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02/10/23

Criminalidade - Entre círculos, cruzes, letras ou números, os criminosos deixam sinais pequenos, pouco visíveis, sendo que o sistema está mais diversificado.



«Os ladrões utilizam 10 símbolos para marcar uma casa

Entre círculos, cruzes, letras ou números, os criminosos deixam sinais pequenos, pouco visíveis. O sistema está mais diversificado.

O sistema não é novo mas está mais diversificado: os ladrões estão a utilizar mais sinais para comunicarem entre si.

Os criminosos deixam sinais nas próprias casas, ou junto às casas, para saberem qual é a melhor altura para assaltarem.

E não são sinais visíveis. Costumam ser pequenos, discretos, muitas vezes em cantos, campainhas, vasos de flores…

É assim que os ladrões comunicam, são técnicas que utilizam para descobrir se uma casa está habitada ou não.

A Securitas Direct, empresa de alarmes, indicou ao ZAP os 10 sinais mais comuns utilizados pelos assaltantes para comunicarem.

Dois círculos com uma linha a uni-los: este é o sinal utilizado pelos ladrões para identificarem uma casa que é um bom alvo para assalto.

Retângulo e quatro barras verticais: casa que tem um cão. Ter um cão é uma forma de dissuadir os ladrões, mas desta forma, eles sabem que existe o perigo de o cão ladrar e lançar o alerta.

Losango: casa vazia. É mais fácil entrar.

X: os donos da casa estão de férias. É habitual que os ladrões, para saberem que os proprietários estão fora, coloquem pedaços de papel nas portas. Se estes continuarem lá após um certo período, é indicação para os ladrões de que os donos da casa estão fora.

Laço com três nós: a casa tem objetos de valor lá dentro e, por isso, é um alvo importante.

Três círculos seguidos: a casa é considerada fácil de entrar e que pode ser assaltada a qualquer momento.

Círculo branco ou vermelho: aviso de que a zona costuma ser normalmente vigiada pela polícia e que é preciso ser cauteloso em caso de tentativa de assalto.

Letra W: casa vazia durante a noite.

Letra D com um traço por baixo: casa livre aos domingos.

Número 7 ou 8 dentro de um círculo: nos respetivos meses (aqui Julho e Agosto) a casa está vazia.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/sinais-ladroes-casa-559820

(18 Sinais De Que Os Assaltantes Estão Observando Sua Casa Todos Os Dias)


#criminalidade    #símbolos    #marcarcasas    #assalto

01/05/23

Criminalidade - A Dona Branca deixou um rasto inquestionável na História de Portugal – sobretudo na história de muitos portugueses.



«A Banqueira do Povo: 30 anos depois, alguém conseguiria imitá-la?

A Dona Branca deixou um rasto inquestionável na História de Portugal – sobretudo na história de muitos portugueses. Até originou uma telenovela.

Mas quem é esta Maria Branca dos Santos? Dona Branca? A Branca é da banca? Tem um banco?

Não, nunca foi dona de um banco.

Então como empresta dinheiro?

Pois. Aí começa o esquema que mudou a vida de milhares de portugueses e que colocou a tal “Dona Branca” na História de Portugal.

Na verdade, terá sido o caso mais mediático da década 1980 em Portugal, no que diz respeito a escândalos na sociedade – a morte de Francisco Sá Carneiro é outro contexto.

Maria Branca dos Santos ficou conhecida como A Banqueira do Povo. Aliás, foi esse o título da telenovela que a RTP estreou há 30 anos, em Abril de 1993. Com Eunice Muñoz como protagonista, a “Dona Benta” – e não Branca – passava nas nossas televisões de segunda a sexta-feira, às 19 horas.

A obra era de ficção, o nome era diferente, mas a realidade estava lá. A novela foi obviamente inspirada no enredo à volta de Dona Branca.

Uma santa para muitos portugueses (que ainda hoje a defendem), uma oportunista para tantos outros.

Há quem diga que foi um peão no meio de um jogo financeiro complexo, aproveitado por bancários ou empresários.

Há quem tinha que tinha um “coração de ouro” e que não conseguia recusar ajuda a ninguém. Aliás, seria essa a sua maior motivação: ajudar os outros e ver um sorriso no rosto dos outros.

Não há detalhes sobre o passado desta mulher que, quando se tornou famosa em praticamente todo o país, já tinha 72 anos.

Dona Branca tinha negócios há muitos anos. Negócios talvez “duvidosos”, embora na altura fosse mais difícil do que hoje definir a ilegalidade da sua rotina.

Maria Branca dos Santos estava num país em dificuldades: transição pós-25 de Abril, agitação social, crise petrolífera, subida de preços, desemprego, falências, ameaça permanente de bancarrota e duas vindas a Portugal do Fundo Monetário Internacional (1977 e 1983).

Incerteza constante, desespero abundante. Assim estava Portugal na década 1980.

Dona Branca, talvez visionária, talvez oportunista, reparou nesse desespero e começou a emprestar dinheiro. Na prática era um banco particular, paralelo, ao qual milhares de pessoas acorreram, procurando salvação. Porque acreditavam que iriam ser salvas por aquela mulher.

As pessoas depositavam dinheiro no escritório de Dona Branca. A “banqueira”, por sua vez, assegurava que pagava mensalmente juros muito cativantes sobre aquele valor do depósito (os juros cegaram aos 120%…).

Um esquema de pirâmide, obviamente procurado pelos mais pobres, essencialmente.

Um esquema de pirâmide que começou a desmoronar-se por causa de uma entrevista. O jornal Tal & Qual trouxe para manchete este sistema que, até àquele ano 1983, só era conhecido por parte da população de Lisboa e arredores.

E essa população preferia que o esquema ficasse em “privado”. Os protestos acumularam-se junto às instalações da “banqueira”.

Foi a partir daí que as autoridades portuguesas começaram a estar atentas.

E ainda mais se aproximaram do caso quando, já no ano seguinte, uma “cliente” contou ao Diário de Notícias que chegou a sentir-se mal quando viu tanto dinheiro junto no escritório de Maria Branca.

Novos protestos, novas questões e, sobretudo, novas investigações.

Nesse ano, mais concretamente, a 8 de Outubro de 1984, Dona Branca foi detida.

Mas não estava só neste processo: 75 pessoas foram constituídas arguidos. Sete fugiram, 44 foram condenados, 24 absolvidos.

Foi libertada dois anos depois (caução de 500 contos). Mais tarde foi detida novamente: 15 meses de prisão e pagamento de mais de mil contos por ter emitido inúmeros cheques sem cobertura.

Já em 1990, nova sentença: 10 anos de prisão por burla agravada e emissão de cheques sem cobertura. Viria a sair da prisão em 1992, devido à idade avançada. Mas não viveu muito mais tempo.

Dona Branca morreu no dia 4 de Abril de 1992, vítima de uma trombose. Tinha 81 anos. Diz-se que morreu… na miséria. E no esquecimento.

Incerteza constante, desespero abundante. Assim estava Portugal na década… 2020?

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/banqueira-povo-30-anos-532754

Neto da Banqueira do Povo Dona Branca - (TV SIC)

#portugal    #história    #criminalidade    #donabranca    #abanqueiradopovo

16/12/22

Criminalidade - O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Portugal, Leonardo Serro dos Santos, foi preso em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, há três dias.


«Líder em Portugal do maior grupo de tráfico de cocaína da América Latina foi preso em Abu Dabi

O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Portugal, Leonardo Serro dos Santos, foi preso em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, há três dias.

O PCC é o maior grupo da América Latina de tráfico de cocaína e está a ganhar terreno na Europa. Em Portugal terá meia centena de operacionais.

Segundo confirmou uma fonte judicial ao Expresso, o suspeito é brasileiro, e detém em Portugal empresas legais de fachada de transação de jogadores de futebol e de importação e exportação de comida. Com residência na zona de Cascais, liderava o grupo sul-americano em Portugal já há alguns meses.

