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06/09/23

Política Educativa - O ministro da Educação explicou hoje ter pedido um parecer ao Conselho das Escolas sobre o uso de telemóveis dentro dos estabelecimentos de ensino por se tratar de um “tema complexo” e para não decidir de “forma intempestiva”.



«Acabar com telemóveis nas escolas? Ministro pediu parecer

O ministro da Educação explicou hoje ter pedido um parecer ao Conselho das Escolas sobre o uso de telemóveis dentro dos estabelecimentos de ensino por se tratar de um “tema complexo” e para não decidir de “forma intempestiva”.

“Acho que é um tema complexo e porque é complexo nós precisamos do saber de quem sabe, em particular dos professores e das direções das escolas que estão no terreno”, afirmou João Costa no VIII Encontro Internacional sobre Inovação Pedagógica SUPERTABI 2023, na Maia.

“Por isso é que pedi este parecer ao Conselho das Escolas para não decidir por achismo ou de alguma forma intempestiva”, acrescentou o ministro.

Assumindo não ter uma “posição definida” sobre o assunto, o governante vincou, contudo, não ser “adepto da proibição, mas mais adepto da promoção de hábitos saudáveis”.

Os Agrupamentos de Escolas de Almeirim vão proibir o uso de telemóveis nas escolas do 1.º ciclo no próximo ano letivo, de acordo com uma recomendação do Conselho Municipal de Educação cujos diretores votaram favoravelmente.

Já em 2017, a Escola EB 2/3 António Alves Amorim, de Santa Maria da Feira, no distrito do Porto, proibiu o uso de telemóveis em todo o recinto, levando a que os alunos socializem mais entre si e evitem situações de ‘bullying’ na internet.

Em maio, uma Petição Pública com o título “VIVER o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!” pediu o fim dos smartphones nas escolas, a partir do 2º ciclo, “em prol da socialização das crianças nos recreios”.

“Para que socializem, conversem cara-a-cara e brinquem. Para que diminuam os casos de cyberbulling e contacto com conteúdos impróprios para a sua idade”, lê-se no texto da petição, que, à hora desta edição, a petição tinha recolhido mais de 19 mil assinaturas.

João Costa considerou que o telemóvel é também um recurso didático, preocupando-o, no entanto, o aumento de “algumas questões de segurança e de `cyberbullying´”.

“Aquilo que me preocupa, dizendo assim, é quando estou em escolas e vejo às vezes nos intervalos que os alunos não falam uns com os outros, estão todos com os olhos postos no ecrã”, frisou.

“Preocupam-me algumas questões de segurança e de ‘cyberbullying’ que tem aumentado”, acrescentou.

ZAP // Lusa» in https://zap.aeiou.pt/acabar-com-telemoveis-nas-escolas-ministro-pediu-parecer-555984


#política    #educação    #telemóveis    #almeirim    #joãocosta

04/04/20

Política Educativa - As escolas estão a preparar-se para aulas através da televisão pública para alunos até ao terceiro ciclo, para chegarem aos que não têm acesso à Internet, disse hoje o ministro da Educação, sem, contudo, avançar datas.



«Covid-19: Escolas preparam-se para aulas através da televisão pública (até ao terceiro ciclo)

As escolas estão a preparar-se para aulas através da televisão pública para alunos até ao terceiro ciclo, para chegarem aos que não têm acesso à Internet, disse hoje o ministro da Educação, sem, contudo, avançar datas.

“Como não era possível chegar a todos os alunos através dos meios mais tecnológicos, vamos poder fazê-lo pelos meios mais tradicionais”, enquanto estiverem suspensas as aulas presenciais nas escolas devido à pandemia, explicou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em declarações à RTP.

O governante adiantou que a solução é a tele-escola, mas num cenário “completamente diferente” do que existiu no passado para o segundo ciclo, em que era dada com “alunos e professor na sala de aula”.

A televisão pública é o “meio em que existe mais acesso, porque está acessível através da Televisão Digital Terrestre e pela Internet”, justificou, adiantando que a tutela “está a trabalhar para o terceiro período acontecer”.

Questionado sobre a data para o arranque da tele-escola, Tiago Brandão Rodrigues não se comprometeu e remeteu para 09 de abril, ocasião em que o Governo vai anunciar um conjunto de orientações para o terceiro ciclo do ano letivo.

Além da avaliação sobre o ponto de situação da pandemia à data, “também temos de chegar às escolas e explicar-lhes como poderão utilizar esta ferramenta e este é um trabalho que está em curso”, justificou.

Devido à pandemia e num contexto em que todos “foram apanhados de surpresa” e a tutela está a “preparar os cenários mais complexos”, o Ministério da Educação, afirmou, enviou orientações às escolas que estão a “preparar os seus planos de ensino à distância”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/covid-19-escolas-preparam-se-para-aulas-atraves-da-televisao-publica-ate-ao-terceiro-ciclo

21/11/19

Política Educativa - O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um projeto de lei para que os professores recuperem todo o tempo de serviço congelado até 2026, de forma faseada, de acordo com o texto da proposta dos bloquistas.



«BE quer que professores recuperem todo o tempo de serviço até 2026

O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um projeto de lei para que os professores recuperem todo o tempo de serviço congelado até 2026, de forma faseada, de acordo com o texto da proposta dos bloquistas.

“O tempo de serviço dos docentes da Escola Pública que não foi considerado para efeitos de progressão na carreira será́ considerado de modo faseado, de modo a serem contabilizados mais três anos, oito meses e 24 dias até ao final de 2023, além dos 2 anos, 9 meses e 18 dias já considerados. O tempo restante para a conclusão da contagem integral conclui-se nos três anos seguintes”, lê-se no artigo 2.º do projeto de lei entregue, relativo à contagem do tempo de serviço.

O projeto de lei, que os bloquistas pretendem que produza efeitos já no Orçamento do Estado para 2020, prevê ainda que a recuperação seja feita “nos termos do Estatuto da Carreira Docente e com passagem imediata ao escalão correspondente ao tempo de serviço contabilizado” e que nos casos de professores no topo da carreira o tempo a recuperar possa ser usado para antecipar a aposentação.

Na exposição de motivos que acompanha o projeto de lei, os bloquistas recordam o processo negocial falhado entre sindicatos e Governo para a recuperação integral dos nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados e o chumbo no parlamento, em votação final, de uma proposta saída da comissão parlamentar de educação que juntou todos os partidos, exceto o PS, contra as intenções de uma devolução parcial do tempo de serviço.

“É no contexto de um compromisso renovado com os docentes, mas também com a resolução dos problemas que hoje assolam a escola pública, como a falta de professores, que apresentamos este projeto de lei”, lê-se no texto do Bloco de Esquerda.

