova Friburgo)
José Luís Gaspar (Político)
Gastronomia
Dentro da gastronomia típica tradicional de Abodadela destacam-se os pratos de carne, nomeadamente, o cabrito assado, mas também o arroz de cabidela. Relativamente ao primeiro prato, este deve ser cozido no forno e acompanhado por batatas e arroz branco, de preferência num forno a lenha. Quanto ao arroz de cabidela, em primeiro deve-se recolher o sangue para um recipiente quando se mata a ave (galo), depois de ser morto, deve ser estufado e acrescentada água. Por fim adiciona-se o arroz.
Para saborear na totalidade estes pratos é aconselhável serem acompanhados por vinho verde, natural da região.
Festas populares
S. Sebastião (Lugar da Rua) - 20 de Janeiro
S. Brás (Lugar de Várzea) - 3 de Fevereiro
Santo António (Lugar de Covêlo do Monte) - 13 de Junho
Santa Maria (Orago da freguesia) - 15 de Agosto
S. Bento (Lugar do Carregal) - 1 de Novembro
Símbolos e Património
Brasão
Quanto ao brasão, e em conformidade com um brasão típico de qualquer freguesia, independentemente da área ou do número de habitantes, ele apresenta uma coroa mural de prata com três torres. O escudo é dourado, onde está presente um monte de três cômoros de verde, representando a Serra do Marão. Mais a baixo está uma ponte de quatros arcos que representa um dos maiores símbolos da freguesia, a ponte românica.
Por baixo da ponte, o azul simboliza o Rio Ovelha.
Sobre a ponte ainda está presente uma ovelha, símbolo também da freguesia quer fosse pelo seu passado, onde outrora fora Honra e Ovelha do Marão, mas também em homenagem ao rio que nasce e atravessa a freguesia, o Rio Ovelha. No fundo do brasão encontra-se presente um listel todo a branco com “Aboadela” escrito a negro.
Bandeira
Em relação à bandeira, ela está esquartelada a verde e amarelo. Nela ainda se encontra um cordão e borlas com as cores referenciadas anteriormente.
Ponte Românica
Apresenta-se como um dos símbolos mais importantes da freguesia, e um dos exemplos mais importantes da arquitectura românica da região, quer pelo seu notável estado de conservação quer pelas suas características.
É difícil saber quando a ponte foi construída, a época de construção situa-se na época medieval, num período algures entre os sécs. XIII/XV altura em que foram realizadas várias construções com estas características um pouco por todo o país. Pensa-se contudo que poderá ter existido naquele local uma travessia mais antiga, visto que ali passava uma via romana.
Está construída sobre o rio Ovelha, um dos principais afluentes do rio Tâmega, é uma das ligações entre as duas margens da freguesia de Aboadela.
Enquadra-se num meio rural, isolado, num vale rodeado por uma zona montanhosa da serra do Marão. Do lado esquerdo da margem a ponte é antecipada por um cruzeiro do séc. XVII e o acesso é feito por uma rua onde existe um conjunto de casas na sua maioria edificadas no séc. XVIII e XIX. Na outra margem o acesso está circundado de quintas e terrenos agrícolas, que se alarga junto à ponte, criando um espaço para estacionamento, com uma fonte e algumas árvores, aqui também se localiza uma praia com areal e onde funciona ocasionalmente um bar. A jusante da ponte existem várias plataformas com pequeno tanque e canais de condução de água, em cantaria. Próximo, na margem direita, ergue-se um velho moinho.
A ponte enquadra-se no estilo Românico, construída em granito e juntas preenchidas com argamassas e seixos, possui quatro arcos de volta perfeita de diferentes tamanhos sendo o segundo a contar da esquerda consideravelmente mais alto que os restantes, (os arcos laterais são mais achatados que os centrais), sobre os arcos assenta um tabuleiro plano no centro e rampeado nas extremidades, com pavimento lajeado de granito. Entre os arcos, para o lado da nascente, existem três talha-mares agudos interrompidos, a jusante, talhantes de planta rectangular. Os parapeitos laterais são formados por duas fiadas de cantaria sobrepostas. Arcos apresentam com aduelas estreitas e compridas, de diferentes tamanhos, apresentando agulheiros do cimbre.
Depois de 2000 a ponte sofreu obras de restauro sobretudo ao nível da pavimentação, onde se procedeu à substituição do lajeado, recolocação de algumas pedras dos parapeitos, assim como a limpeza e remoção da vegetação que se tinha acumulado ao longo das últimas décadas.
Esta ponte é frequentemente designada pela população como “ponte romana”, denominação completamente errada.
Cruzeiro junto à ponte românica
Pelourinho medieval
CruzeiroConstruído no séc. XVII, o cruzeiro está adossado ao parapeito do lado direito, à entrada da ponte, na margem esquerda. É constituído por plinto de planta quadrada, tendo inscrição com a data de construção na face frontal, e moldura superior em quarto de círculo invertido com encaixe central para o fuste cilíndrico liso. O capitel tem a forma de esfera achatada, sustentando cruz latina lisa, de secção circular. O cruzeiro apresenta na face frontal do plinto a inscrição “1630 - RMO”, representativo da data de construção. O motivo de construção é essencialmente de ordem religiosa, normalmente este tipo de edificação servia para lembrar os seus entes queridos falecidos, para além do culto que lhes prestavam nos cemitérios.
Pelourinho
O pelourinho de Aboadela localiza-se numa zona rural junto à ponte românica, paralelo ao cruzeiro.
Enquadra-se na tipologia civil de arquitectura seiscentista (séc. XVII). A base da coluna está assente numa plataforma cúbica construída sobre cinco degraus, tem uma forma de anel baixo e achatado. O fuste é cilíndrico, de superfície lisa, onde são visíveis marcas dos furos onde seriam engatados os ferros de sujeição. O capitel é baixo, está assente numa esfera achatada nos topos superior e inferior, tem uma forma quadrangular que se vai abrindo ligeiramente até terminar num pequeno tabuleiro onde assenta o remate formado por uma pirâmide quadrangular.
Em Portugal, os pelourinhos ou picotas (esta a designação mais antiga e popular) dos municípios localizavam-se sempre em frente ao edifício da câmara e marcavam o local onde era feita justiça. Os presos eram amarrados às argolas e açoutados ou mutilados, consoante a gravidade do delito e os costumes da época.
Apesar de muitos pelourinhos terem sido destruídos pelos liberais a partir de 1834 por os considerarem um símbolo de tirania, este permaneceu praticamente intacto. O facto de a freguesia possuir um pelourinho demonstra o seu estatuto e importância durante o período medieval.» in Wikipédia.
Mais informações sobre este local no seguinte link:
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