No Brasil tem cadastro e já esteve preso por tráfico internacional de cocaína no Rio de Janeiro e investigado pelos mesmos crimes pelas autoridades norte-americanas no combate ao tráfico, a Drug Enforcement Administration (DEA). E nos últimos tempos estaria a recrutar mais elementos para integrarem o PCC.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/lider-portugal-trafico-cocaina-da-preso-512843

#portugal    #tráficodecocaína    #pcc     #comandodacapital    #abudabi

26/10/21

Criminalidade - A operação “Dark Hun TOR” levou à detenção de vários suspeitos considerados como "alvos importantes" para a Europol. As autoridades apreenderam também 26,7 milhões de euros em dinheiro e em Bitcoin, além de drogas e armas.


«Europol detém 150 suspeitos em operação contra rede de comércio ilegal na dark web

A operação “Dark Hun TOR” levou à detenção de vários suspeitos considerados como "alvos importantes" para a Europol. As autoridades apreenderam também 26,7 milhões de euros em dinheiro e em Bitcoin, além de drogas e armas.

Uma operação contra o comércio ilegal na dark web levou à detenção de cerca de 150 suspeitos, anunciou a Europol. De acordo com a polícia europeia, a operação, conhecida como “Dark Hun TOR”, “consistiu numa série de ações separadas, mas complementares na Austrália, Bulgária, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos".

As autoridades apreenderam 26,7 milhões de euros em dinheiro e em Bitcoin, além de drogas, incluindo 25.000 comprimidos de ecstasy, 45 armas de fogo. A operação segue o desmantelamento em janeiro do DarkMarket, visto como um dos principais mercados do mercado negro cibernético, sob a liderança das forças policiais alemãs.

A operação resultou na detenção de 65 pessoas nos Estados Unidos, além de 47 detenções na Alemanha, 24 no Reino Unido, quatro na Itália e quatro nos Países Baixos. Vários dos detidos "eram alvos importantes" para a Europol.

Já na Itália, numa operação coordenada com a Eurojust, a agência de cooperação judiciária da União Europeia, a polícia encerrou também os mercados ilegais DeepSea e Berlusconi, que, segundo a Europol, continham ao todo mais de 100 mil anúncios de produtos ilegais.

"O objetivo de uma operação como esta é sinalizar aos criminosos que operam na dark web que a comunidade encarregada da aplicação da lei tem os meios e as parcerias internacionais para os expor e responsabilizar pelas suas atividades ilegais, mesmo em áreas da dark web," afirmou o vice-diretor de operações da Europol, Jean-Philippe Lecouffe.» in https://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigos/europol-detem-150-suspeitos-em-operacao-contra-rede-de-comercio-ilegal-na-dark-web

25/01/21

Criminalidade - Colleen Stan tinha apenas 20 anos quando decidiu pedir boleia para ir a uma festa de aniversário de um amigo.


«"Fui raptada e mantida num caixão durante sete anos": O relato de uma sobrevivente mantida em cativeiro

Jovem só era libertada para ser violada e torturada.

Colleen Stan tinha apenas 20 anos quando decidiu pedir boleia para ir a uma festa de aniversário de um amigo. Ao ver um casal com um bebé a abrandar para lhe oferecer boleia, a jovem não suspeitou do que viria a acontecer nas horas que se seguiriam.

Nada lhe causou estranheza ou suspeita de que aquele aparente casal feliz procurava uma "escrava sexual". 

A jovem relata agora, em entrevista à People Magazine, como tudo aconteceu a 19 de maio de 1977. 

Ao deparar-se com aquela oferta de boleia, a jovem entrou no carro, sentou-se nos bancos de trás, mas rapidamente se começou a sentir desconfortável. Quando o condutor do carro Cameron Hooker, de 23 anos, parou para a deixar ir à casa de banho de uma estação de serviço, Colleen sentiu que tinha de fugir. 

"Uma voz disse-me para fugir e saltar pela janela sem olhar para trás", conta. 

Uma caixa que estava no banco ao lado da jovem, com um buraco no meio, foi um 'alerta vermelho' para a norte-americana. Só mais tarde perceberia que aquela mesma caixa serviria para lhe ser colocada na cabeça. "Fui raptada e mantida num caixão durante sete anos", afirma. 

Hooker, serralheiro de profissão, tinha preparado aquela caixa, forrada com isolamento acústico para a manter quieta. Depois, o raptor amarrou-a e amordaçou-a, colocando também a cabeça da jovem dentro da caixa.

Foi levada para a casa do casal em Red Bluff, na Califórnia, pendurada nas vigas do sótão da casa com correntes e agredida sexualmente. Ao mesmo tempo, Hooker fazia sexo com a parceira, Janice, abaixo da vítima em "celebração".

"A Janice viu o Cameron a torturar-me e fizeram sexo à minha frente. Eu estava convencida de que me matar", desabafa. No entanto, o terror só então tinha começado. 

Durante os sete anos em que esteve mantida em cativeiro, Colleen esteve presa 23 horas por dia dentro de uma caixa, parecida com um caixão, de onde só saia para ser violada, torturada, espancada, eletrocutada ou esticada numa prateleira.

Foi Hooker que construiu aquela caixa do horror. Colleen passou fome, não tinha água e era forçada a aguentar temperaturas de até 38 graus no verão.

Além de todo o terror físico, o raptor ainda fez com que a jovem acreditasse que ele trabalhava para uma organização chamada 'The Company', que mataria não só Colleen como também a sua família caso ela fugisse.

Hooker foi ainda mais longe e levou-a a assinar um "contrato de escravidão" onde tinha permissão para sair da caixa com mais frequência para cuidar dos filhos e ajudar nas tarefas domésticas.

Três anos depois do sequestro, Hooker levou Colleen a ver os pais, porém, o medo era tão grande que o raptor fez-se passar por seu namorado.

Hooker tornou Colleen na sua segunda mulher e Janice, irritada, revelou a Colleen que a tal empresa para onde alegadamente trabalhava Hooker não era real. A mulher revelou ainda a Colleen que também havia sido violada e torturada desde que conheceu o serralheiro quando tinha 15 anos. Segundo a mulher, Hooker só concordou em parar de a torturar se se tornasse sua escrava.

Foi Janice quem finalmente libertou Colleen, deixando-a numa estação de autocarros antes de fugir com os filhos em 1984. Colleen não denunciou o seu raptor fê-lo Janice, três meses após a fuga.

Hooker condenado a 104 anos, mas poderia ser condenado à liberdade condicional já em 2021 devido à Covid-19.

Colleen, atualmente com 62 anos, tem lutado para seguir em frente. 

A sua história foi contada no filme 'Girl in the box' (Rapariga na caixa).» in https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/fui-raptada-e-mantida-num-caixao-durante-sete-anos-o-relato-de-uma-sobrevivente-mantida-em-cativeiro

(Colleen Stan: The Girl in the Box - A Shocked Community | Lifetime)

10/08/20

Vila de Celorico de Basto - A vítima, de 39 anos, foi atingida na zona do abdómen e transportada em estado grave para o Hospital Padre Américo, em Penafiel.


«Ex-militar da GNR envolve-se em discussão e atinge homem a tiro em Celorico de Basto

Vítima, de 39 anos, foi atingida na zona do abdómen e transportada em estado grave para o Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Um homem foi atingido a tiro este domingo à noite por um ex-militar da GNR na reforma em Celorico de Basto.

O crime terá ocorrido após uma discussão na rua. A vítima, de 39 anos, foi atingida na zona do abdómen e transportada em estado grave para o Hospital Padre Américo, em Penafiel. O autor do disparo é um ex-militar da GNR já na reforma.  

O alerta foi dado pelas 21h30.

A PJ investiga agora o caso.» in https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/homem-atingido-a-tiro-por-ex-militar-da-gnr-em-celorico-de-basto?ref=Famosos_CmaoMinuto

16/05/20

Criminalidade - “Coronacrimes” é o nome utilizado pela Europol para descrever este tipo de abordagem, especialmente notória no campo do investimento, segundo indica o jornal El País.