No projeto de lei “continua a ser assumida a proposta apresentada pelos sindicatos de uma recuperação ao longo de sete anos de todo o tempo ainda não incluído, considerando também medidas mitigadoras do impacto orçamental.

“Assim, durante a legislatura deverão ser contabilizados mais três anos, oito meses e 24 dias, além dos dois anos, nove meses e 18 dias já considerados, concluindo-se a contagem integral nos três anos seguintes”, acrescenta o texto.» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20191120-pt-de-volta-a-normalidade-no-andebol-1

09/11/19

Política Educativa - Mais de 10 mil alunos continuam sem ter todos os professores atribuídos, um mês e meio depois de as aulas terem começado, segundo uma estimativa da Fenprof.



«Pelo menos 10 mil alunos continuam sem todos os professores

Mais de 10 mil alunos continuam sem ter todos os professores atribuídos, um mês e meio depois de as aulas terem começado, segundo uma estimativa da Fenprof.

Mais de 10 mil alunos continuam sem ter todos os professores atribuídos, um mês e meio depois de as aulas terem começado, segundo uma estimativa da Federação Nacional de Educação (Fenprof). Em conferência de imprensa realizada este sábado em Lisboa, Mário Nogueira alertou para o facto de os problemas na educação estarem a “estoirar por todo o lado” depois de um arranque de ano letivo em que foram “esquecidos ou disfarçados”.

A falta de funcionários e de professores é um dos maiores problemas que tem levado a protestos e até encerramento de escolas. “Calculamos que ainda haja pelo menos 10 mil alunos que não têm os professores todos”, anunciou Mário Nogueira, explicando que esta estimativa da Fenprof baseia-se nos dados de sexta-feira disponíveis nas plataformas das ofertas de escola.

Os casos mais preocupantes dizem respeito às disciplinas de Informática, Inglês e Geografia, acrescentou, lembrando que os baixos salários dos professores fazem com que muitas vezes tenham de recusar vagas em escolas situadas em zonas como Lisboa, onde as rendas são bastante elevadas.

Por outro lado, existem docentes a quem foram atribuídos “horários ilegais”, alertou Mário Nogueira, dando como exemplo um docente de Informática a quem atribuíram “34 turmas”, ou seja, tem mais de 800 alunos.

A Fenprof explicou que a questão dos horários tem sido alvo de conversações com o secretário de Estado da Educação, João Costa, que “já reconheceu o problema”, mas ainda “não deu qualquer orientação às escolas” sobre como atuar. Resultado: “Está a empurrar as escolas para a ilegalidade”, acusou o secretário-geral, recordando ainda os casos de professores a quem foram marcados intervalos para depois das aulas.

Segundo a Fenprof, existem “milhares de horários ilegais” e por isso no próximo dia 17 irão realizar uma “Exposição Universal de Horários de Professores”: “Será a ExpoHorários!”, revelou Mário Nogueira.

A falta de resposta para os alunos com necessidades especiais educativas foi outro dos problemas apontados por Mário Nogueira, que lembrou que há crianças que ainda não começaram a ir às aulas porque não existem apoios necessários. Exemplo disso são três alunos de uma escola em Évora, contou Mário Nogueira.

O envelhecimento do corpo docente, a existência de escolas onde o amianto ainda não foi retirado ou o processo de municipalização das escolas que a Fenprof teme que venha criar ainda mais assimetrias foram outros dos assuntos debatidos na reunião de secretariado nacional que decorreu nos últimos dois

Para a Fenprof, as dificuldades que há muito são apontadas pelos professores não têm resposta no programa do Governo que “não apresenta medidas de combate a esses problemas”. Mário Nogueira considerou mesmo o programa de “pouco claro”.

O secretário-geral da Fenprof sabe de cor as razões que poderão levar os professores a “inundar novamente as ruas de Lisboa ou a fazer greve”: A defesa da carreira docente, a recuperação do tempo de serviço congelado, as ultrapassagens de professores com menos anos de profissão e a aposentação.

Tendo em conta que a média de idades dos professores nas escolas ronda os 55 anos, a Fenprof decidiu criar o “Age Summit”, que irá acontecer a 5 de dezembro em frente ao Ministério da Educação, onde serão apresentadas “em formato digital” as idades médias dos professores das escolas. “Nos próximos três a quatro anos, vão reformar-se cerca de 12 mil professores e o problema vai agravar-se”, voltou a alertar Mário Nogueira.» in https://eco.sapo.pt/2019/11/09/pelo-menos-10-mil-alunos-continuam-sem-todos-os-professores/


16/05/19

Política Educativa - Secretária de Estado Adjunta e da Educação acaba de garantir na comissão parlamentar que o Governo vai recuar na intenção de não contar quase 10 anos de tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira (notícia de 2017).



«Governo promete contar tempo de serviço dos professores

Secretária de Estado Adjunta e da Educação acaba de garantir na comissão parlamentar que o Governo vai recuar na intenção de não contar quase 10 anos de tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira. Solução ainda terá de ser negociada com os sindicatos

A Secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, garantiu esta quarta-feira que vai “haver uma forma de contagem de tempo de serviço” exercido pelos professores durante os quase 10 anos em que as carreiras estiveram congeladas. “Vai ser encontrada uma forma de recuperar esse tempo de serviço. Veremos com os sindicatos de que forma se fará o seu faseamento”, declarou na comissão parlamentar de Finanças e Educação, onde está a ser discutido o Orçamento do Estado para a Educação.

Esta questão tem motivado os protestos dos professores que marcaram para esta quarta-feira uma greve nacional e uma concentração em frente da Assembleia da República.

Na quinta-feira, Governo e sindicatos voltam a reunir-se para discutir a tal solução que permitirá contar o tempo de serviço e reposicionar dezenas de milhares de professores no escalão devido caso não tivesse havido congelamento das carreiras, tal como vai ser feito para a maioria das restantes carreiras da Administração Pública.

Os sindicatos, que voltaram a unir-se nos protestos quase dez anos depois das grandes manifestações no sector em 2008, têm dito que não aceitam um “apagão” do seu tempo de serviço. E muito menos que sejam tratados de forma diferente em relação aos outros funcionários públicos.

Na terça-feira, uma reunião convocada na véspera da greve dos professores, juntou organizações sindicais e secretárias de Estado da Educação e da Administração e Emprego Público. As reuniões não foram suficientes para desmobilizarem os professores nos protestos desta quarta-feira. Amanhã serão retomadas.

