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02/11/20

Religião Dia de Finados - O Frei também explica a esperança que deve brotar no coração dos cristãos, os quais são convidados a não parar na morte, mas enxerga-la na perspectiva da ressurreição de Cristo.



"HORA FINAL


Aí vem a noite sente-se crescer...

E um silêncio de estrelas aparece

Quem é, quem é, que empalidece

E se cobre de cinzas no meu ser?


Alma que se desprende numa prece...

Que suave  e divino entardecer!

Como seria bom assim morrer...

Morrer, como a paisagem desfalece.


Morrer, quase a sorrir devagarinho

Ser ainda no mundo pobrezinho

E já pairar, sonhando, além dos céus.


Morrer, cair nos braços da ternura;

Morrer, fugir, enfim à morte escura

Sermos enfim, na eterna paz de Deus."

TEIXEIRA DE PASCOAES


«Qual o significado do dia de finados na tradição cristã?

2 de novembro, dia dos fiéis defuntos. Para a Igreja católica não se trata de um feriado qualquer, mas de uma oportunidade de rezarmos  pelos entes queridos que buscam a plenitude da vida diante da face de Deus. Desde os primeiros séculos, os cristãos já visitavam os túmulos dos mártires para rezar por eles e por todos aqueles que um dia fizeram parte da comunidade primitiva. No século XIII, o dia dos fiéis defuntos passou a ser celebrado em 2 de novembro, já que no dia 1 de novembro era comemorada a solenidade de todos os santos.

A Igreja sempre celebra aquilo que provém de uma tradição, daquilo que é fruto de uma experiência de fé no seio da comunidade cristã. O professor de teologia da vida consagrada no Instituto Regional para a Formação Presbiteral do Regional Norte 2, Frei Ribamar Gomes de Souza, explicou que Santo Isidório de Servilha chegou a apontar que o fato de oferecer sufrágios e orações pelos mortos é um costume tão antigo na Igreja que pode ter sido ensinado pelos apóstolos. O Frei salienta ainda qual o significado do dia de finados, que para o Catolicismo é uma data tão importante.

“A comemoração de todos os fiéis falecidos evidencia a única Igreja de Cristo como: peregrina, purgativa e triunfante que celebra o mistério pascal”, disse.

O Frei também explica a esperança que deve brotar no coração dos cristãos, os quais são convidados a não parar na morte, mas enxerga-la na perspectiva da ressurreição de Cristo.

”Às vezes olhamos a nossa vida numa perspectiva de uma tumba que será fechada com a terra e com uma pedra em cima, mas para nós cristãos, Cristo está diante dessa pedra ele que é a Ressurreição e a vida. Ele olha através da pedra e ver a cada um de nós”, salientou.

«Dia de finados e purgatório.

O purgatório que faz parte da doutrina escatológica da Igreja é a condição de purificação que as almas devem passar para apresentarem-se sem mancha diante de Deus. Ao contrário do que se pensa, não trata-se de um castigo, mas de uma intervenção da misericórdia de Deus. A doutrina do Purgatório veio definida no segundo Concílio de Lion em 1274. Frei Ribamar Gomes explica que este dia serve para rezarmos preferencialmente pelas almas dos purgatório, as quais precisam de purificação para adentrarem no Paraíso.

“O purgatório nos transforma na figura sem mancha, ou seja, no verdadeiro recipiente da eterna alegria. No purgatório a alegria do encontro com Deus que acontecerá, supera a dor e o sofrimento. Só não acredita no purgatório quem duvida da misericórdia de Deus. o verdadeiro significado do dia de finados só pode ser encontrado no amor de Deus”.» in https://noticias.cancaonova.com/brasil/qual-o-significado-do-dia-de-finados-na-tradicao-crista/


Resistência - "Fim"


"Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro."

Mário de Sá Carneiro

02/11/11

Religião - O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram!




«HISTÓRIA DO DIA DE FINADOS


O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.