«“Coronacrimes”: fraudes e burlas financeiras ganham força durante a pandemia
Por Executive Digest 16:07, 16 Mai 2020

A crise sanitária tem andado de mãos dadas com uma crise económica, que deverá afetar negócios dos mais diferentes sectores, bem como trabalhadores e famílias. Mas há ainda outro perigo à espreita: o clima de desconfiança, incerteza e insegurança será propício a um aumento de fraudes e burlas financeiras.

“Coronacrimes” é o nome utilizado pela Europol para descrever este tipo de abordagem, especialmente notória no campo do investimento, segundo indica o jornal El País. Juntamente com outras entidades como a Interpol, alerta, quase todos os dias, para a proliferação de esquemas através da Internet. Os avisos viram a frequência aumentar desde que a pandemia de COVID-19 teve início.

Um relatório divulgado pela Europol indica que golpes associados à compra e venda de material sanitário são mais abundantes numa primeira fase – em que ainda nos encontramos. Seguir-se-ão duas outras etapas marcadas pelas consequências económicas e financeiras da pandemia. Nesta altura, o mais provável é que, tal como aconteceu em crises anteriores, se verifique um aumento do número de fraudes bancárias e de empréstimos, lavagem de dinheiro e corrupção.

Na vizinha Espanha, os avisos chegam também da Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que traça um cenário pouco animador. Diz que embora ainda seja cedo para tirar conclusões sobre a crise atual, é possível deduzir que se “intensificou o contacto de investidores com empresas falsas na internet, uma vez que a atividade presencial está limitada pelo confinamento”.

As autoridades destacam também o perigo de chamadas, mensagens de texto ou mesmo cartas enquanto veículos de fraude. Nem todos os perigos se escondem online. Propostas que prometem rentabilidade elevada devem ser analisadas com cuidado, especialmente quando são inesperadas.

Será também bom lembrar que, regra geral, nenhuma entidade financeira envia avisos aos seus clientes indicando que têm apenas 24 horas para pagar mil euros se não quiserem ver as respectivas contas canceladas, ou outras mensagens do mesmo tipo.» in https://executivedigest.sapo.pt/coronacrimes-fraudes-e-burlas-financeiras-ganham-forca-durante-a-pandemia/

30/03/20

Criminalidade - A Polícia Judiciária identificou e deteve três funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras suspeitos pela morte de um cidadão estrangeiro, de 40 anos, no aeroporto Humberto Delgado.



«Direção do SEF demite-se após detenção de inspetores suspeitos de matar estrangeiro no aeroporto de Lisboa. MAI abre inquéritos

A Polícia Judiciária identificou e deteve três funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras suspeitos pela morte de um cidadão estrangeiro, de 40 anos, no aeroporto Humberto Delgado. O caso já levou à demissão do Diretor e do Subdiretor da Direção de Fronteiras de Lisboa do SEF. Ministério da Administração Interna abre inquéritos.

Em comunicado, a Polícia Judiciária informa que identificou e deteve três homens — de 42, 43 e 47 anos — por "fortes indícios da prática de um crime de homicídio".

Em causa estão três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) suspeitos de matar "um homem de nacionalidade ucraniana, de 40 anos", que "tentou entrar, ilegalmente, por via aérea, em território nacional", a 10 de março.

Em nota enviada à comunicação social, o SEF confirma igualmente que foram "hoje [segunda-feira] detidos três Inspetores em funções no Aeroporto de Lisboa por suspeita da prática do crime de homicídio".

O crime terá ocorrido no aeroporto de Lisboa, nas instalações do Centro de Instalação Temporária, no passado dia 12 de março, "após a vítima ter supostamente provocado alguns distúrbios no local", informa a Judiciária.

Os detidos serão agora "presentes a primeiro interrogatório judicial, no qual lhe serão decretadas as medidas de coação processual adequadas".

A operação da Polícia Judiciária contou com a colaboração do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Em comunicado, o SEF explica que, uma vez confirmado o óbito, o caso foi de imediato comunicado "ao Exmo. Procurador Adjunto de turno junto do DIAP de Lisboa. A ocorrência foi também comunicada à Inspeção Geral da Administração Interna. O SEF está desde o início a colaborar com as autoridades envolvidas na investigação e tomou de imediato as medidas previstas em sede disciplinar".

Na sequência deste caso, o SEF "informa que o Diretor e o Subdiretor da Direção de Fronteiras de Lisboa do SEF cessaram funções com efeitos a partir de hoje".

Entretanto, o Ministro da Administração Interna determinou "a abertura de um inquérito à Direção de Fronteiras de Lisboa do SEF (aeroporto de Lisboa), designadamente ao funcionamento do Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT) daquele aeroporto".

Foram ainda abertos "processos disciplinares ao Diretor e Subdiretor de Fronteiras de Lisboa, cujas comissões de serviço foram hoje cessadas, ao Coordenador do EECIT, bem como a todos os envolvidos nos factos relativos ao falecimento de um cidadão estrangeiro naquelas instalações".

O caso foi revelado no domingo pela TVI, segundo a qual o cidadão ucraniano desembarcou na Portela no dia 11, proveniente da Turquia e queria entrar em Lisboa, mas foi barrado na alfândega do aeroporto pelo SEF, que o impediu de entrar enquanto turista.

Detalha o Jornal de Notícias  que o cidadão foi travado por suspeitas de irregularidades. Foi então decidido que o indivíduo seria colocado no próximo voo para a Turquia, país de onde tinha chegado.

No entanto, enquanto aguardava pelo voo, o homem ter-se-á sentido mal e foi escoltado para um hospital.

No regresso ao aeroporto de Lisboa, foi colocado na enfermaria do Centro de Instalação Temporário. Terá sido nesse local que foi violentamente agredido até à morte.

O homem foi encontrado no dia seguinte, 12 de março, e o caso ficou sob alçada da Polícia Judiciária.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/policia-detem-tres-funcionarios-do-sef-suspeitos-de-matar-homem-ucraniano-no-aeroporto-de-lisboa

08/01/19

Criminalidade - Morreu, aos 69 anos, o serial killer que ficou conhecido como “Mata-Sete”, na sequência do massacre do Osso da Baleia.



«Morreu Vítor Jorge, o mais infame serial killer português

Morreu, aos 69 anos, o serial killer que ficou conhecido como “Mata-Sete”, na sequência do massacre do Osso da Baleia. Foi na ilha francesa da Córsega, onde vivia há 16 anos, que Vítor Jorge morreu em circunstâncias ainda por apurar.

Tinha 69 anos, e vivia há 16 na Córsega, após ter cumprido apenas 14 de uma pena de 20 anos, a máxima na altura em que foi condenado. Foi libertado em outubro de 2001, por bom comportamento. Andou uns tempos por Inglaterra, tendo visitado o filho, que segundo escreveu no diário, antes dos crimes, quis poupar “para que a semente do mal possa perdurar”. Voltava a Portugal todos os anos, para passar o mês de agosto, andou por Nice, mas foi naquela ilha francesa conhecida como o berço de Napoleão que passou os últimos anos. Chegou a ter uma companheira, Christine, quase 30 anos mais nova, e foi vivendo do que lhe aparecia; entre biscates, fez limpezas no aeroporto de Córsega, deu serventia a pedreiros... Morreu com pouco mais em seu nome do que os crimes que cometeu na noite de 1 para 2 de março de 1987. E se o nome Vítor Jorge é banal, a alcunha “Mata-Sete” persistirá, como um arrepio que desperta a lembrança do dia em que, a sangue frio, tirou a vida a sete pessoas à facada, a tiro e à paulada. Entre elas a mulher e a filha mais velha, ainda adolescente. Até àquele dia, Portugal não tinha, na sua história recente, outro episódio que lhe tirasse o sono como aquele.