OS MILHÕES DO DESCONGELAMENTO
A grande questão tem a ver com o impacto orçamental do processo de descongelamento das carreiras. Tal como estava previsto até agora - reposicionamento dos 45 mil professores que antes do último congelamento, em 2011, já tinham completado o tempo de serviço e avaliação -, a medida custava 90 milhões de euros em 2018. Nos anos seguintes, o custo seria de 83 milhões de euros em 2019, de 30 milhões em 2020 e 60 milhões em 2021.

Segundo as mesmas contas do Governo, a contagem de todo o tempo de serviço e o reposicionamento de todos os professores em simultâneo traduzir-se-ia num custo total de 600 milhões de euros.

A questão agora é saber se o Governo está disponível para recuperar todo o tempo de serviço congelado - nove anos, quatro meses e dois de serviço - e em quantos anos.

No parlamento, Alexandra Leitão explicou ainda que além destas progressões, também os cerca de sete mil professores que entraram nos quadros durante os anos de congelamento (entre 2011 e 2017) e que foram colocados no 1º escalão serão reposicionamos no patamar devido, em função do tempo de serviço que já tinham quando vincularam. Esta medida custará mais 20 milhões de euros.

A partir de janeiro de 2018 também deixará de haver a impossibilidade de os professores que estão parados no 4º e no 6º escalões transitarem para os seguintes. Isto porque será aprovada a portaria que fixará as vagas e formas de acesso a esses escalões, anunciou a secretária de Estado. (notícia de 2017)» in https://expresso.pt/sociedade/2017-11-15-Governo-promete-contar-tempo-de-servico-dos-professores?fbclid=IwAR0n43uGuolgDaqhRxZCZ70KqxyBYUsGvgtzaFYmc_WtNSOL5y5Ab1OfC1c#gs.bsbdxc

02/05/19

Política Educação - A deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, anunciou no Facebook o resultado da votação: “‪Foi aprovada a recuperação integral do tempo de serviço dos professores".




«Contagem integral do tempo de serviço dos professores foi aprovada

A deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, anunciou no Facebook o resultado da votação: “‪Foi aprovada a recuperação integral do tempo de serviço dos professores. Ainda falta votar o modo, mas já foi reconhecido o direito, já há justiça‬”.

Está a decorrer a sessão da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência na qual serão votadas propostas do PSD, do CDS-PP, do BE, do PCP e do PEV visando a contabilização integral do tempo de serviço dos professores que foi congelado. No que respeita à contabilização integral, já está garantida. Falta apenas decidir o modo como essa contabilização será efetuada.

“‪Foi aprovada a recuperação integral do tempo de serviço dos professores. Ainda falta votar o modo, mas já foi reconhecido o direito, já há justiça‬”, anunciou há minutos a deputada Joana Mortágua, do BE, em mensagem publicada na rede social Facebook.

No início da sessão, a deputada Margarida Mano, do PSD, considerou ser “essencial” que a Assembleia da República assegure a “correção do tempo de serviço congelado” dos professores. Em vez dos dois anos, nove meses e 18 dias aprovados pelo Governo, o PSD defende a contabilização dos nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos professores. No entanto, o PSD não estará disposto a comprometer-se com prazos concretos para o processo de contabilização.

Aliás, o PSD já tinha anunciado hoje no Parlamento um recuo na sua proposta sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, retirando a norma que obrigava a contar já em 2019 mais de dois anos a todos os professores.

A Comissão Parlamentar de Educação e Ciência está a discutir e a votar as propostas de alteração dos partidos ao decreto do Governo relativo à contagem do tempo de serviço congelado aos professores, que os partidos, à exceção do PS, consideram que deve ser de nove anos, quatro meses e dois dias.

As propostas apresentadas por PSD, CDS-PP, BE, PCP e PEV convergiam num ponto: a contagem parcial proposta pelo decreto do Governo, já em vigor, e que devolve apenas dois anos, nove meses e 18 dias, passaria a ser feita de forma total para todos os professores, com efeitos a 1 de janeiro de 2019, e não no momento da próxima progressão na carreira, como pretendia o Governo.» in https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/contagem-integral-do-tempo-de-servico-dos-professores-foi-aprovada-439770


05/02/19

Política Educativa - O Governo está desde hoje a percorrer as escolas básicas do país para promover o ensino profissional como opção no secundário, mas a Fenprof acusa o executivo de “publicidade enganosa” e de encaminhar alunos para uma via mal financiada.



«Governo promove ensino profissional, Fenprof diz que é "publicidade enganosa"

O Governo está desde hoje a percorrer as escolas básicas do país para promover o ensino profissional como opção no secundário, mas a Fenprof acusa o executivo de “publicidade enganosa” e de encaminhar alunos para uma via mal financiada.

Em comunicado divulgado no domingo, o Ministério da Educação divulgou que arrancou hoje o Roteiro do Ensino Profissional, uma iniciativa da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional que até 14 de março vai percorrer 40 escolas básicas de todo o país para promover o ensino profissional secundário junto dos alunos do 9.º ano.

Um dos objetivos declarados do executivo na área da educação é ter pelo menos metade dos alunos do ensino secundário matriculados na vertente profissional.

Em comunicado hoje divulgado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) questiona se a iniciativa do Governo não será “apenas propaganda enganosa e palco para passear vaidades”.

“É bom lembrar que, como a Fenprof já denunciou diversas vezes, a forma de financiamento que vigora está na origem de as escolas públicas com cursos profissionais ainda nada terem recebido para financiar, este ano letivo, os cursos de 10.º e 11.º anos. Isto, apesar de o 2.º período letivo já se ter iniciado há um mês”, lê-se no comunicado da Fenprof.

A federação refere ainda que “há alunos que não recebem, há um ano, como têm direito, o subsídio para transporte e material, problema que algumas escolas têm tentado resolver, adiantando verbas de outras rubricas, o que tem provocado sérias dificuldades ao seu normal funcionamento” e que há casos, onde as escolas não têm essa disponibilidade de tesouraria em que “há alunos a desistir dos cursos por manifesta incapacidade financeira das respetivas famílias”.

“Se nas escolas públicas a situação é a que se conhece, no privado os problemas são, igualmente, muito graves. O financiamento é insuficiente, as candidaturas abrem tarde e é grande o atraso com que as verbas chegam para dar resposta a necessidades básicas de funcionamento, desde logo o pagamento de salários. Daí resultam sérias dificuldades para muitas escolas, que são obrigadas a recorrer à banca para satisfazer necessidades”, acrescenta a Fenprof.

Para a estrutura sindical a iniciativa do Governo revela uma “intenção de transferir verbas do Orçamento do Estado para fundos comunitários, alijando responsabilidades do Estado Português em relação à educação pública”, acusando ainda o executivo de “irresponsabilidade” na área da Educação, “suportada em mentiras criadas para vender ilusões”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/governo-promove-ensino-profissional-fenprof-diz-que-e-publicidade-enganosa

19/04/18

Política Educativa - Dezenas de professores concentraram-se hoje em frente do Ministério da Educação (ME), em Lisboa, para exigir a correção dos horários de trabalho, que consideram ilegais, uma vez que muitos docentes trabalham em média 46 horas semanais.



