05/10/11

Portugal - No Dia da República, recordemos, o meu primo e amarantino ilustre, Carlos Babo!




«CARLOS BABO



 Carlos Babo nasceu a 4 de Setembro de 1882, em Figueiró Santiago, filho de Eduardo Pinto dos Santos Teixeira e Isabel Cândida Teixeira de Babo. Em 1898 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído o curso em 1904. Em 1903 aderiu ao partido Republicano Português. Após a conclusão do curso, tentou advogar em Amarante, montando um escritório juntamente com o seu amigo Teixeira de Pascoaes. Ajuda a fundar a Comissão Municipal Republicana de Felgueiras.


Durante toda a sua vida publicou cerca de 20 livros, nomeadamente “Os mestres de Direito ou os Assizes da Universidade”, “Um conselho à Rainha de Portugal”, traduziu outros tais como “História de Luta entre a Ciência e a Teologia de A. D. White e colaborou em dezenas de revistas.


Por decisão de António José de Almeida e de Bernardino Machado em 1908 é nomeado advogado do Partido Republicano Português.


Até à implantação da República, defende, por todo o país, centenas de perseguidos políticos. No ano de 1909 faz parte da Comissão da Lei Orgânica da P. R. P. reunida em Setúbal.


É preso, um mês antes do 5 de Outubro, mas durante pouco tempo – mercê de um ultimato ao Governo do Almirante Reis, que considera uma afronta ao partido o encarceramento do seu advogado.


Em 6 de Outubro aceitou o cargo de chefe de Gabinete no Ministério do Interior que acumulava com o da Instrução. Intervém na Repartição Pedagógica da Instrução Primária e foi Secretário-geral do Ministério da Instrução, inaugurado em 1913.


Parte para S. Tomé e Príncipe como Chefe interino dos Serviços da Curadoria Geral, acumulando com o cargo de Juiz das varas.


Em 1915 regressa para o Ministério da Instrução onde se manteve até 28 de Maio como Chefe de Repartição da Direcção Geral das Belas Artes. Após o Golpe de 1926 foi transferido para a Universidade do Porto. Perseguido para à situação de adido e, mais tarde, é coercivamente aposentado. Colabora em cerca de 10 jornais de todo o país, até que Salazar telefona pessoalmente para os Serviços de Censura e o proíbe de escrever onde quer que fosse e sobre o que quer que fosse.


Em 1920 recebeu uma medalha de prata num concurso internacional sobre Fernão de Magalhães.


Carlos Babo, como muitos deles, não chegou a ver o 25 de Abril, mas não duvidou um minuto sequer que, de uma forma ou de outra, se verificasse.


Foi sempre um incontestável democrata e um homem de bem e carácter. Faleceu em 1959 no Porto.» in http://www.amarante.pt/freguesias/santiago/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=26

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