Seriam precisas semanas para que se fixassem com exatidão os contornos do brutal crime que fez os primeiros títulos de jornais na manhã do dia 4, depois dos corpos de quatro jovens terem sido descobertos na Praia do Osso da Baleia, em Pombal – o quinto cadáver só daria à costa dias mais tarde. Antes, e não muito longe dali, a 2,5 quilómetros da casa do homicida, na aldeia de Amieira, tinham sido encontrados os corpos da mulher e da filha no pinhal de Leiria. Vítor Jorge tentara ainda matar a segunda filha, Sandra. Mas ao ser levado ao local, e vendo a mãe e a irmã – esta ainda respirando depois de cinco facadas, o mesmo número de golpes que a mãe sofreu pelas costas – pediu ao pai que a ajudasse, implorou-lhe pela vida, ofereceu resistência, e conseguiu escapar, alertando a vizinhança.





O serial killer português será sepultado naquela ilha francesa. Quanto ao funeral, só deverá realizar-se na próxima semana, pois a marcação está ainda dependente de procedimentos burocráticos. Isabel Jorge, a prima que o acolheu em França, disse ao “Correio da Manhã” que os papéis precisam de ser assinados pelos dois filhos. Sandra continua a viver na Marinha Grande, já Manuel vive em Inglaterra. Ela tinha 14 anos e ele 10 na fatídica madrugada em que o pai cometeu os crimes. Ela foi atraída por Vítor ao pinhal, dizendo-lhe que precisava de ajuda pois tinha atropelado alguém – a mesma desculpa que usara com a mulher, Carminda, e a filha Anabela. Já o filho não deu por nada. Foi encontrado na cama, a dormir, com uma avultada soma de dinheiro em notas. Entre a centena de páginas do diário onde “Mata-Sete” fazia promessas aos seus demónios, lia-se o seguinte plano: “Vou então tentar assassinar de uma forma brutal mais duas ou três raparigas e em seguida as milhas filhas. Porquê liquidar as minhas filhas? Para que não sejam pasto dos prazeres dos carniceiros que por aí vagueiam, e como Anabela se relaciona com qualquer um que lhe aparece, sem se importar com sua origem ou estado civil, é uma forma de a ‘poupar’ a desgostos e choques no futuro. Tentar não matar, mas ferir fortemente a minha mulher (para que ela sinta bem na alma o peso da recordação) e poupar o meu filho para que a semente do mal possa perdurar.”

Segundo a prima, além de ter problemas cardíacos, Vítor tinha um cancro no estômago, e foi isso o que o matou, mas amigos atuais ouvidos pelo “Correio da Manhã” garantem que ele terá finalmente conseguido pôr fim à vida. Era sabido que já o tinha tentado em outras 13 ocasiões, fosse recorrendo a medicamentos ou ao gás. Deverá ter morrido ainda na noite de 29 de dezembro mas, porque vivia sozinho, só foi encontrado na segunda-feira, dia 31.

Além de toda a perturbação e sofrimento, da sua tão mal contada biografia noturna, das muitas agruras que passou na infância, vendo a mãe trocar de companheiros e prostituir-se à sua frente, Vítor nunca aceitou o facto de também a mulher ter sido vítima de abusos, e de só ter sabido que não era virgem já tarde, quando já se sentia demasiado envolvido. Era um homem consumido não só por noções de pureza, como, e por contraste, pelos vícios da sociedade, pela corrupção moral e sexual, e nos seus escritos é notório o quanto o obcecava a ideia de que as filhas, iniciando a sua vida sexual, se vissem arrastadas para esse abismo. Terá procurado ajuda especializada, ou até junto de um padre, mas queixava-se de que não fizeram caso das suas aflições. Embora fosse visto pelos vizinhos como um homem pacato, eram conhecidas as discussões violentas com a mulher, e no diário assume que lhe batia, segundo ele, em resposta às constantes provocações de Carminda. Contínuo e cobrador da agência do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa na agência da Marinha Grande, sentia-se humilhado pelos colegas, e especialmente pelo gerente, que constava na lista das pessoas que planeava matar. Era ainda fotógrafo de casamentos e batizados nas horas vagas, e o massacre ocorreu no seguimento da festa de anos que fora contratado, a de Leonor Tomás, de 24 anos. Empregada de limpeza no Hospital Universitário de Coimbra, tê-la-á conhecido numa outra festa, um batizado em Pombal onde os seus serviços de fotógrafo foram contratados. Depois disso, os dois encontraram-se algumas vezes e terão mantido uma relação romântica.



Se faltava ainda uma pressão no gatilho para lançar Vítor na espiral de violência que há muito vinha prometendo, terá sido a mágoa de saber que a única mulher que confessa ter amado apenas brincava com ele. Aparentemente, Leonor estava até de casamento marcado com o namorado, José Pacheco, um jovem de 22 anos, aspirante da Força Aérea e que se tornaria uma das vítimas do massacre na Praia do Osso da Baleia. Não se sabe se Leonor chamou Vítor para fotografar a festa como um favor ou se o fez para provocá-lo, mas este aceitou a proposta, e, além do material fotográfico, na mala da sua carrinha, uma Renault 4 L branca, levou uma caçadeira e uma faca de mato. Depois esperou que as pessoas fossem deixando a festa, e, no fim, eram apenas seis. Com 38 anos, ele era de longe o mais velho, e ofereceu boleia aos restantes. Os cinco que convenceu a irem até à praia e que ali foram mortos ao tiro e à paulada. Quando a GNR chegou à praia, encontrou um pedaço de cartão junto ao corpo de Leonor. “Isto foi porque tu quiseste”, lia-se de um 

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/multimedia/videos/detalhe/morreu-o-mata-sete-o-serial-killer-responsavel-pelo-massacre-do-osso-da-baleia

07/01/19

Criminalidade - Uma mulher de origem portuguesa foi morta à facada pelo marido, este domingo de manhã, em Toulouse, França, na sequência de uma discussão.



«Portuguesa morta pelo marido em França

Uma mulher de origem portuguesa foi morta à facada pelo marido, este domingo de manhã, em Toulouse, França, na sequência de uma discussão.

A vítima não identificada, mas da qual se sabe ter 29 anos e ser de origem portuguesa, foi encontrada morta, pelos bombeiros, na rua van Gogh, no Bairro de Bellefontaine. O suspeito do crime é o companheiro da mulher, de 30 anos, que se encontra em fuga.

O casal esteve sábado à noite com o irmão da mulher, que relatou ao site France Bleu os últimos momentos de absoluta normalidade antes da tragédia. "Bebemos, jogamos às cartas e estavamos divertidos", conta o irmão da vítima, identificado apenas como Bruno. Por volta das 01.30 horas deste domingo, cerca de uma hora depois de ter regressado a casa, a irmã telefonou-lhe e pediu-lhe para ele voltar.

"Ela disse 'Bruno, vem, Bruno vem'. E ouvi vidros a partirem. Estavam a discutir". Bruno apressou-se a ir até casa da irmã, bateu à porta, mas ninguém lhe respondeu. Esteve duas horas no local sem conseguir entrar, segundo o seu relato, mas acabou por desistir e voltar para casa, sempre com a preocupação de saber o que se tinha passado.

De manhã, o cunhado telefonou-lhe a dizer que a irmã estava no chão e pediu-lhe para ir novamente até à casa do casal. Sem conseguir abrir a porta, chamou os bombeiros, cerca das 8.30 horas desta domingo, que se depararam com o cadáver da portuguesa. No quarto, a sobrinha de seis anos dormia.

A vítima trabalhava num call center e o alegado autor do crime está a ser procurado pelas autoridades.» in https://www.jn.pt/mundo/interior/portuguesa-morta-pelo-marido-em-franca-10403559.html?utm_term=Portuguesa+morta+pelo+marido+em+Franca&utm_campaign=Editorial&utm_source=e-goi&utm_medium=email

06/01/19

Criminalidade - A particularidade é a condição da sua mãe: uma mulher, não identificada, que há quase 10 anos se encontra em estado vegetativo depois de quase se ter afogado.



«Caso da mulher em estado vegetativo há 10 anos que deu agora à luz está a ser investigado

Não chegou a morrer afogada, mas ficou em estado vegetativo, quadro que se mantém há quase uma década. Entre a incredulidade de quem trabalha na clínica onde recebe cuidados permanentes e as suspeitas da polícia, a pergunta "como engravidou esta norte-americana?" só parece ter uma resposta possível.