«PROFESSORES EXIGEM HORÁRIO DE 35 HORAS "E NÃO DE 46"

Dezenas de professores concentraram-se hoje em frente do Ministério da Educação (ME), em Lisboa, para exigir a correção dos horários de trabalho, que consideram ilegais, uma vez que muitos docentes trabalham em média 46 horas semanais.

O problema “é antigo” - “tem cerca de dez anos” -, mas os professores prometem não desistir de lutar pelo direito a trabalhar 35 horas por semana, “tal como definido na lei geral para todos os trabalhadores”, lembrou hoje Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

As longas horas de trabalho nas escolas e em casa é “um dos principais fatores de desgaste dos professores”, recordou, em declarações à Lusa, Mário Nogueira, explicando que a concentração de hoje serve “apenas para que o Governo e o Ministério da Educação cumpram a lei”.

Sara Bogarim tem 60 anos e dá aulas há 37 anos. Hoje juntou-se ao protesto e deu a cara pelos professores que se sentem cansados e revoltados com o excesso de trabalho: “Além das aulas, estou na biblioteca e no Clube de Artes”, contou à Lusa a professora de Educação Visual.

Sara disse à Lusa que, ainda na semana passada, entrou na Escola do Agrupamento de Nelas por volta das 08:00 e saiu apenas às 20:00, por causa das reuniões que se juntam ao trabalho que já tem todos os dias com os alunos.

E depois, desabafou, há dias em que quando chega a casa tem à sua espera mais uma maratona para preparar aulas ou corrigir trabalhos dos seus alunos.

Mário Nogueira recordou estudos que indicam que os docentes trabalham em média mais de 46 horas semanais, entre trabalho com os alunos (horário letivo), trabalho na escola para reuniões com colegas ou para receber encarregados de educação (componente não letiva de estabelecimento) e todo o trabalho que é feito em casa (componente individual de trabalho).

Para a Fenprof, os horários dos professores, tal como são aplicados pelas escolas, são ilegais, porque há atividades letivas que estão atribuídas na componente não letiva de estabelecimento; há atividades que deveriam ocupar horas de estabelecimento, mas ocupam muitas horas da componente individual de trabalho.

“Queremos que o próximo despacho de Organização do Ano Letivo regularize esta situação”, defendeu o secretário-geral da Fenprof.

No final da concentração, um grupo de professores entregou no ministério uma proposta para corrigir a situação e, em declarações à Lusa, Mário Nogueira revelou que a tutela já agendou para 3 de maio um encontro para discutir o assunto.

Para chamar a atenção dos responsáveis do ME, a Fenprof usou relógios e a música dos Pink Floyd “Time” e afixou vários cartazes onde se podia ler: “Horário Sobrecarregados/Professores Prejudicados” ou “Professores: Horário é de 35 horas e não de 46”.» in https://lifestyle.sapo.pt/familia/noticias-familia/artigos/professores-exigem-horario-de-35-horas-e-nao-de-46

04/12/17

Política Educativa - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a riqueza da diferença, o respeito pelo outro...



"Pastoral

Não há, não,
duas folhas iguais em toda a criação.

Ou nervura a menos, ou célula a mais,
não há de certeza, duas folhas iguais.

Limbo, todas têm,
que é próprio das folhas;
pecíolo algumas;
baínha nem todas.
Umas são fendidas,
crenadas, lobadas,
inteiras, partidas,
singelas, dobradas.

Outras acerosas,
redondas, agudas,
macias, viscosas,
fibrosas, carnudas.

Nas formas presentes,
nos actos distantes,
mesmo semelhantes
são sempre diferentes.

Umas vão e caem no charco cinzento,
e lançam apelo nas ondas que fazem;
outras vão e jazem
sem mais movimento.
Mas outras não jazem,
nem caem, nem gritam,
apenas volitam
nas dobras do vento.

É dessas que eu sou."

António Gedeão (Poema Pastoral, Poesias Completas, 1956-1967)

24/08/17

Política Educativa - Sete alunos da Escola Professor Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso, com notas negativas passaram com 11, 14, 15, 17 e 19 valores.



«Escola sob investigação após passar alunos chumbados

A denúncia partiu de um professor depois de os estudantes reprovados aparecerem nas pautas com classificações de 11, 14, 15, 17 e 19.

Sete alunos da Escola Professor Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso, com notas negativas passaram com 11, 14, 15, 17 e 19 valores. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público após a denúncia de um professor.

As alterações de notas envolvem estudantes do 9.º ano dos cursos vocacionais de Design e Tecnologia, avança o "Jornal de Notícias". Em causa estão pelo menos sete alunos que tinham sido chumbados pelo docente da disciplina de Geografia, mas que surgiram aprovados nas pautas. Um deles até ficou com 19 (em 20) valores, após intervenção do Conselho Pedagógico da instituição de ensino. 

Depois de reclamar junto dos órgãos escolares e do Ministério da Educação, o docente queixou-se ao Ministério Público.

Segundo os documentos, a que o jornal teve acesso, o professor acusa a escola de ter alterado as notas “sem o avisar e sem justificar a decisão”. Esta situação também aconteceu na disciplina de Inglês, mas a docente não reclamou.

O denunciante diz que depois de um processo estranho, alegadamente pedido pelos pais, houve repetição de provas fora dos prazos legais, permitindo que dois dos alunos conseguissem uma certidão de aprovação tendo ingressado na Escola Profissional da Associação em Diálogo.

Segundo a notícia, o motivo invocado para a passagem do secundário foi o de serem alunos com necessidades especiais.» in http://rr.sapo.pt/noticia/91513/escola_sob_investigacao_apos_passar_alunos_chumbados?utm_source=facebook&utm_medium=Web&utm_campaign=sapo_rs

08/06/17

Política Educativa - A Universidade do Porto ficou no 301.º lugar no QS World University Rankings, num ranking internacional de ensino superior, subindo 22 posições em relação a 2016 e obtendo o melhor lugar em Portugal.



«Ranking mundial: Universidade do Porto é a melhor instituição de ensino superior em Portugal

A Universidade do Porto ficou no 301.º lugar no QS World University Rankings, num ranking internacional de ensino superior, subindo 22 posições em relação a 2016 e obtendo o melhor lugar em Portugal.

“A Universidade do Porto acaba de ser distinguida pelo QS World University Ranking 2018 como a melhor instituição de ensino superior em Portugal” e sobe “22 lugares face ao ano anterior”, conquistando o “301.º lugar entre as melhores universidades do mundo”, lê-se num comunicado de imprensa da Universidade do Porto (U.Porto).