É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.


Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.


Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".


O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.


Mons. Arnaldo Beltrami – vigário episcopal de comunicação
Fonte: http://www.arquidiocese-sp.org.br» in http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafinados.html


«ORIGEM PROVÁVEL NO POVO CELTA


A associação do dia de finados com tristeza pela lembrança daqueles que já morreram e os cemitérios lotados com toda aquela vibração que vai desde aqueles que fazem preces em silêncio até a histeria dos mais exaltados, tem uma origem bem anterior a citada pelo catolicismo. Sua origem mais provável vem da cultura do povo Celta, que habitava no início o centro da Europa, mas entre o II e o I milênios a.C. (1900 - 600 a.C.) foram ocupando várias outras regiões, até ocupar, no século III a.C., mais da metade do continente europeu.


Os celtas são conhecidos, segundo as zonas que ocuparam, por diferentes denominações: celtíberos na Península Ibérica, gauleses na França, bretões na Grã-Bretanha, gálatas no centro da Turquia, etc. e tem como característica religiosa a concepção reencarnacionista.


Segundo diversas fontes sobre o assunto, o Catolicismo se utilizou da data, que já era usada pelos Celtas desde muitos séculos atrás, para o dia da reverências aos mortos.
Para os Celtas, dia 31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo, quando se iniciava o período denominados por nós de outono e de inverno, tempo este que nesta região a colheita tinha acabo de se encerrar e de ser estocada, especialmente para os meses frios e escuros do inverno neste período nesta região.


Na celebração do fim de um ano (31 de outubro no hemisfério norte e dia 30 de abril no hemisfério sul) e início do outro ano (1 de novembro), acreditava-se que este seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados e os desencarnados e nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato também, cada um levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em gomos de bambu, a fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir.


Alguns textos falam que nesses dias de festas, as luminárias eram feitas com abóboras esvaziadas e esculpidas com o formato de cabeças, isto para indicar o caminhos àqueles que eles acreditavam serem visitados por seus parentes e receber o perdão daqueles a quem eles haviam feito sofrer, além de ter o significado de sabedoria pela humildade para saber pedir perdão e como prova de vida além da vida.


Este ciclo se encerra e um novo se iniciasse em outra da importante, dia 1 de maio no hemisfério norte, que era o dia do início dos trabalhos para a nova plantação e colheita de un novo ciclo que iniciava.


Com o domínio desses povos pelo Império Romano, rico em armas e estratégias de guerras e conquistas e pobre em intelectualidade, as culturas foram se misturando e expandindo com todo o Império, que mais tarde viria a ser - e o é até hoje - a sede do Império Católico ou da Religião Católica, hoje fixada no Estado do Vaticano, na área urbana de Roma, Itália.


No México, o dia dos mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro. começa no dia 1 de novembro e coincide com as tradições católicas do dia dos fiéis defuntos.
É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.


Segundo prega a tradição da Igreja Católica, o Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.
No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos.
Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual, que até então era comemorado no dia 1 de novembro, passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.


A história nos mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de dor e lamúria após o advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das filosofias reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como o fim de um período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual), só tem a celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que se foram do corpo carnal e continuam sua vida verdadeira, cada um na sua condição de elevação espiritual.


Por isso, o Dia de Finados hoje em dia em nosso país ainda é um dia de vibrações muito negativas, pois a maioria Cristã em nosso país e em boa parte do mundo é católica e evangélica, mantendo - na sua grande maioria - pesares em suas preces com evocações saudosistas e egoístas pelos que já "partiram", querendo que de alguma forma retornem ou dêem algum "sinal de vida", não entendendo muitas vezes "porque foram abandonadas" e coisas do tipo, que só fazem sofrer os espíritos que já desencarnaram, especialmente àqueles que ainda se mantêm presos por laços pouco evoluídos aqui junto aos encarnados, muitas vezes ainda até ligados ao corpo que já praticamente não existe mais.


