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21/01/11

Arte Teatro - João Villaret já morreu há 50 anos!


«João Villaret

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Henrique Pereira Villaret (Lisboa, 10 de Maio de 1913Lisboa, 21 de Janeiro de 1961) foi um actor, encenador e declamador português.

Índice

[esconder]

[editar] No teatro

Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.

[editar] No cinema

No cinema, Villaret surge em:

[editar] Declamador

Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais.[1]
Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:
Encontram-se no mercado edições, em cd, do trabalho de Villaret como declamador.

[editar] Na música

Na música é de destacar, pela sua originalidade:
  • Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista 'Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».[3]

[editar] Na escola

Em Loures há uma escola com o nome de João Villaret. A escola ensina desde o 5º até ao 9º ano.

Notas

  1. «Na televisão, teve um papel muito importante na divulgação dos grandes poetas portugueses, sobretudo Fernando Pessoa e António Botto, que eram amigos dele» (citação de Vítor Pavão dos Santos).
  2. Ver aqui
  3. Ver aqui.

[editar] Ligações externas


joão Villaret - "Fado Falado"

João Villaret - "Procissão"

"Fado Falado
(João Villaret)

Fado Triste
Fado negro das vielas
Onde a noite quando passa
Leva mais tempo a passar
Ouve-se a voz
Voz inspirada de uma raça
Que mundo em fora nos levou
Pelo azul do mar
Se o fado se canta e chora
Também se pode falar

Mãos doloridas na guitarra
que desgarra dor bizarra
Mãos insofridas, mãos plangentes
Mãos frementes e impacientes
Mãos desoladas e sombrias
Desgraçadas, doentias
Quando à traição, ciume e morte
E um coração a bater forte

Uma história bem singela
Bairro antigo, uma viela
Um marinheiro gingão
E a Emília cigarreira
Que ainda tinha mais virtude
Que a própria Rosa Maria
Em dia de procissão
Da Senhora da Saúde

Os beijos que ele lhe dava
Trazia-os ele de longe
Trazia-os ele do mar
Eram bravios e salgados
E ao regressar à tardinha
O mulherio tagarela
De todo o bairro de Alfama
Cochichava em segredinho
Que os sapatos dele e dela
Dormiam muito juntinhos
Debaixo da mesma cama

Pela janela da Emília
Entrava a lua
E a guitarra
À esquina de uma rua gemia,
Dolente a soluçar.
E lá em casa:

Mãos amorosas na guitarra
Que desgarra dor bizarra
Mãos frementes de desejo
Impacientes como um beijo
Mãos de fado, de pecado
A guitarra a afagar
Como um corpo de mulher
Para o despir e para o beijar

Mas um dia,
Mas um dia santo Deus, ele não veio
Ela espera olhando a lua, meu Deus
Que sofrer aquele
O luar bate nas casas
O luar bate na rua
Mas não marca a sombra dele
Procurou como doida
E ao voltar da esquina
Viu ele acompanhado
Com outra ao lado, de braço dado
Gingão, feliz, levião
Um ar fadista e bizarro
Um cravo atrás da orelha
E preso à boca vermelha
O que resta de um cigarro
Lume e cinza na viela,
Ela vê, que homem aquele
O lume no peito dela
A cinza no olhar dele

E o ciume chegou como lume
Queimou, o seu peito a sangrar
Foi como vento que veio
Labareda atear, a fogueira aumentar
Foi a visão infernal
A imagem do mal que no bairro surgiu
Foi o amor que jurou
Que jurou e mentiu
Correm vertigens num grito
Direito ou maldito que há-de perder
Puxa a navalha, canalha
Não há quem te valha
Tu tens de morrer
Há alarido na viela
Que mulher aquela
Que paixão a sua
E cai um corpo sangrando
Nas pedras da rua

Mãos carinhosas, generosas
Que não conhecem o rancor
Mãos que o fado compreendem
e entendem sua dor
Mãos que não mentem
Quando sentem
Outras mãos para acarinhar
Mãos que brigam, que castigam
Mas que sabem perdoar

E pouco a pouco o amor regressou
Como lume queimou
Essas bocas febris
Foi um amor que voltou
E a desgraça trocou
Para ser mais feliz
Foi uma luz renascida
Um sonho, uma vida
De novo a surgir
Foi um amor que voltou
Que voltou a sorrir

Há gargalhadas no ar
E o sol a vibrar
Tem gritos de cor
Há alegria na viela
E em cada janela
Renasce uma flor
Veio o perdão e depois
Felizes os dois
Lá vão lado a lado
E digam lá se pode ou não
Falar-se o fado."