Este é o quinto ano consecutivo em que a U.Porto lidera as instituições portuguesas de Ensino Superior no QS World University Rankings e dois dos indicadores avaliados em que se destaca são a “reputação académica”, posicionando-se no 220.º lugar entre as mais de 3.500 instituições de todo o mundo, e a “reputação entre os empregadores”, ficando no 238.º lugar.

“Numa avaliação ao contexto global, a Universidade do Porto contabiliza um total de 107.859 citações, equivalente ao dobro da média global. Relativamente às áreas de estudo onde estes números são mais relevantes, o maior destaque vai para as ciências da vida e medicina, seguindo-se as ciências naturais e engenharia e tecnologia”, refere a U.Porto.

No QS World University Rankings de 2016, a qualidade da produção científica e a reputação entre as instituições internacionais foram os indicadores onde a Universidade do Porto obteve melhor classificação, ficando na 200.ª posição mundial no que toca a Citações por Docentes e no 238.º posto em Reputação Académica.

O ranking das universidades a nível mundial, cuja consultora é a britânica Quacquarelli Symonds (QS), avalia o desempenho de mais de 3.500 instituições de todo o mundo, tendo em conta seis indicadores, designadamente a reputação académica, a reputação entre empregadores, a relação entre corpo docente e estudantes, as citações por docentes, os estudantes internacionais e os docentes internacionais.

Para a análise desta edição responderam 75 mil académicos e mais de 40 mil empregadores.» in A distinção é do QS World University Ranking 2018. O ranking avalia o desempenho de mais de 3.500 instituições de todo o mundo.» in http://rr.sapo.pt/noticia/85726/ranking_mundial_universidade_do_porto_e_a_melhor_instituicao_de_ensino_superior_em_portugal?utm_source=rss


(Universidade do Porto)


(Apresentação Universidade do Porto | University of Porto presentation)


(Universidade do Porto)

03/04/17

Política Educativa - Ler, escrever, fazer contas e tratar as TIC por tu: as novas competências básicas em Portugal.



«Ler, escrever, fazer contas e tratar as TIC por tu: as novas competências básicas em Portugal

A proposta é do Primeiro-ministro face ao novo programa INCoDe.2030, que junta vários ministérios, instituições de ensino e empresas no objetivo comum de melhorar as competências digitais dos portugueses: jovens e menos jovens, empregados e desempregados.

“O primeiro desafio que se coloca nas competências digitais está relacionado com a cidadania: é garantir que todos os cidadãos que não são especialistas em ciência, em tecnologia, em matemática têm a capacidade de continuar a ser cidadãos no futuro”, referiu António Costa.

Para tal, o modelo de desenvolvimento do país tem de assentar em dois fatores fundamentais, defendeu, "qualificação e inovação, onde as competências digitais são absolutamente essenciais".

O Primeiro-ministro considera que o INCoDe.2030 vai permitir reaproveitar e encontrar novas oportunidades de trabalho a quem neste momento está no desemprego. “Qualificar quem está a trabalhar e qualificar quem está fora do mercado de trabalho é criar uma oportunidade enorme para o país”.

É certo que muitas destas pessoas não vão ser programadores, “mas um mínimo de competências digitais todos nós vamos ter que ter. Esse vai ser o bê a bá do futuro”, referiu para sugerir que estas competências digitais se juntem ao conjunto de competências “que alguém definiu no passado de saber ler e escrever e fazer contas de somar e subtrair e multiplicar e dividir”.

Tendo 2030 no horizonte, o novo programa propõe-se “garantir a literacia e a inclusão digitais para o exercício da cidadania”, estimular “a especialização em tecnologias e aplicações digitais para a qualificação do emprego” e “produzir novos conhecimentos em cooperação internacional” e define mais de 30 medidas em resposta.

Resulta da colaboração, não apenas de várias áreas governativas, mas também de instituições de ensino e formação e do sector empresarial, como ficou demonstrado na sessão de apresentação do programa, esta tarde em Lisboa, cada um com o seu tipo de contributo “e com projectos concretos”.

No painel onde estiveram representantes da Altran, da Academia de Código, da Unbabel, da Blip, do Agrupamento de Escolas do Freixo e do Politécnico de Setúbal, entre outros, também se defendeu que as grandes empresas podem ajudar a trazer os talentos que estão no estrangeiro de volta a Portugal e podem dar acesso a grandes clientes e que as pequenas podem ajudar a escalar e ajudar a academia a definir requisitos que seja necessário cumprir.

Já nas escolas do ensino básico e secundário é possível desenvolver clubes de interesse - como o da robótica e os politécnicos podem trazer formação avançada “e com escala”, sublinhou Rogério Carapuça, que moderou o painel de apresentação, no final do debate, e colaborar com as empresas.» in http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigo/ler_escrever_fazer_contas_e_tratar_as_tic_por_tu_as_novas_competencias_basicas_e-51260qtb.html

08/03/17

Política de Educação - O PCP questionou o Governo sobre a recusa de refeições a alunos de uma instituição privada de educação do concelho de Coimbra por “alegada falta de pagamento”, sem notificar previamente os pais das crianças em causa.



«ALUNA IMPEDIDA DE COMER NA ESCOLA POR FALTA DE PAGAMENTO

O PCP questionou o Governo sobre a recusa de refeições a alunos de uma instituição privada de educação do concelho de Coimbra por “alegada falta de pagamento”, sem notificar previamente os pais das crianças em causa.

Tendo tido conhecimento que no Instituto de Lordemão, “instituição privada de educação que tem turmas com Contrato de Associação”, foram “recusadas refeições a alunos”, o grupo parlamentar do PCP questionou o Governo sobre a situação, revela uma nota da Direção da Organização Regional de Coimbra do partido, enviada hoje à agência Lusa. Em 06 de março de 2017, “foram recusadas refeições a alunos, tendo sido alegada a falta de pagamento, sem previamente terem sido notificados os pais das crianças em questão”, afirmam os comunistas.

Num dos casos, explicita o Partido Comunista, os pais de uma das crianças “reconhecem o incumprimento, que justificam pelas dificuldades financeiras devido a baixa médica da mãe e ao facto de terem adquirido óculos para a filha”.

A falta de pagamento por parte destes pais “já aconteceu anteriormente”, mas “nunca deixaram de regularizar a situação”, sublinha a mesma nota do PCP, adiantando que “estes pais têm duas filhas no Instituto [de Lordemão], sendo que uma delas tem necessidades educativas especiais”.