Assim, nós como espíritos, façamos preces e vamos manter uma boa vibração por aqueles que desencarnaram e sofrem com a dor daqueles que os pedem de volta, pelos desencarnados que não se perceberam dessa nova situação ainda e pelos encarnados que também sentem a falta daqueles que já estão no plano espiritual.
Fonte: amems.org
Enviado por Ana Margareth» in http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafinados.html» in http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafinados.html


(Padre Paulo Ricardo Fiéis Defuntos)

01/11/10

Dia de Finados - Maria 'Coveira' enterra os mortos como há meio século, isto é que é uma Mulher de Armas, uma autêntica Padeira de Aljubarrota!

«Maria 'Coveira' enterra os mortos como há meio século por PAULO JULIÃO Hoje


A coveira de Merufe, em Monção, assiste há 50 anos a uma tradição que leva milhares de pessoas ao cemitério.

Milhares de pessoas rumam hoje aos cemitérios para a habitual memória aos entes queridos falecidos, num ritual que ainda hoje se mantém bem vivo em pleno feriado de Todos os Santos. Na pequena aldeia de Merufe, em Monção, Maria "coveira" assiste bem de perto a este dia há mais de 50 anos. "Talvez haja menos devoção, mas para alguns ainda é muito importante. Temos emigrantes em França que já chegaram, só para poderem pôr um ramo de flores na campa da família", começa por explicar a coveira de Merufe.

Apesar de tudo, admite que há 50 anos "a coisa era mais séria" do que nos dias de hoje. "Acho que o pior de tudo é ver morrer cada vez mais jovens e isso não acontecia tanto. Mas os de agora querem mais festa", diz, prontamente acrescentando: "Mas quer queiram quer não, a nossa casa é aquela. Lá no fundo da campa." Ainda assim, muitos outros filhos da terra fazem centenas de quilómetros só para passar pelo cemitério neste dia.

Na aldeia de Merufe, o "negócio" do enterro dos mortos é assegurado, há mais de sete décadas, pela família Cerqueira, papel assumido no último meio século por Maria, que ainda aos 70 anos garante que vai continuar a enterrar os mortos enquanto tiver forças.
"Se aos cem anos ainda estiver viva e com forças, continuo a ser a coveira. Mas o que queria mesmo era deixar isto para os meus filhos, mas eles têm outras vidas", conta, à conversa com o DN.

"As pessoas têm um medo terrível disto. Até fogem." A última esperança de deixar o negócio na família era um primo, que já a ajudava há vários anos. "Foi um des- gosto muito grande. Morreu há três semanas, com 47 anos, amarrado a uma tomada eléctrica. Nem tive coragem para o enterrar e tive de chamar um coveiro de fora", diz, emocionada, Maria Cerqueira.
Nas campas, que sozinha escava em meio-dia, garante que os únicos sustos que apanha é quando "volta e meia" fica enterrada, pela cintura, sempre que alguma terra lhe desliza para cima. "Fora isso, tenho mais medo dos vivos do que dos mortos", confessa.

Maria aprendeu a ser coveira com o pai, que durante mais de 30 anos assegurou o serviço na freguesia. Aos 13 anos começou a ajudar no serviço e depois da morte do pai assumiu ela própria a tarefa, sozinha. Até porque mais ninguém da família se mostrou disponível. "Sentem-se mal só de pensar em estar dentro da cova. Quanto mais tratar do resto", garante, dando o exemplo do marido. "De início ainda me ajudava, mas desde que partiu um caixão, porque estava a chover muito, nunca mais quis saber daquilo".

A tarefa aprendeu-a com o pai, que acompanhava no interior das covas. "Ele já andava meio doente, tinha a gota, e por isso nunca ia sozinho lá para dentro. Eu fui apreendendo e depois convidaram-me para o trabalho", recorda. Por semana pode chegar a fazer aos "dois e três enterros" ou passar um mês sem trabalhar. "É um negócio que não é certo", brinca, sempre bem-disposta e repetindo, incansável: "Os mortos não fazem mal. Os vivos é que fazem a cara do diabo."