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João Villaret era um Homem das palavras... hoje faltam grandes declamadores, como ele e por exemplo, o Grande Poeta, Ary dos Santos e a Escritora, Natália Correia!


07/12/10

Teatro Nacional - Grande Actor Português, Virgílio Teixeira, morreu aos 93 anos!

«Actor Virgílio Teixeira morreu aos 93 anos


Foi não só um dos galãs do cinema português como um dos actores mais internacionais do nosso país, com participações em filmes como «Dr. Jivago» e «El Cid». Virgílio Teixeira faleceu domingo, aos 93 anos.
 

Desenvolvimento

O actor Virgílio Teixeira, cuja carreira inclui cerca de uma centena de filmes, morreu no domingo à noite no Funchal, aos 93 anos, disse à Agência Lusa a mulher, Vanda Teixeira. Considerado um galã do cinema português nos 1940 e 1950, Virgílio Teixeira faleceu na sequência de problemas respiratórios, segundo a mesma fonte.
A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, numa nota de pesar pelo falecimento do actor Virgílio Teixeira, sublinha «o seu inequívoco talento e uma assinalável dedicação à Sétima Arte».
Numa nota de condolências em nome do Governo e também em nome pessoal, a ministra e o secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, sublinham a «longevidade» da carreira do intérprete. «Virgílio Teixeira [foi] protagonista dos principais êxitos da cinema português da década de 1940», lê-se na mesma nota que acrescenta ter sido «reconhecido pelos cinéfilos e acarinhado pelo público».
Virgílio Teixeira nasceu a 26 de Outubro de 1917 no Funchal, onde se tornou muito conhecido pelas proezas desportivas, nomeadamente ténis, natação e futebol. Fascinado pelo cinema a partir do momento em que Jorge Brum do Canto vai filmar «Canção da Terra» à sua ilha-natal, Teixeira ruma a Lisboa para tentar a sorte nessa área.
Após uma figuração em «O Costa do Castelo» (1942), tem o primeiro papel importante no filme «Ave de Arribação» (1943), de Armando Miranda, tornando-se rapidamente um dos maiores galãs dos anos 40 e 50 em Portugal.
Entre os seus papéis mais recordados dessa época, destacam-se «Fado, História de Uma Cantadeira» (1947), de Perdigão Queiroga ao lado de Amália Rodrigues, «José do Telhado» (1945) e «A Volta de José do Telhado» (1949), ambos de Armando de Miranda, «Um Homem às Direitas» (1944) e «Ladrão Precisa-se!...» (1946), de Jorge Brum do Canto, «Ribatejo» (1949), de Henrique Campos, e «Nazaré» (1952), de Manuel Guimarães. Na mesma época, fez imensos filmes em Espanha, onde seria também popularíssimo.
Foi precisamente no país vizinho que tomou os primeiros contactos com Hollywood, através das super-produções que por lá então se filmavam a partir da década de 50. Foi assim que Teixeira participou em filmes como «Alexandre, o Grande» (1956), de Robert Rossen, ou «El Cid» (1960), de Anthony Mann.
A partir dessa altura, dividiu a sua carreira entre os EUA e a Europa, tornando-se o actor português mais internacional antes do aparecimento de Joaquim de Almeida. Assim, por essa altura, surgiu em produções como «A 7ª Viagem de Sinbad» (1958), de Nathan Juran, «Salomão e a Raínha de Sabá» (1959), de King Vidor, «A Queda do Império Romano» (1963), de Anthony Mann, «Dr. Jivago» (1965), de David Lean, e «O Regresso dos Sete Magníficos» (1966), de Burt Kennedy.
Actor extremamente prolífico, participa também muito em televisão, sem nunca largar o cinema, onde teve os últimos trabalhos em «O Crime de Simão Bolandas» (1978), de Brum do Canto, «Os Batoteiros» (1982), de Barbet Schroeder, e, principalmente, «A Mulher do Próximo» (1988), em que José Fonseca e Costa integra no filme cenas suas com Carmen Dolores de uma fita dos inícios da sua carreira, «Um Homem às Direitas», de 1944.
Na televisão, o seu papel mais memorável é, porventura, o do engenheiro António Fontes, na telenovela «Chuva na Areia» (1984).
SAPO/LUSA
Luís Salvado - 07-12-2010 08:00» in http://cinema.sapo.pt/magazine/obituario/actor-virgilio-teixeira-morreu-aos-93-anos

AMÁLIA RODRIGUES, "O FADO DE CADA UM" - (1948, SEGMENTO 01)

Virgilio Teixeira - "As Memorias Que Nunca se Apagam" - (Rodagem do Filme)

CINEMA PORTUGUÊS - "NAZARÉ" - (VÍDEO 5)

30/07/10

António Feio - Morreu um Grande Actor, um Homem muito Corajoso que encarou a Morte, como quem está Bem com a Vida...