Proibição comunicada à porta do refeitório

A impossibilidade de comer a refeição foi “comunicada diretamente à aluna, à porta do refeitório”, tendo-lhe sido dito que “não poderia comer e que deveria dirigir-se à secretaria”. A aluna em causa “não pôde comer a refeição na escola naquele dia”, conclui o PCP, considerando o ato “desproporcionado e incompreensível”, com “a agravante de nem sequer haver um contacto prévio com os respetivos encarregados de educação”.

Os deputados comunistas questionaram, por isso, o Governo, através do Ministério da Educação, se tem conhecimento do caso e que medidas vai adotar para “averiguar e contribuir para a resolução desta situação, evitando que ela se repita no futuro com estas e outras crianças”.» in http://lifestyle.sapo.pt/familia/noticias-familia/artigos/aluna-impedida-de-comer-em-escola-de-coimbra-por-falta-de-pagamento

Política Educativa - Uma professora de Chaves, doente oncológica em tratamento, queixou-se hoje de ser obrigada a regressar ao trabalho e de estar há mais de um ano à espera de uma junta médica que disse ser necessária para prolongar a baixa.



«Professora de Chaves com cancro queixa-se de ser obrigada a regressar à escola

Uma professora de Chaves, doente oncológica em tratamento, queixou-se hoje de ser obrigada a regressar ao trabalho e de estar há mais de um ano à espera de uma junta médica que disse ser necessária para prolongar a baixa.

Cristina Santos, uma professora de línguas de 54 anos residente em Chaves, foi chamada para regressar à Escola Secundária Júlio Martins, apesar de estar em plena fase de tratamento a um linfoma folicular, detetado em 2015.

Depois de descoberta a doença, a docente colocou três baixas consecutivas até dezembro desse ano, altura em que disse ter sido informada de que seria chamada a uma junta médica do sistema de saúde ADSE (Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública).

Só que, segundo Cristina Santos, durante todo este tempo “nunca” foi chamada para essa junta médica, uma situação que disse ser “incompreensível e ridícula”.

A responsável garantiu que toda a sua documentação clínica já foi enviada para a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE), entre relatórios, atestados e até a baixa dada pela junta da Administração Regional de Saúde (ARS) Norte.

No entanto, agora, que atingiu os 18 meses de período de baixa afirmou que foi contactada pela escola, em nome da DGESTE, que lhe deu instruções para voltar ao serviço alegando que atingia o limite máximo de faltas por doença.

A professora apresentou-se na escola, só que, segundo frisou aos jornalistas, o “pesadelo burocrático mantêm-se”.

Isto porque, no estabelecimento de ensino foi informada que tem, agora, três hipóteses. “Ou me apresento ao serviço munida de um atestado médico que me diga que estou em condições, e os outros atestados médicos que eu tenho não dizem isso, ou eu vou para a aposentação antecipada e eu não reúno as condições mínimas ou vou com uma licença sem vencimento e assim não posso viver”, afirmou.

Na escola, Cristina Santos disse ter encontrado “bom acolhimento” e “disponibilidade” para ser colocada em serviços que exijam menos esforços e que sejam menos cansativos.

No entanto, ressalvou não se sentir em condições para ir trabalhar. “A lei garante-me que eu tenho direito a uma prorrogação dos 18 meses por se tratar de uma doença incapacitante que exige tratamento prolongado”, acrescentou ainda.

Depois dos tratamentos mais agressivos, a doença estabilizou, mas Cristina tem já tratamentos marcados até julho de 2018. A doente faz quimioterapia de manutenção, de três em três meses.

“Isto é um pesadelo. A doença e agora esta burocracia, as papeladas, este entendimento legislativo, isto é que é um pesadelo realmente, porque dar aulas é um prazer”, salientou.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Ministério da Educação disse que o “caso está a ser devidamente analisado pelos serviços da DGESTE de modo a encontrar-se a melhor solução”» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/professora-de-chaves-com-cancro-queixa-se-de-ser-obrigada-a-regressar-a-escola

25/05/16

Política Educativa - Gondomar, Santo Tirso e Amarante são os três concelhos do distrito do Porto afetados pela nova leitura que o executivo de António Costa faz dos contratos de associação.



«Três colégios do distrito do Porto ficam sem turmas financiadas

Gondomar, Santo Tirso e Amarante são os três concelhos do distrito do Porto afetados pela nova leitura que o executivo de António Costa faz dos contratos de associação.

O Colégio Paulo VI, em Gondomar, o Instituto Nun’Alvres, em Santo Tirso, e o Externato Vila Meã, em Amarante, deixam, já a partir do próximo ano letivo, de poder contar com o financiamento do Estado no âmbito de contratos de associação. É esse o resultado do estudo que o Governo apresentou esta semana e onde estão presentes as instituições de ensino privado cuja oferta é redundante.

A medida tinha sido anunciada em meados de abril pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e ditava que todos os estabelecimentos de ensino particular que se encontravam a receber financiamento do Estado seriam alvo de um estudo para avaliar a continuidade desse apoio. Requisito obrigatório para a manutenção do contrato de associação seria a falta de oferta pública na região onde os colégios estão inseridos. Quer isto dizer que se houvesse escolas públicas, num raio de 10 quilómetros, com capacidade para prestar o mesmo serviço, o contrato seria anulado.

O estudo, divulgado esta terça-feira, identifica um total de 39 contratos que serão cancelados e 19 que terão restrições. É um corte de 57% no número de turmas que ano passado foram alvo de apoio estatal.

Paulo VI aponta “dados falsos” no estudo do ministério

No entanto, há quem aponte falhas e incorreções ao documento. Rui Castro, diretor do Colégio Paulo VI, em conversa com o JPN, afirma que este documento terá sido “feito por um amador”. No estudo é dada a indicação de que para o colégio de Gondomar há 27 escolas de substituição, o que para o diretor constitui uma “mentira descarada”. Isto porque o único contrato de associação que o Paulo VI tem,  é para o ensino secundário e no estudo são apresentadas escolas de 2º e 3º ciclos como disponíveis para prestar o mesmo serviço. Para Rui Castro, o propósito é apenas um: “é feito com dados falsos e deturpados para passar a ideia de que aqui em Gondomar há 27 escolas secundárias vazias”.

O colégio de Gondomar vê-se assim forçado a ter que fechar quatro turmas do 10º ano, o que poderá implicar o abandono de 120 alunos daquele estabelecimento. O diretor acredita que não serão todos a fazê-lo: “antigamente era só se queriam, agora é se querem e se podem.”

Assumindo que o impacto do cancelamento dos contratos não terá uma grande expressão, Rui Castro diz que “em princípio não haverá lugar à dispensa de professores”. Mas se por acaso vierem a ser necessárias alerta que o “timing” da notícia “não deu oportunidade aos professores de concorrer a concursos públicos porque os prazos já terminaram”.

