20/10/11

Política Nacional - O Presidente da Republica, Dr. Cavaco Silva, perdeu uma ótima oportunidade para estar calado...


«A demagogia de Cavaco

Gostava de começar esta crónica a elogiar o Presidente. Mas era bom que desse motivos para isso.Gostava de começar esta crónica a elogiar o Presidente. Mas era bom que desse motivos para isso. Ontem atirou-se ao corte do subsídio de Natal e de férias dos funcionários do Estado: "É a violação de um princípio básico de equidade fiscal. Era a posição que já tinha quando o anterior Governo fez um corte nos vencimentos dos funcionários públicos." 

A declaração, a segunda em quatro dias, é lamentável. Não porque contraria o Governo, mas porque não tem razão. Porque se há um problema num sector da economia, não se vai penalizar outros sectores em nome da solidariedade. E a verdade é que a Administração Pública tem não um, mas três problemas: está sobredimensionada (tem gente em excesso); gasta de mais; e não permite despedimentos (ou seja, tem "empregados de longa duração"). 

O corte geral de salários não é a solução ideal? Não: cortes de salários (e despedimentos) deveriam ser selectivos. Mas o Presidente que aponte um único estudo (ou avaliação) que permita fazer essa selecção num mês. 

Cavaco está a tentar demarcar-se da medida mais polémica da sua "família política" (e não quer ser acusado de ter dois pesos e duas medidas)? Se sim, que escolha outra área. Porque nesta não tem moral para falar. Quando primeiro-ministro, não fez nada pela reforma do Estado. Mais: aprovou um modelo de remuneração na Administração Pública que fez disparar a despesa com salários. Por outro lado, esquece-se de dois "pormaiores": 1 - o sector privado é mais lesto a baixar salários do que o Estado (foi assim em crises anteriores e está a ser assim agora); 2 - mais meia hora de trabalho por dia no sector privado equivale a um corte de 7% a 8% no salário. Tanta demagogia para quê?» in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=513637
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O Senhor Presidente da república perdeu uma grande oportunidade para estar calado... se tinha recados e opiniões a dar ao governos, pedia uma audiência com o Primeiro Ministro... agora se quer uma crise política, quero ver quem vai pagar os salários depois... vai ele negociar com a Troika, só se for?

Ele conhece os contornos do acordo com a Troika e deveria saber melhor que ninguém que dizer o que ele disse, neste momento, é dar tiros nos pés... dos Portugueses! Ser elogiado pelos socialistas que alegremente deixaram este país cair no caos económico, só pode ser sinal de que meteu o pé na poça... agora seja consequente, Dr. cavaco, vete o orçamento de estado, as coisas vão de certeza ficar melhores em Portugal!



(Você na TV- Camilo Lourenço explica o que vai mudar na vida dos portugueses)


2 comentários:

  1. Se o montante que o governo pretende arrecadar com os cortes nos subsídios da Função Pública, Reformados e Pensionistas fosse distribuído também pelos restantes assalariados (pelo menos), como é que as receitas em 2012 e 2013 seriam menores? Porque seria necessário despedir funcionários públicos? O esforço dos primeiros seria apenas bastante menor porque o sacrifício seria distribuído por mais gente. Nem seria preciso eliminar completamente o subsídio.

    Mais: a tese de que há funcionários públicos a mais está completamente esgotada e todos os portugueses já se deram conta disso nas Escolas, nos Centros de Saúde, Hospitais, Repartições onde têm que ir tratar dos seus assuntos e têm esperar em longas filas. Quem continua a dizer que há funcionários a mais tem concerteza "cartas escondidas na manga". Que querem? querem acabar com os serviços públicos? entregá-los aos privados para que alguém lucre com isso e os serviços saiam mais caros? têm já exemplos onde isso aconteceu...

    É claro que muitos políticos se inibem de ser tão explícitos como eu estou a ser por questões de estratégia eleitoral, para não desagradarem aos trabalhadores do setor privado, mas eu não vou a votos e posso dizer a verdade se esse receio.

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  2. Concordo plenamente com o seu raciocínio, mas ele que o diga claramente... já reparou que só Jerónimo de Sousa interpretou assim as palavras do Presidente... Cavaco não pode falar por falar!

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