No dia 29 de dezembro, nasceu um bebé, saudável, do sexo masculino, em Phoenix, nos Estados Unidos. A particularidade é a condição da sua mãe: uma mulher, não identificada, que há quase 10 anos se encontra em estado vegetativo depois de quase se ter afogado.

À KPHO, uma fonte assegura que ninguém, na Hacienda HealthCare, em Phoenix, nos Estados Unidos, onde estava internada, sabia da gravidez. Até que, relata, terão começado a ouvi-la gemer.

Um porta-voz da polícia de Phoenix confirmou ao The Washington Post que as autoridades estão a investigar, mas recusou-se a adiantar mais detalhes. Ainda não foi feita qualquer detenção e o jornal norte-americano refere que ainda nem é claro que a polícia tenha algum suspeito.

A Hacienda HealthCare, uma organização não lucrativa que se apresenta como a líder em cuidados de saúde em Phoenix, vê-se, assim, a braços com um caso que pode ensombrar a sua reputação, uma vez que se tratará de um caso de abuso sexual.

Em comunicado, a insituição garante que já está a conduzir uma investigação interna e a rever os seus procedimentos.

Em 2013, uma investigação concluiu que um funcionário da Hacienda tinha feito "comentários sexuais desapropriados" sobre quatro utentes. O membro do staff foi despedido, mas o estado do Arizona considerou que a insituição "falhou a garantia de que os clientes eram tratados com dignidade".» in http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-01-06-Caso-da-mulher-em-estado-vegetativo-ha-10-anos-que-deu-agora-a-luz-esta-a-ser-investigado

22/11/18

Criminalidade - No domingo à tarde, Joaquim Mesquita, de 42 anos, foi detido pela GNR de Celorico de Basto após uma série de furtos em Borba da Montanha (Celorico) e Amarante.



«Homem leva filho menor para os assaltos 

Detido, de 42 anos, saiu da cadeia há menos de um mês. 

Furtos ocorreram em Celorico de Basto e Amarante.

Saiu da cadeia há menos de um mês, depois de cumprir pena por roubos, mas rapidamente voltou ao crime. 

No domingo à tarde, Joaquim Mesquita, de 42 anos, foi detido pela GNR de Celorico de Basto após uma série de furtos em Borba da Montanha (Celorico) e Amarante. Além da namorada, de 22 anos, o cadastrado fez-se acompanhar do próprio filho, de 14. 

O casal vai hoje a tribunal. O menor foi já entregue à mãe. Os ladrões - os três poderão ter estado diretamente envolvidos - foram surpreendidos no domingo à tarde, quando se preparavam para assaltar um armazém de madeiras em Borba da Montanha. 

O alarme da empresa disparou e o trio acabou por fugir. Posteriormente, ainda tentaram forçar a entrada numa casa da localidade, mas terão sido notados e voltaram a escapar. Já na posse das características dos assaltantes e do veículo em que se deslocavam, as várias patrulhas da GNR que estavam no terreno acabaram por intercetar o trio junto à rotunda da Mota, em Fervença. No carro, a GNR apreendeu duas motosserras que tinham sido roubadas de outra moradia. 

Confrontada com a proveniência dos objetos, a mulher acabou por atribuir a autoria dos crimes ao companheiro, assumindo que, no mesmo dia, tinham já assaltado o interior de três carros em Amarante. 

O trio foi conduzido ao posto da GNR e, por ordem do Ministério Público, os dois adultos ficaram detidos. Quanto ao rapaz, terá garantido que não interveio nos crimes. Foi entregue à mãe no posto da GNR.» in https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/homem-leva-filho-menor-para-os-assaltos

10/11/18

Criminalidade - Ex-autarca do Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres e o filho são acusados de terem forjado uma carta de confissão de dívida de um empresário de construção.



«Ferreira Torres julgado por tentativa de burla de um milhão de euros

Ex-autarca do Marco de Canaveses e o filho são acusados de terem forjado uma carta de confissão de dívida de um empresário de construção. Segundo o MP, até enganaram um juiz de execução que deu ordem de penhora aos bens de Gaspar Ferreira de Silva.

No dia 23 de novembro de 2012, o empresário de construção civil Gaspar Ferreira da Silva foi informado pelo gerente de um banco que as suas contas estavam penhoradas por ordem judicial. Em causa estava a execução de uma suposta dívida superior a um milhão de euros a Avelino Ferreira Torres, autor da ação. Inconformado, queixou-se no DIAP do Porto onde alegou que a carta que ditou a ordem de penhora, alegadamente por si assinada a confessar a dívida, era forjada. O MP investigou e concluiu que a assinatura de Gaspar Silva na missiva foi mesmo falsificada e acusou o ex-autarca do Marco de Canaveses e o seu filho Fernando por essa falsificação e por crimes de burla qualificada na forma tentada. O julgamento vai começar no dia 20 no Juízo Central Criminal do Porto, no Tribunal de São João Novo.

A penhora foi avante devido à forma ardilosa como Avelino Ferreira Torres terá apresentado, em outubro de 2012, o pedido com o documento forjado, segundo o MP, nos Juízos de Execução do Porto. Requereu que a penhora fosse executada sem a citação prévia do executado com a justificação de um "alegado receio de perda patrimonial" e com testemunhas a garantir esse perigo. O juiz aceitou e a penhora avançou. "Tendo em consideração o depoimento das testemunhas inquiridas, considera-se indiciariamente justificado o alegado receio da perda da garantia patrimonial do crédito exequendo, pelo que, (...), dispensa-se a citação prévia do executado", foi o despacho do juiz de execução em 2012. No total foram penhoradas 21 contas bancárias e três imóveis, no valor superior a 895 mil euros. A medida incluía todos os depósitos bancários de Gaspar Ferreira da Silva de forma a a garantir o pagamento da dívida. O visado ainda apelou, sem sucesso, e recorreu depois à Relação do Porto que, em julho de 2013, rejeitou o recurso e manteve a ação executiva. Só mais tarde conseguiu a oposição.

Gaspar Silva já se tinha queixado no DIAP do Porto e o MP considerou em 2016 que tinha razão, que o valor em causa "não era devido" e que Avelino e filho criaram "a errónea aparência que Gaspar Ferreira da Silva tinha elaborado e subscrito documento" a reconhecer a dívida. Trata-se de uma carta que Ferreira Torres diz ter recebido na sua caixa de correio, na sua habitação. Na carta datada de 9 de agosto de 2012, Gaspar Ferreira da Silva supostamente reconhece uma dívida de 1.050.000 euros a Avelino Ferreira Torres e compromete-se a pagar 30 mil euros por mês, de "forma a encerrar definitivamente este contencioso". O empresário nega ter escrito a carta, que a assinatura com o seu nome nela inscrita é falsa e diz não ter nenhuma dívida a liquidar. De resto, no âmbito desta mesma questão, já havia um processo a correr no DIAP do Porto por extorsão que acabou arquivado, tal como outras de ameaças de morte e outros alegados crimes participados pelos dois antigos amigos do Marco de Canaveses. A maioria está arquivada.

Padrinho do filho do queixoso
Avelino e Gaspar conhecem-se há muitos anos e o primeiro é mesmo padrinho de um dos filhos do empresário. Eram muito próximos, reconhece o antigo autarca na contestação que apresentou, em que fala do amigo "humilde e de parcos recursos", a quem muito ajudou até na compra da primeira casa. É dessas ajudas que Avelino diz ter nascido a dívida mas nunca explicou exatamente em que momento entregou dinheiro nem apresentou documentos. Gaspar Silva diz que não há dívida nenhuma e é nisso acompanhado pelo MP. Desde 2004 que se iniciou a zanga entre os dois, com agudização do conflito em 2011 e 2012, culminando no processo de execução da alegada dívida.