Outra informação que o diretor do Colégio Paulo VI põe em causa é a da poupança que estes cancelamentos trarão. E, por isso, questiona: “como é que se pode dizer que se vão poupar 20 milhões de euros em Famalicão, quando esse é o valor dos contratos de associação? Isso quer dizer o quê? Que os professores, os funcionários e as despesas dos edifícios das escolas públicas são gratuitas?” e acrescenta “ a poupança tem de ser a diferença entre o valor que se paga no colégio e o valor que se paga nas escolas, esses é que são os números que deviam ser divulgados.”

Externato Vila Meã tem 1.600 alunos em risco

Belmira Mota, representante da direção pedagógica do Externato de Vila Meã, disse ao JPN, que ainda não é possível determinar quantas turmas serão afetadas, mas, numa estimativa, aponta para cerca de 1.600 alunos.

Este externato, apesar de privado, “não tem nenhum aluno que pague propinas, precisamente pela inexistência de escolas públicas na região”. Belmira Mota garante que o externato irá proceder às inscrições de forma normal, até porque “existe um contrato de três anos com o Estado que, do nosso ponto de vista, não pode ser quebrado”. E acrescenta ainda que “a escola pública do Concelho de Amarante é o Externato de Vila Meã”, o que, aliás, fica provado pelas alternativas apresentadas no estudo que “ficam todas fora do concelho”.

O JPN tentou ainda chegar à fala com o Instituto Nun’Alvres mas, e após várias tentativas, tal não foi possível até ao fecho da edição deste artigo.

Para domingo está marcada uma manifestação nacional, contra o corte nos contratos de associação, que terá lugar em Lisboa.

Artigo editado por Filipa Silva» in https://jpn.up.pt/2016/05/25/tres-colegios-do-distrito-do-porto-ficam-sem-turmas-financiadas/

02/05/16

Educação - Para os arquitectos da reforma do sistema de educação sueco, esta relação entre ensino e negócio é o modelo ideal para as escolas financiadas pelo Estado, mas com gestão autónoma e independente, conhecidas como ‘friskola’.



«Suecos decepcionados com sistema de educação
06 Set 2014 Helen Warrell, Financial Times

Nenhum outro país europeu confiou uma fatia tão grande da educação dos seus filhos a empresas privadas como a Suécia. No entanto, à medida que o número de ‘friskola’ aumentava, a confiança da Suécia nas escolas com fins lucrativos diminuía.

Na zona comercial de Nacka, no Sul de Estocolmo, há um centro comercial que em vez de lojas tem escolas. Na aparência, a Kunskapsgalleria, ou “galeria do conhecimento”, é igual a muitos outros espaços retalhistas com café, restaurante e um átrio amplo e luminoso, visível dos cinco andares. Mas aqui não se vendem produtos, transmite-se conhecimento.

Para os arquitectos da reforma do sistema de educação sueco, esta relação entre ensino e negócio é o modelo ideal para as escolas financiadas pelo Estado, mas com gestão autónoma e independente, conhecidas como ‘friskola’. Vinte anos depois da arrojada experiência que foi abrir a educação pública ao mercado, um quinto dos alunos, ou cerca de 312 mil jovens, frequenta as ‘friskola’. Destes, dois terços estão inscritos em escolas geridas por empresas em vez de cooperativas de ensino ou instituições de caridade, e quatro das 10 maiores organizações educativas são apoiadas ou detidas por investidores em ‘private equity’.

Nenhum outro país europeu confiou uma fatia tão grande da educação dos seus filhos a empresas privadas como a Suécia. Ao longo dos anos, o sistema foi conquistando a admiração dos defensores do mercado livre um pouco por todo o mundo, em particular Michael Gove, ex-Secretário da Educação britânico, que em 2008 declarou que “o Reino Unido precisa de um sistema de educação sueco”. Para os políticos interessados em melhorar as escolas sem aumentar a carga fiscal, o modelo sueco parecia ter tudo para funcionar: além de o leque de escolha ser maior para os pais, as novas escolas ajudaram a aumentar os padrões de ensino e, indirectamente, fizeram com que as outras escolas também introduzissem melhorias.

Nos primeiros anos, as boas classificações pareciam corroborar a teoria sueca em como a concorrência de mercado é a melhor forma de melhorar os resultados, atraindo numerosas empresas para o mercado. No entanto, à medida que o número de ‘friskola’ aumentava, a confiança da Suécia nas escolas com fins lucrativos diminuía.

Os suecos sempre ocuparam os lugares cimeiros nos ‘rankings’ da Educação, mas os mais recentes resultados do Pisa, o programa de avaliação de alunos da OCDE, mostram uma queda significativa nos domínios da leitura, matemática e ciência para um lugar muito abaixo da média no caso das nações desenvolvidas. Os escândalos nas escolas geridas por empresas, a somar aos maus resultados, chocaram a opinião pública e colocaram o modelo com fins lucrativos – que também se estende à assistência social e aos cuidados de saúde – no topo da agenda das eleições legislativas de Outubro.

Jonas Sjöstedt, líder do Partido da Esquerda e potencial parceiro de coligação num futuro governo de centro-esquerda, resume a decepção da opinião pública: “Os suecos acreditavam que a desregulação era a solução para tudo, da gestão dos caminhos-de-ferro à educação dos filhos, mas isso acabou. Há partes da nossa vida que que o mercado não pode preencher”. E aponta o dedo às organizações com fins lucrativos, considerando-as responsáveis pela crise que se abateu sobre o país – a que os suecos chamam “o choque de Pisa”. “Não estão nisto por gostarem dos miúdos ou por estarem interessados na educação. Estão nisto porque querem fazer dinheiro rapidamente.”

Cita vários exemplos de más práticas, que comprometeram a reputação das organizações por trás das ‘friskola’, mas admite que “é mais complicado” estabelecer uma ligação entre os maus resultados do Pisa e o aumento do número de escolas privadas. “Não tem só a ver com maus resultados. As escolas privadas prejudicam o sistema, porque as escolas da rede municipal têm de adaptar-se a um sistema de mercado e muitas vezes perdem os seus melhores alunos”.

Não é fácil arranjar números credíveis para comparar os resultados das ‘friskola’ e das escolas da rede municipal. Segundo a “associação das escolas livres”, a Friskolornas Riksförbund, os alunos terminam o ensino primário com uma nota 10% acima da média nacional. A análise realizada por Rebecca Allen, académica do Instituto de Educação britânico, faz uma leitura diferente: os efeitos positivos das ‘friskola’ foram pouco significativos porque os benefícios se centraram nas crianças de famílias com educação académica elevada.