«Morreu o actor António Feio

O actor António Feio morreu esta quinta feira à noite, no Hospital da Luz, em Lisboa, onde estava internado desde terça feira, informou hoje a produtora UAU, em comunicado.
António Feio, 55 anos, que sofria de um cancro no pâncreas, morreu às 23:40, na unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz.
António Feio havia sido, em Março, condecorado pelo Presidente da República, por ocasião do Dia Mundial do Teatro, juntamente com sete personalidades ligadas à arte dramática.
O actor lutava contra a doença há um ano e meio, mostrando-se sempre confiante e optimista quanto à sua recuperação. Em entrevista ao SAPO Notícias, em Fevereiro deste ano, António Feio falou abertamente sobre a doença.

O percurso do actor e encenador

António Feio viveu em Moçambique até aos sete anos, tendo depois ido para Lisboa, com a família. Estreou-se aos onze anos no teatro, com a peça de Miguel Torga, "O Mar", dirigida por Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais.
Chega cedo à televisão e ao cinema, participando ainda em folhetins na rádio e campanhas publicitárias.
Em 1969, profissionalizado na companhia teatral de Laura Alves, volta a Moçambique, em digressão com a peça Comprador de Horas.
Retirou-se dos palcos, tendo trabalhado como desenhador num atelier de arquitectos.
Em 1974 está, de novo, no Teatro Experimental de Cascais, de onde sai para formar, com Fernando Gomes, o Teatro Aquarius. Passa de seguida para a Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, Teatro Popular-Companhia Nacional I, sob a direcção de Ribeirinho, Teatro São Luiz, Teatro Adóque, Teatro ABC, Casa da Comédia, Teatro Aberto, Teatro Variedades, Teatro Nacional D. Maria II.
Começa a encenar com o espectáculo "Pequeno Rebanho Não Desesperes" de Christian Giudicelli, na Casa da Comédia. Segue-se "Vincent "de Leonard Nimoy, no Teatro Nacional D. Maria II e" O Verdadeiro Oeste" de Sam Shepard, no Auditório Carlos Paredes.
Faz, como actor, Inox-Take 5 (1993) com José Pedro Gomes e é o início de um trabalho em conjunto e de uma "dupla" que dura até aos dias de hoje.
Começa a dirigir cursos de formação de actores no Centro Cultural de Benfica e forma com vários alunos alguns grupos: O Esquerda Baixa e o Pano de Ferro, e com eles faz alguns espectáculos.
Seguem-se muitas outras encenações, entre as mais marcantes: "A Partilha" de Miguel Fallabela e "O Que diz Molero" de Diniz Machado (Teatro Nacional D. Maria II); "Conversa da Treta de José Fanha (Auditório Carlos Paredes); "O Aleijadinho do Corvo" de Martin McDonagh (Visões Úteis/ Teatro Rivoli); "Jantar de Idiotas" e "O Chato" de Francis Veber (Teatro Villaret).
Para além do teatro fez televisão (popularizou-se em sitcoms como Conversa da Treta ou programas como 1, 2, 3); algum cinema (com Alfredo Tropa, Eduardo Geada, Luís Filipe Costa e Fernando Fragata), traduções e muitas dobragens.» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1081100.html


António Feio - «Não sou nenhum herói.»
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Morreu um Grande Actor e um Grande Homem. Poucas pessoas, só as Grandes, enfrentariam uma doença desta natureza, com a estoicidade e Coragem de António Feio. A sua forma de estar na vida, o seu sorriso contagiante e de uma simpatia rara, são verdadeiramente exemplares e constituem um legado importante, como exemplo de vida e de saber viver. Marcou a minha geração, logo marcou-me indelevelmente, jamais o poderei esquecer... As Pessoas Grandes não morrem, a forma como enfrentou a sua doença, só reforçou a sua vitória sobre a morte, esse facto inexorável da nossa existência. Fica em Paz, António Feio!























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