O despacho de pronúncia, após pedido de instrução pelos arguidos, diz que pai e filho Ferreira Torres, "com o objetivo de ludibriar terceiros, em particular a administração da justiça e os tribunais, e de por esse meio obterem avultados ganhos para as suas pessoas à custa do património do ofendido Gaspar Ferreira da Silva, urdiram um plano que executaram de forma concertada e em conjugação de esforços e intentos, que consistia em forjar um documento de confissão de dívida de elevado valor, cuja assinatura foi certificada por ato de "reconhecimento de assinatura" de molde a prover tal documento de força executiva que utilizaram para proceder à cobrança coerciva da alegada dívida". A partir daqui decorreu o processo de penhora.

Ferreira Torres diz que Gaspar Silva fugia aos seus pedidos de pagamento desde 2004. É neste contexto, que o MP diz ser "altamente improvável, que surge a denunciada atitude de assunção de uma dívida, cujos sinais, durante oito longos anos, se tinham resumido a uma esforçada tentativa de cobrança extrajudicial." Outras inverosimilhanças para o MP são o suposto valor da dívida, já que nas outras queixas de Ferreira Torres à justiça, falou em 800 mil euros e agora refere ser mais de um milhão, e também o facto de a carta ter sido deixado na sua caixa de correio.

O caso vai agora a julgamento. Avelino Ferreira Torres está acusado de um crime de burla qualificada na forma tentada (inicialmente a acusação era na forma consumada mas foi alterada após a instrução do processo) e um crime de falsificação de documento. O filho Fernando incorre nos mesmo crimes enquanto o advogado Armando Sousa Teixeira responde por um crime de falsificação de documento por ter reconhecido a assinatura na referida sem sequer pedir o cartão de cidadão da pessoa que assinou. Uma funcionária do escritório é testemunha relevante por ter dito ao MP que foi Fernando Ferreira Torres quem entregou a carta para reconhecimento. O filho do ex-autarca nega, enquanto o advogado se escuda no sigilo profissional para revelar quem fez chegar a carta ao seu escritório.

Peritagens à caligrafia
José Pinto da Costa é o perito solicitado pelo tribunal para avaliar a caligrafia da assinatura que está na carta. Será ouvido em julgamento mas as perícias efetuadas não se mostraram conclusivas. No caso da caligrafia na assinatura em causa poder ser de Gaspar Ferreira da Silva ou de Fernando Ferreira Torres, as conclusões foram como sendo "pouco provável", enquanto para Avelino Ferreira Torres é "muito pouco provável."

Este será um ponto importante a esclarecer em tribunal porque na contestação à acusação do MP, a defesa de Avelino Ferreira Torres refere que as peritagens não são conclusivas e que a carta foi recebida pelo ex-autarca. Se alguém falsificou a assinatura, foi antes e sem conhecimento dos arguidos de forma a "criar uma ratoeira", alegam.» in https://www.dn.pt/pais/interior/ferreira-torres-julgado-por-tentativa-de-burla-de-um-milhao-de-euros-10156774.html?utm_source=Push&utm_medium=Web

08/07/18

Criminalidade - O alerta foi dado às 06:43 e a vítima é um homem de 34 anos, cujo óbito foi declarado no local pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Guimarães.



«Homem morto a tiro em festa em Cabeceiras de Basto

O alerta foi dado às 06:43 e a vítima é um homem de 34 anos, cujo óbito foi declarado no local pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Guimarães.

Segundo adiantou à agência Lusa fonte do Comando Territorial de Braga da GNR, o homicídio ocorreu na rua do Arco no final da Festa Branca, na sequência de um desentendimento entre os dois envolvidos, que “eram da mesma freguesia, pelo que provavelmente seriam conhecidos”.

“O suspeito abandonou o local e foi buscar a arma”, explicou a GNR, tendo então regressado e disparado sobre a vítima.

Segundo a fonte, o homicida abandonou de seguida o local numa viatura, que entretanto “já foi localizada”, mas segundo as últimas informações disponíveis ainda não foi capturado.

“A situação entretanto passou para a Polícia Judiciária” de Braga, acrescentou.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/homem-morto-a-tiro-em-festa-em-cabeceiras-de-basto

20/03/18

Criminalidade e Violência - Tavinho, jogador do Farense, encontra-se em estado grave depois de ter sido esfaqueado esta madrugada junto de um bar em Vilamoura.



«Jogador do Farense em estado grave após ser esfaqueado

Tavinho foi esfaqueado à porta de um bar em Vilamoura.

Tavinho, jogador do Farense, encontra-se em estado grave depois de ter sido esfaqueado esta madrugada junto de um bar em Vilamoura. O futebolista está internado no Hospital de Faro, adianta a TVI24.

O incidente terá ocorrido por volta das 5h15, tendo provocado ferimentos graves no pescoço de Tavinho. Tanto a GNR como a PJ já estiveram no local.

O Farense, recorde-se, garantiu este domingo a qualificação para o play-off de acesso à II Liga depois de vencer o Olhanense, por 2-1.» in https://www.ojogo.pt/futebol/nao-profissional/noticias/interior/jogador-do-farense-esfaqueado-em-vilamoura-9197574.html?utm_source=Push&utm_medium=Web

01/03/18

Criminalidade - No passado dia 18 de fevereiro, a ministra da Cultura de França, Françoise Nyssen, entregou o “Tríptico da Crucificação”, óleo de Patenier do século XVI, aos legítimos donos, um casal de judeus, a quem a obra de arte tinha sido roubada pelos nazis em 1938.



«Os nazis saquearam, o Louvre e ninguém sabe quando esta história terá um fim

No passado dia 18 de fevereiro, a ministra da Cultura de França, Françoise Nyssen, entregou o “Tríptico da Crucificação”, óleo de Patenier do século XVI, aos legítimos donos, um casal de judeus, a quem a obra de arte tinha sido roubada pelos nazis em 1938. Simultaneamente, o Museu do Louvre abriu uma exposição de 31 quadros que ainda estão em poder do Estado francês e que têm a mesma proveniência. Nas outras alas do museu há mais 78 pinturas igualmente provenientes do saque durante a ocupação nazi de 1940-44.

Não é a primeira vez que uma cerimónia destas acontece. A última foi em Março de 2014, quando outra ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, devolveu três quadros aos herdeiros dos proprietários originais. Tal como acontece com o “Tríptico da Crucificação”, a história do percurso daquelas obras dá uma ideia das peripécias decorridas entre os roubos e as devoluções.

“Paisagem montanhosa”, do flamengo Joos de Momper (1564-1635), estava depositada no Museu das Belas Artes de Dijon deste 1953. Tinha sido escondida pelos nazis nas minas de sal de Alt Aussee, perto de Salzburgo, depois de a confiscarem ao barão Cassel van Doorn, um banqueiro belga que não era judeu e tinha várias residências em França. Ainda assim não escapou ao saque e os seus bens foram apreendidos em 1943 e levados para a Alemanha. Encontrada  em 1945 pela equipa norte americana criada especialmente para recuperar património mobiliário saqueado, a pintura “Paisagem montanhosa” foi enviada para um centro de recolha de Munique em novembro desse ano e voltou para França em junho de 1949. Identificada anos depois, só em 2012 os herdeiros do barão pediram a sua restituição.

O “Retrato de mulher”, de Luís Tocqué (século XVIII), pertencia a Rosa e Jacob Oppenheimer, marchants de arte em Berlim. Foi leiloado em 1935, numa venda pública de bens dos judeus. Chegou ao Louvre em 1950 e foi transferido para o Departamento de Bens e Interesses Privados (OBIP em francês) em 1960, e regressou ao Louvre em 1999. O pedido de restituição foi feito pelos herdeiros em 2013.

A “Virgem com Jesus”, um primitivo italiano da escola de Lippo Memmi (1291-1356), pertencia ao banqueiro Richard Soepkez. Em 1944, já em retirada, os nazis levaram-no da sua vivenda em Cannes. Também passou pelo centro de recolha de Munique, em Maio de 1946, e foi igualmente enviado para o OBIP, que o depositou no Louvre. Daí esteve em exposição no Museu de Belas Artes de Troyes entre 1957 e 1982. O pedido de restituição foi feito em 2010 por Ileana Florescu, bisneta de Soepkez.