Bertil Östberg, secretário de Estado das Escolas, reconhece que “a livre escolha acentuou as diferenças entre as escolas” e aponta o dedo aos políticos que introduziram as ‘friskola’, dizendo que foram demasiado ingénuos por acreditarem que essas instituições seriam geridas pelos pais e pelos professores. “Estas grandes empresas são, em muitos casos, detidas por ‘venture capitalists’ e viram na educação uma forma interessante de ganhar dinheiro.”

Um grupo de trabalho estuda a possibilidade de introduzir nova legislação para impedir os grupos de ‘private equity’ de comprarem as ‘friskola’ por não terem interesse no seu êxito a longo prazo. “Para melhorar o sistema de educação é preciso investir na formação dos professores e reforçar as suas competências, e isso leva tempo. Por que iria uma empresa de ‘private equity’ preocupar-se em melhorar os resultados a longo prazo?”.

Exclusivo Financial Times / Tradução de Ana Pina» in http://economico.sapo.pt/noticias/suecos-decepcionados-com-sistema-de-educacao_200906.html

29/05/15

Educação - O Expresso visitou o país, a Finlândia, onde ser professor é das profissões mais populares entre os jovens e conta-lhe as semelhanças, mas sobretudo as diferenças em relação ao sistema português.



«Não tem ouro nem petróleo, tem boa Educação

Passam menos tempos nas aulas, só fazem exames no final do ensino secundário e quase não chumbam. E no entanto os alunos finlandeses têm tido dos melhores resultados do mundo nos testes internacionais. O Expresso visitou o país onde ser professor é das profissões mais populares entre os jovens e conta-lhe as semelhanças, mas sobretudo as diferenças em relação ao sistema português.

Não tem mais de 5,5 milhões de habitantes, não tem ouro nem petróleo. Mas em três décadas conseguiu transformar uma economia essencialmente agrícola  num país tecnologicamente avançado, que é uma referência incontornável na área da Educação. 

Com exames só no final do secundário, quase sem chumbos e menos tempo passado em aulas do que os colegas portugueses, por exemplo, os alunos finlandeses têm-se distinguido nos testes internacionais. E o sistema é tido como um dos mais equitativos do mundo, com poucas diferenças entre escolas e entre alunos.  

Um dos segredos do sucesso, dizem, está na qualidade dos professores. Afinal, dar aulas não é para todos: a profissão é tão apetecível e popular entre os jovens que só 10% dos candidatos a serem professores do ensino básico conseguem entrar nos cursos superiores que os preparam.    

O Expresso esteve em Helsínquia para estudar a 'lição da Finlândia' e dar a conhecer a mais recente reforma que está a ser preparada: a 'velha sala de aula' tem os dias contados. Contamos-lhe tudo esta sábado, na revista E.» in http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-05-29-Nao-tem-ouro-nem-petroleo-tem-boa-Educacao


(Educação na Finlândia)


Finlândia: as melhores escolas do mundo - (SIC NOTÍCIAS)


(Finlândia imbatível no sistema educacional)

25/05/15

Educação - Estudo da Universidade do Porto "Integridade Académica em Portugal" revela que são os alunos das áreas das engenharias e saúde que mais copiam e são mais elas do que eles, que gostam de tirar as dúvidas pelo exame do colega do lado.



«Maioria dos estudantes do ensino superior admite recorrer ao “copianço”

Estudo da Universidade do Porto "Integridade Académica em Portugal" revela que são os alunos das áreas das engenharias e saúde que mais copiam e são mais elas do que eles, que gostam de tirar as dúvidas pelo exame do colega do lado.

A maioria dos estudantes do ensino superior em Portugal admite copiar nos exames (60,7%), sendo que 2,4% admitiu que o faz muitas vezes ou sempre", segundo um recente estudo da Universidade do Porto. 

Apesar da magnitude da cópia em exame ser "extremamente elevada" no ensino superior em Portugal, a investigadora Aurora Teixeira revela que o "comportamento quase massificado" e "generalizado de cópia" desceu nove pontos percentuais em relação ao estudo idêntico de 2010, em que 69,3% dos inquiridos admitia copiar nos exames. 

O estudo "Integridade Académica em Portugal" revela que são os alunos das áreas das engenharias e saúde que mais copiam e são mais elas do que eles, que gostam de tirar as dúvidas pelo exame do colega do lado.

Dos estudantes que admitiram já ter copiado, apenas "2,5% foram apanhados" a cometer aquela fraude. "Um número preocupante é a percentagem de estudantes que diz já ter sido apanhado é relativamente reduzida, apenas 2,5%", comentou a investigadora do Observatório de Economia e Gestão e Fraude (OBEGEF), que liderou o estudo científico. 

Dos inquiridos, 54,4% "entende que frequentemente a cópia é deliberada", e 74,5% dos inquiridos conhece alguém que "habitualmente copia nos exames". Outro dado a destacar é que 40,3% afirmou "observar frequentemente ou sempre outros estudantes a copiar nas provas académicas". 

Para a investigadora "era preciso que existisse um esforço muito grande de sensibilização para estas matérias, não só em particular no ensino superior, mas de uma forma em geral na sociedade para que os comportamentos se alterassem radicalmente". 

Fenómeno devia ser "prevenido" e "atacado" 

Aurora Teixeira refere que quer o plágio, quer a cópia "é muito menos frequente no grau de doutoramento". 

"Apesar de existir é muito baixinho. É mais alto no mestrado", revela a investigadora, explicando que há mais plágio e cópias nos mestrados porque os alunos "conhecem melhor os cantos à casa" e não têm todo o tempo para estudar, pois têm trabalho e vida familiar. 

Do universo dos 4.028 estudantes inquiridos inscritos no ensino superior este ano lectivo, 32,1% admitiu que se não houvesse vigilância durante um exame ou qualquer sanção por copiar estudaria menos. O relatório revela que "23% dos alunos estudariam menos 50% se não houvesse vigilância nos exames". 

A especialista defende que há de facto "um fenómeno generalizado" de cópia e plágio que convinha ser levado mais a sério e que devia ser "prevenido" e "atacado". 

Copiar nos exames é a fraude mais utilizada em todos os graus de ensino, mas existem muitas mais formas de prevaricar. Copiar respostas pelo colega durante o exame, utilizar cábulas escritas, utilizar o telemóvel para obter ou trocar respostas, reciclar ensaios ou trabalhos de uma disciplina para outra, citar ou parafrasear com fonte bibliográficas inadequadas ou pedir a um colega para assinar a presença. 

O estudo da Universidade do Porto "Integridade Académica em Portugal" teve como objectivo caracterizar a situação portuguesa dos estudantes inscritos no ensino superior no que se refere aos diversos comportamentos e condutas desviantes em termos académicos.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=188418
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