Actualmente pode levar até 110 euros pela abertura de uma cova, mas no negócio há uma regra. "Não enterro ninguém da família. Vem outra pessoa de fora, porque para tudo há limites." Garante que já perdeu a conta aos enterros que fez em Merufe, mas alguns não esquece. "Uma miudinha de 14 anos cá da terra. Bem andei a cobrir de terra só à volta do caixão, mas depois lá tive de acabar e custou-me muito", recorda.

Para além de coveira, Maria Cerqueira assegura a limpeza do cemitério e até levanta ossadas, "sem problemas". E apesar de garantir que não quer mal a ninguém, sempre vai admitindo que enterrará com um cuidado especial "umas certas pessoas". "Foram-me ao quintal e fizeram-me umas asneiras. Algumas pessoas não me importava de enterrar vivas", diz, sempre em tom de brincadeira.

Para já garante que continua com forças para "enterrar os outros" e a mudança em Merufe ainda vai ter de esperar. "Enquanto for eu a enterrar os outros é bom sinal. O pior vai ser quando forem outros a enterrarem-me a mim."» in http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1700163

Religião - Hoje é a Romaria aos cemitérios em Dia de Finados, mas nem sempre foi assim!

«Romaria aos cemitérios em Dia de Finados
31 de Outubro, 2010
A ida aos cemitérios para depositar flores nas campas e assim prestar homenagem aos que já partiram é um ritual que se repete ano após ano, mas só nas últimas décadas passou a ser realizado no primeiro dia de Novembro.«Às vezes dá ideia que as pessoas que faleceram morreram esquecidas e, no entanto, os familiares continuam nesse dia [01 de Novembro], talvez só nesse dia, a ornamentar o local», disse à agência Lusa o sociólogo Moisés Espírito Santo.
Até há cerca de 30, 40 anos, explicou o professor universitário, o dia dedicado aos defuntos era o 02 de Novembro, enquanto o dia 01 «era um dia de festa agrícola, festa de retribuição das colheitas».
«Há aí uma sobreposição de calendários, porque o Dia dos Finados é o dia 2 e não o dia 1. Isso tende a generalizar-se a todo o país, excepto a liturgia católica, que celebra os mortos, a missa dos defuntos, que se realiza no dia 2», referiu.
Segundo Moisés Espírito Santo, «a passagem para dia 01 de Novembro é dos anos 1960 com a generalização do feriado no meio industrial e urbano».
No primeiro de Novembro realizava-se um outro rito, o Pão por Deus, «em que as pessoas ofereciam bolos e certos pães aos mais pobres».
«Isso é um rito popular que ainda hoje se realiza em certas zonas do país, em que as crianças vão pedir bolos, pães, doces e frutos secos de casa em casa», disse.
O ritual do dia 01 «hoje em dia é praticamente igual em todo o país e é muito simples: ir aos cemitérios depositar um ramo de flores, estar ali um pouco, uns rezam outros não».
«Por vezes assiste-se a uma missa, por alma dos defuntos. No passado havia algumas diferenças, com fogueiras à frente dos cemitérios ou até celebrações festivas perto dos cemitérios, mas isso acabou. Hoje as pessoas adoptaram todas o mesmo rito que é o mais simples», disse
A ida ao cemitério no dia 1 prende-se também, de acordo com o sociólogo, com «constrangimentos sociais».
«As pessoas fazem-no porque o meio social critica quem não o faça, então mantém-se por coação social», afirmou. Lusa/SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3377

02/11/09

Religião Católica - Memória dos Santos defuntos, afinal o que é que se comemora a 1 e 2 de Novembro de cada ano!