Estes são casos em que os quadros e os donos originais foram devidamente identificados e apenas a complicada burocracia levou décadas até serem devolvidos, na grande maioria dos casos já aos herdeiros e não aos proprietários a quem tinham sido roubados. Num total de 145 obras identificadas, estas quatro fazem parte dum grupo de 28 já devolvidas ou a devolver em breve. Mas os roubos de arte dos nazis tiveram uma dimensão muito maior. Só em França, calcula-se que o número de objectos seja superior a cem mil. Um “Repertório dos bens espoliados em França durante a guerra 1939-1945”, publicado entre 1947 e 1949 pelo OBIP, que inicialmente estava sediado em Berlim, tem 14 volumes, dos quais o volume II e mais dois suplementos listam exclusivamente as peças chamadas de MNR, quadros, esculturas e tapeçarias. Até 1949, cerca de 61 mil peças foram identificadas e 45 mil devolvidas. 13 mil, não tendo proprietários ou herdeiros conhecidos foram vendidas em hasta pública. 2.143 peças ficaram registadas no inventários ditos de recuperação (MNR).

O Louvre possuia 1.752 obras MNR, das quais 807 quadros, mas apenas 296 ficaram nas suas instalações. As restantes foram distribuídas por outros museus franceses. Em 1999 formou-se uma comissão para determinar a origem das obras e reencontrar os seus proprietários. Desde 1951 até 1999 tinham sido devolvidas apenas 50 peças.

Não foi só em França que os nazis espoliaram: todos os países ocupados e a área invadida da União Soviética tiveram a mesma sorte. Na Polónia, por exemplo, os nazis já tinham os planos elaborados antes da invasão: 25 museus e instalações de interesse cultural foram destruídos e 516 mil peças saqueadas, das quais 2.800 quadros de pintores europeus, 11 mil de polacos, 1.400 esculturas, 75 mil manuscritos, 25 mil mapas, 90 mil livros impressos antes de 1800 e centenas de milhares de itens com valor histórico.

A missão das Kunstschutz

Em todos os países ou áreas conquistadas os roubos não foram feitos à socapa Segundo a ideologia nazi, os vencedores tinham direito ao espólio dos vencidos. Foram criadas várias entidades especializadas em avaliar e tomar posse de todo o tipo de bens, desde maquinaria até joalharia.

No caso das obras de arte, formaram-se unidades chamadas Kunstschutz (literalmente: Protecção da Arte) cuja missão era identificar e tomar conta das peças com valor: pinturas, esculturas, cerâmicas, livros, objectos e preciosidades religiosas. Milhares foram confiscadas, porque pertenciam a judeus, mas muitas outras simplesmente porque os especialistas alemães reconheciam o seu valor. Finalmente, centenas de peças conhecidas foram requisitadas pela alta hierarquia do partido, Göering e Hitler à cabeça. Göering era um grande apreciador de arte e chegou a ter uma colecção de 600 quadros. Hitler também se considerava um especialista, desde que fosse arte dita “clássica”.

A arte moderna era considerada “degenerada” e “judaica”. Ente 1937 e 1938, os nazis purgaram os museus alemães de cerca de 16 mil obras. Algumas foram apresentadas numa enorme exposição de “arte degenerada” em Munique, em 1937, vista por dois milhões de visitantes. Em seguida, uma parte foi destruída e outra parte vendida em leilões, na Alemanha e na Suíça (para o mercado internacional).

Vários marchants encarregaram-se deste negócio em nome do partido, mas também aproveitaram para guardar para si uma parte, pois sabiam que o seu valor era perene e um dia poderia servir-lhes. Das milhares de peças vendidas na Suíça e espalhadas por compradores do mundo inteiro, ainda há 70 muito conhecidas de que não se sabe o paradeiro, como por exemplo uma grande aguarela de Picasso pintada na Provença em 1923, sete obras de Matisse e o “Retrato de Gabrielle Diot" de Degas.

Muitas foram parar a museus norte-americanos. O Met de Nova York tem uma lista de 393 pinturas cuja proveniência é duvidosa, o Art Institute de Chigago cerca de 500; os de San Diego e Los Angeles publicam na Internet extensas listas, a ver se os donos aparecem.

O mais famoso destes comerciantes de arte foi, sem dúvida, Bruno Lohse, que esteve sediado em Paris e várias vezes organizou exposições para exclusiva apreciação de Göering, que foi à Galeria do Jogo da Palma mais de vinte vezes durante a ocupação nazi. Lohse, que era oficial das SS, conseguiu ser absolvido por um tribunal francês em 1950 e continuou a negociar arte discretamente. A descoberta dum cofre secreto na Suíça mostrou que ainda possuía um Pissarro roubado pela Gestapo a um judeu em 1938, assim como obras de Monet e Renoir de origem suspeita. O que não surpreende, segundo estimativas aceites pelo mercado internacional, das 600 mil obras saqueadas pelos nazis cerca de 100 mil foram destruídas ou estão desaparecidas.

Lohse morreu pacatamente em 2007.

Além do saque “institucional” preparado pelas unidades Kunstschutz, as tropas também roubavam indiscriminadamente, sendo impossível saber o que desapareceu. Do mesmo modo que os nazis organizaram previamente os saques mais significativos, também americanos e russos se prepararam para a recuperação, que começou logo a seguir à vitória de 1945.

“Os caçadores de tesouros”

Os americanos criaram uma unidade, a “Monuments, Fine Arts and Archives” precisamente com esse fim. Esses especialistas, conhecidos como os “Monuments Men” foram glorificados no filme de George Clooney, de 2014, “Os caçadores de tesouros”. Encontraram grandes depósitos de arte e valores roubados em minas, onde a humidade e a escuridão protegiam os itens – o saque nazi era cuidadoso e eficiente. Ao todo foram encontrados 1.500 depósitos escondidos, sendo os mais importantes em Merkers, Altaussee e Siegen. Os problemas dos especialistas não se resumiam a encontrar e catalogar as peças; também tinham de impedir os soldados vencedores de mandar para casa “recordações” de valor. A ideia era devolver as peças aos seus legítimos donos, caso ainda estivessem vivos, ou entregá-las aos museus e instituições de onde tinham sido roubadas.

Os russos procederam de outro modo. As suas “Brigadas de Troféus” estavam encarregadas de fazer o mesmo que os alemães, mas em sentido contrário. Ou seja, não só procuravam recuperar o que fora roubado, mas também roubar o que fosse possível.  Em outubro de 1991, o Ministério da Cultura soviético finalmente admitiu que por todo o país existiam armazéns secretos cheios de arte retirada da Alemanha e outros países ocupados. Depois dessa admissão, o Museu Pushkin de Moscovo e o Hermitage de São Petesburgo exibiram dezenas de quadros roubados. Mas nada foi repatriado, pois o Parlamento russo aprovou uma lei a declarar que os objectos pertencem ao Estado. Para os russos, tal como para os nazis, as peças de arte tiradas da Alemanha depois da vitória são legítimos despojos de guerra e compensação pela enorme destruição cultural infligida à União Soviética pelos atacantes.

À medida que os anos passam, torna-se cada vez mais difícil restituir as peças aos donos, que entretanto faleceram, ou aos herdeiros, que muitas vezes não sabem das obras dos seus antepassados ou não têm como provar a sua propriedade. Muitas peças continuam sem rastro, ou destruídas em bombardeamentos e operações militares, ou convenientemente escondidas nas casas de ricos apreciadores de arte.

As restituições são devidas, mas, em última análise, quando se trata de saques desta magnitude, é difícil senão impossível fazer a História andar para trás.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/os-nazis-saquearam-o-louvre-exibe-e-ninguem-sabe-quando-esta-historia-tera-um-fim

Criminalidade - Um homem foi detido por suspeitas de associação criminosa, fraude fiscal qualificada e burla tributária, através de um esquema com faturas falsas que alegadamente lesou o Estado em mais de 13 milhões de euros, anunciou hoje a Polícia Judiciária.



«Detido suspeito de lesar Estado em 13 milhões de euros através de esquema com faturas falsas

Um homem foi detido por suspeitas de associação criminosa, fraude fiscal qualificada e burla tributária, através de um esquema com faturas falsas que alegadamente lesou o Estado em mais de 13 milhões de euros, anunciou hoje a Polícia Judiciária.

Em comunicado, a PJ, através da Diretoria do Norte, refere que a detenção do suspeito ocorreu “no âmbito de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto”.

“A investigação, realizada em articulação com a Direção de Finanças do Porto, permitiu recolher fortes indícios de que o suspeito, em conluio com outros elementos da associação criminosa e com pessoas singulares e coletivas ligadas ao setor do comércio de ouro usado, terá defraudado o Estado em mais de 13 milhões de euros”, sustenta a PJ.

De acordo com a polícia, para realizar os crimes, “foram concebidos e executados intrincados esquemas de solicitação e emissão de faturação sem correspondência com transações comerciais efetivas, ou com a intervenção de pessoas e/ou entidades diversas das realmente intervenientes naquelas transações, apurando-se a constituição de sociedades com o único propósito de servirem de veículo para a emissão de faturação falsa”.

O detido, com 32 anos de idade, vai agora ser presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/detido-suspeito-de-lesar-estado-em-13-milhoes-de-euros-atraves-de-esquema-com-faturas-falsas

21/02/18

Criminalidade - Rúben Semedo foi detido pela Guarda Civil de Valência, em Espanha, na última madrugada, acusado de sequestrar, agredir e ameaçar um homem com uma pistola.



«RÚBEN SEMEDO DETIDO EM ESPANHA POR SEQUESTRO, AGRESSÃO E AMEAÇA COM ARMA DE FOGO

Ex-jogador do Sporting volta a estar envolvido num caso de violência pela terceira vez em quatro meses.

Rúben Semedo foi detido pela Guarda Civil de Valência, em Espanha, na última madrugada, acusado de sequestrar, agredir e ameaçar um homem com uma pistola.

De acordo com o jornal espanhol Las Províncias, o central Villarreal foi detido em casa, na sequência de uma queixa apresentada a 12 de fevereiro. O queixoso diz ter sido amarrado, agredido e mantido refém por Semedo e outros dois homens na moradia do jogador.

Segundo a mesma publicação, a vítima apresentava hematomas em várias partes do corpo e acusa ainda um dos agressores de ter disparado uma arma para o assustar. O homem identificou Rúben Semedo e um primo do jogador como as pessoas que o atacaram.

É já a terceira ocasião em que o ex-jogador do Sporting se envolve em casos de violência no país vizinho, nos últimos quatro meses.

A primeira remonta a 29 de outubro, quando se desentendeu com um indivíduo numa discoteca.

Depois, a 19 de Novembro, terá mesmo ameaçado um homem com uma pistola à entrada de outra discoteca.» in https://desporto.sapo.pt/futebol/la-liga/artigos/ruben-semedo-novamente-detido-em-espanha

31/01/18

Criminalidade - O presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB) foi constituído arguido, por suspeitas de tráfico de influências, no âmbito desta investigação que resultou de uma certidão extraída da designada operação “Rota do Atlântico” e que investiga Rui Rangel desde 2016, apurou o Jornal Económico.



«Exclusivo: Luís Filipe Vieira foi constituído arguido no processo que investiga Rui Rangel
Lígia Simões

Em causa estão suspeitas de tráfico de influências relacionadas com processos que se prendem com impostos do filho de Luís Filipe Vieira e decisões que o juiz desembargador fez valer junto dos tribunais.

O presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB) foi constituído arguido, por suspeitas de tráfico de influências, no âmbito desta investigação que resultou de uma certidão extraída da designada operação “Rota do Atlântico” e que investiga Rui Rangel desde 2016, apurou o Jornal Económico.

Em causa estão suspeitas de tráfico de influências relacionadas com processos que se prendem com impostos do filho de Luís Filipe Vieira e decisões que o juiz desembargador fez valer junto dos tribunais.

A investigação que teve origem na  Operação “Rota do Atlântico” e que tem Rui Rangel como um dos alvos levou a buscas à casa do juiz desembargador e ao Tribunal da Relação de Lisboa, estendendo-se também à casa do do Benfica.

O raide da justiça levou já a duas  detenções: do advogado José Bernardo Santos Martins e do filho, amigos do juiz com suspeitas de branqueamento. Terão servido de ‘testas de ferro’ no esquema de Rangel.

A mega operação judicial, que conta com mais de 100 inspectores  da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária no terreno, levou já a algumas detenções e a buscas a vários locais. Um dos alvos foi a casa de Luís Filipe Vieira, bem como a SAD do Benfica, onde Rui Rangel mantém uma relação de proximidade com o líder do Benfica, depois de ter concorrido com ele à presidência do clube.

O Benfica confirmou nesta terça-feira, 30 de janeiro, a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária, sem especificar o local, mas assinalou que a investigação em curso “não tem por objeto” o clube lisboeta.

“O Sport Lisboa e Benfica confirma a realização de buscas no âmbito de uma investigação que não tem por objeto o clube e que se encontra em segredo de justiça”, avança o clube numa nota publicada no sítio oficial na Internet.

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou a realização de buscas esta terça feira, dando conta que estão em causa suspeitas de crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e de fraude fiscal.

A investigação teve origem na  Operação “Rota do Atlântico”, que tem Rui Rangel como um dos alvos, levou hoje a buscas à casa do juiz desembargador e ao Tribunal da Relação de Lisboa, onde o juiz exerce funções e tomou as decisões em causa. O Jornal Económico sabe que o raide da Justiça já levou a duas detenções: o advogado José Bernardo Santos Martins e o filho, amigos do juiz sobre quem suspeitas de branqueamento. Terão servido de ‘testas de ferro’ no esquema que as autoridades suspeitam que Rangel teria.

A PJ descobriu que milhares de euros terão sido depositados por José Veiga nas contas do filho de Santos Martins que é amigo de Rui Rangel. Autoridades suspeitam que o destinatário seria o juiz desembargador.

Rui Rangel não foi detido devido ao estatuto dos magistrados judiciais, que não permite a detenção ou prisão antes de ser proferido despacho que designe dia para julgamento relativamente a acusação deduzida contra um magistrado judicial. Os supeitos alvos de buscas estão a ser constituídos arguidos para se apresentarem no Supremo Tribunal de Justiça em primeiro interrogatório judicial.

A revista Sábado avançou esta manhã que estavam a ocorrer buscas na casa do juiz desembargador, Rui Rangel e que a operação está a ser acompanhada pelo ex-Procurador-Geral da República, José Souto Moura, que é actualmente juiz conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça.

Rui Rangel é suspeito de ter recebido dinheiro do empresário José Veiga, arguido no processo “Rota do Atlântico” por suspeita de crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influência. De acordo com o CM, a Polícia Judiciária descobriu que milhares de euros terão sido depositados por José Veiga em contas do filho de José Bernardo Santos Martins. Este último é amigo de Rui Rangel e as autoridades suspeitam que o destinatário do dinheiro seria o juiz desembargador.

A operação “Rota do Atlântico” foi desencadeada a 3 de fevereiro de 2016, tendo sido constituídos, entre outros,  José Veiga, Paulo Santana Lopes, Manuel Damásio e a advogada Maria de Jesus Barbosa.  Este inquérito investiga vantagens indevidas a titulares de cargos políticos do Congo Brazzaville para obtenção de contratos de obras públicas e de construção civil para a holding americana da multinacional brasileira Asperbras. Estará em causa o crime de corrupção no comércio internacional.

Rui Rangel foi o juiz escolhido para analisar um dos recursos de José Sócrates na “Operação Marquês”, sendo que o Ministério Público avançou com um pedido de escusa. No comunicado de 2016, a PGR explicou que o requerimento foi feito por “considerar existir motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial”.

O Supremo Tribunal de Justiça acabou por decidir afastar o juiz Rui Rangel da apreciação do recurso de José Sócrates, apresentado no âmbito da “Operação Marquês”.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/exclusivo-luis-filipe-vieira-foi-constituido-arguido-no-processo-que-investiga-rui-rangel-263009
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