«Memória dos Santos Defuntos


Memória dos defuntos celebrada por várias fés, embora em datas diferentes
Católicos, judeus, hindus, ortodoxos, baha'is, muçulmanos e budistas celebram a memória dos seus defuntos, embora em datas diferentes e sob ópticas distintas, enquanto evangélicos e adventistas consideram desnecessária a intercessão por quem morreu.


Para a tradição católica, os dias 01 e 02 de Novembro, de Todos-os-Santos e dos Fiéis Defuntos, respectivamente, acabam normalmente por se fundir, uma vez que o feriado do primeiro dia de Novembro é aproveitado para as visitas aos cemitérios, sobretudo se for a meio da semana.
A religião católica acredita na intercessão dos vivos pelos mortos, rezando pela sua alma e pedindo simultaneamente a sua ajuda junto de Deus para os que ficaram.
Os ortodoxos gregos e russos não diferem significativamente da tradição católica, embora relativamente aos gregos as celebrações tenham começado na quarta-feira, com a festa da Protecção da Mãe de Deus, prolongando-se por domingo e segunda-feira.
Os ortodoxos russos celebram os defuntos no primeiro sábado de Novembro, pelo que neste ano o ofício religioso vai ocorrer a 07 de Novembro, mas apenas "para os cristãos, católicos e ortodoxos, que adormeceram em Cristo".
"Não rezamos por Hitler, Estaline ou Salazar", sublinhou à Lusa o padre Arsénio Sokolov.
Os judeus têm no seu calendário duas datas especiais para celebrar os defuntos: o dia 10 de Tevet (meados de Dezembro, princípios de Janeiro) e o dia de Shoah (Holocausto), a 28 de Nissan (12 de Abril).
Na primeira festa são lembrados todos os que faleceram, especialmente os que não têm família ou que desapareceram sem que tenham tido exéquias ou funeral, enquanto na segunda são recordadas todas as vítimas do extermínio nazi.
Embora considerem que a alma, depois da morte, vá apenas colher os frutos do que semeou durante a vida terrena, os muçulmanos, que não praticam o luto, não deixam de recordar os defuntos, visitando as sepulturas sobretudo para "recordar constantemente a existência de Deus".
Segundo o sheikh David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, é recomendado aos muçulmanos que visitem as sepulturas dos seus defuntos "sempre que quiserem, sem necessidade de um dia no calendário litúrgico".
Os hindus também não têm uma data específica para recordar os defuntos, mas todos os anos há uma quinzena dedicada à memória dos antepassados, em que se reza pelos que partiram mesmo quando se esqueceu da data efectiva da morte, referiu à Lusa Ashok Hansraj, porta-voz da comunidade.
Esse período chama-se Sharad e antecede o festival de Navratri (novena), podendo o nono dia dessa quinzena ser usado para celebrar a memória dos santos e mártires.
Este ano o dia 01 de Novembro não é dia de recordar os mortos, mas sim de festa para a comunidade hindu em Portugal, pois celebra o 11 aniversário do templo de Lisboa.
Sem seguir o calendário cristão e sem uma data específica para recordar os defuntos, os baha'i respeitam a memória dos que já partiram, rezando "pelo progresso espiritual dos defuntos".
"Acreditamos na vida depois da morte e por isso recordamos os que já partiram, que estão sempre presentes nas nossas orações", referiu à Lusa Marco Oliveira, porta-voz da comunidade.
Para os budistas, há um período de 49 dias entre a morte e o renascimento da pessoa durante o qual se deve "rezar intensamente pelo progresso espiritual" de quem morreu.
De acordo com Paulo Borges, da União Budista, no final das orações diárias os crentes fazem o que chamam de dedicatória, na qual canalizam todas as energias positivas para o bem de todos os seres.lusa» in http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/2009111+Memoria+dos+defuntos+celebrada+por+varias+fes+embora+em+datas+diferentes.htm
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